terça-feira, dezembro 25, 2007

Neste Dia

Declaro o Semifrio o 'Blogue Egoísta Do Ano'.

São 11h da manhã e só penso nas 18h30 e no Aeroporto da Portela.

!

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Para Estarem Perto da Mãe







E este sorriso é para vós, para mim e para o fotógrafo que, conseguindo apanhar-me a Alma, mostra aqui a serenidade dos dias que vivemos.

Obrigada L.

Saudades, meus Amores!
Até já.

terça-feira, dezembro 11, 2007

Quase a Aterrar Lá Longe

...e o meu coração pequenino pequenino (faltam 10').

Amanhã rumo ao Alentejo.
Litoral.
Ver o Mar.
Andar na areia, mão na mão.

Espero relaxar!

Até Domingo.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

E Mais Uma Vez

E porque o tempo voa, lá estou eu a vivênciar, de novo, a angústia de mais uma partida.

É Natal.

Era o meu, este ano, mas não vao conseguir chega senão para a ceia do dia 25.
Serão, provavelmente, os únicos ocupantes do avião no dia em que Jesus nasceu.
Ele, espero, far-lhes-á companhia.

Entretanto, e mudando de assunto, acabo de chegar com o Martin duma filamgem dum anúncio para a TvCabo em que ele é o protagonista.
Sentiu-se uma estrela e portou-se à altura.

Poderão vê-lo a partir da próxima semana e durante uns dois meses, no remanço do lar, numa TV perto de vós.

É aquele em que uma criança, ele, leva um banho dum automobilista descuidado que passa por cima duma poça à porta da Escola e o deixa indignado :)

Meu menino, tão giro que ele estava. Um prof...

(saudades, já)

quarta-feira, novembro 21, 2007

Intimidades

Recorro sem sucesso e raramente a intimidades comigo.
Não me dou muita confiança e nem psicoterapia de dois anos resolveu isso.

Estranho, parece.
Não, não é.

A superficialidade connosco é o caminho mais fácil.

Muito mais comum é deixarmos o outro abrir as entranhas e entrar nelas, ouvindo-o, estendendo a mão. Conforta-nos e ainda deixa aquela sensação de altruísmo (falso porque nos serve).

Houve, talvez, umas três vezes que consegui ver-me mesmo mesmo como sou.

De resto, pinto-me como quero, à espera que esse disfarce resulte...nem sei bem para quê ou para quem!

segunda-feira, novembro 12, 2007

Constato que...

Quando estou acompanhada e rio provoco quase sempre irritação no outro.

Descobri porquê. Tenho um riso táctil...

sábado, novembro 03, 2007

Sensações Distantes

Tenho saudades de ter um bebé ao ombro, a arrotar um leite meu.
Também do cheiro da pele do banho tomado e do creme passado por mim pelo seu corpo.
Do primeiro sorriso.
Da sensação única de lhe apertar as pernas e sentir aquelas carnes ainda moles, da inércia.

Sinto saudades de ser recém-mãe.

Sinto saudades do impossível.

quarta-feira, outubro 31, 2007

Espoletar

Sem querer
Com uma força inusitada
Que desconhecia ter
Rebento com uma cidade inteira
Assim
Num mero estalar de dedos

Assustada com este poder
Quero recusá-lo
Deus me livre

Era uma cidade fantasma
Desabitada
Valha-me isso

Mas vê-la desfeita
Em mil pedaços
Escombros irreconhecíveis
Assustou-me tanto que
Acordei

Ao som do rebentar duma granada
Que tinha na mão
E que arremessei o mais longe que pude.

Caiu no mar
Deve ter morto peixinhos

Já tenho alomoço.

Ponto!

quinta-feira, outubro 25, 2007

1988

Ilusão de que, a partir desse dia, a solidão nunca mais me assolaria.

Enganos.

Mas, concerteza, um momento de viragem na minha vida que nunca mais voltou a ser a mesma.
Lá na longínqua Suécia, eram 14h e 58'.

domingo, outubro 21, 2007

Desacelerem as Horas, Vá...

Acordo e de repente já é amanhã.
Passa o dia e eu não sei onde se escondeu.
Eu não o vi.
Passou.

Não é justo que passe um minuto por viver.
Exijo que, pelo menos 90% das horas, me seja possível saborear e lembrar.

Só isso...

quinta-feira, outubro 18, 2007

Era Uma Vez um Poste Estúpido

E por isso apagado!

Cu currísses!

Eu hoje fiz cucu a um bébe. Quase parece obsceno mas não é. É antes uma forma meio (ok, muito) ridícula de lhes chamar a atenção, aos minúsculos

Só que eles são maíúsculos, ia jurar.
Pela forma como ele, rindo à gargalhada, me olhou, percebi de imediato que a sua sabedoria me percebeu...na minha deficiente forma de lhe chegar.

Condescendente, e porque me percebeu genuína, retribuiu-me um sorriso. Que ainda agora me ilumina a tarde.

Raisparta o garoto, tão desporporcionalmente sábio!

Beijo nele, sem lambuzices...

quarta-feira, outubro 10, 2007

Jesus

Não precisa de mim para nada, Jesus.
Recebi um mail a pedir-me para assinar uma petição de indignação por um criativo ter realizado um filme, 'Corpus Cristi', em que o mesmo é apresentado como homossexual e em cenas íntimas com os seus apóstolos.

Mal de Jesus se precisasse do meu apoio.
Mal do mundo se se coartar a liberdade do disparate seja a quem for.

Eu, admiradora de Jesus, continuaria a sê-lo se Ele fosse homossexual.
Eu, Dinada Maria, não gosto de censura de espécie alguma.

Eu, acredito naqueles que gosto e gosto de Jesus, sem críticas, sem preconceitos de qualquer tipo.

Gosto da Liberdade.
Que nunca pode ofender os fortes de espírito!

Que Jesus esteja convosco!
Ámen...

Outros Assuntos

Sonhei que o Mar tinha secado.
Que tinha um barco e não podia navegá-lo.
Acordei aflita e acho que, enquanto não o vir (o mar), de novo, com os meus olhos, não vou descansar.

Vou querer cheirar a maresia que me acalmará o medo de isto ser verdade.

(anseio por uma noite tranquila que não chega)

Diga Sim aos Cuidados Paliativos (momento institucional)

Recebi um planfleto hoje que apela ao envio de sms para o nº 4222, com a mensagem:

Cuidados Paliativos Sim

Já enviei, os meus filhos já enviaram.

Achei que podia ser uma ajuda divulgar isto aqui, aos meus 3 leitores assíduos.
Peguem no telemóvel e gastem 0,60€.
É uma causa importante.

terça-feira, outubro 09, 2007

Faz o que entenderes...

...mas sempre consciente que, cada passo, cada gesto teu terá, em mim, o efeito 'borboleta'.

Que se mexeres o coração um milímetro ele chegará a mim em quilómetro.

E isso é bom...

domingo, outubro 07, 2007

Olha!

O caminho que se vê,
à minha frente,
é íngreme, poído por passos anteriores,
provavelmente de sucesso.

Tem rastos, trilhos,
feitos por outrem que não eu,
arriscados,
e que pena a minha fraqueza.

Percorrendo-os, percebo,
Copio,
não sou eu, não é meu, o caminho, e isso não é bom.

Descubro o que me leva lá,
e recuso,
de repente,
a história imposta, repetida, fácil.

Vou construir a minha.
Vou...

sexta-feira, outubro 05, 2007

quarta-feira, outubro 03, 2007

Posturas

A inclinação tendencial para a direita na postura do meu corpo, sendo coerente com o meu espírito, incomoda-me com dores.

Será providencial uma ida ao phísico, ao endireita ou manter a coerência sofrendo as maleitas com o sacrifício que daí advém?

Tenho a impressão que nem eu percebo muito bem o subliminar do que acabei de escrever (e isso dá-me gozo).

Normalmente, um dia depois ao reler-me, chego lá.
A ver...

sábado, setembro 29, 2007

Coisas Muito (diria exclusivamente) Portuguesas

A bata.

Se repararem, as mulheres na faixa etária que ultrapassa os 50, 60 vá lá, rendem-se à bata como indumentária diária (excluindo talvez Domingo na Missa), o que torna a paisagem humana deste país num imenso mar de capas aos quadrados normalmente bicolores, abotoadas à frente e com os 2 necessários bolsos para o lenço de papel.

Curiosa, indago algumas.
Resposta? Ó menina atão não se está mesmo a ver? É para proteger a roupinha que trazemos por baixo.

Pois.

Lembro-me imediatamente daquelas pessoas que gastam o que têm e o que não têm a comprar aquele sofá de pele com que sempre sonharam e, chegado a casa, o pobre é coberto ad eternum com uma manta horrorosa para se manter imaculado.

Coisas...

quarta-feira, setembro 26, 2007

Sem Recados!

Porque os que quero dar dou, darei sempre, face to face.

Porque se este estúpido blogue é um desabafo público, só deixa de o ser quando me interpretam como se me conhecessem.

Muito me apraz a preocupação com esta blogger insignificante mas, também, muito me apraz que não efabulem.

Fábulas? Ui, quem dera ser aquele dinamarquês que as escreveu e que me povoaram a mente infantil. Não sou. Não sou, nem sou capaz.

Escrevo porque é uma compulsão, assim tipo jogos de casino.

Eu sou só eu, pequena, uma em biliões que acha que este processo de catarse (escrita), me poderá ajudar a ajudar-me. Quem depende de mim assim o espera.

E, depois disto, vou estudar porque, daqui a umas horas, tenho exame sobre Sociedades Anónimas que, bem parecendo, é o que eu sou mas sem quotas, com acções de algum valor (as a whishfull thinking).

Simply the best seria conseguir...

domingo, setembro 23, 2007

Chiça ou Xiça?

Se me tirar o sono, esta é mais uma daquelas questões completamente desinteressantes e sem qualquer conteúdo que, felizmente, me consomem só o Teco...

Mas, mesmo assim, e correndo o risco de não articular 3 palavras quando me sobrar o Tico, antes fique acordada a pensar nisto do que nas outras coisas que são coisas piores. Daquelas que, em não dormindo, consomem o corpo e a mente esgontado-os,taditos.

Há muito que não sei o que é uma noite de descanso.
Há muito que, às tantas, não a mereço...

sábado, setembro 08, 2007

Serenidades

Peguei na Mousse e fui passea-la. Ou ela a mim.

Tilintava-lhe no pescoço um artefacto novo. Um ossinho de metal onde está inscrito o nome e o meu telemóvel. Ela parece orgulhosa de o ostentar aos seus pares como que dizendo: a minha dona quer-me mesmo bem e isto é a prova. Eu, olho para ela e penso o mesmo, quero-lhe bem e ali está a prova.

Bom, depois deste desvio, o passeio ou aquilo que restou dele foi o que me trouxe aqui, à escrita, não a Mousse nem sequer pinderiquices novas de pirosas princesas.

Este tempo de silêncio, em que só os passos se ouvem e que aleatórios se movem, traz-me sem eu sequer querer um momento de introspecção chato. Chato porque não procurado mas imposto e porque verdadeiro e doído.

A coisa é assim: o puzzle faz-se sozinho e bem feito. As peças encaixam-se na perfeição e, por muito que pareça doer, nem dói. Cura.

A minha vida é feita, cada vez mais, de acasos que só parecem sê-lo.

Zango-me e zangam-se comigo sem eu perceber. Depois percebo. Tenho o desespero na solidão que depois faz sentido. Custa-me adormecer mas, logo depois, os pesadelos constantes explicam-me tudo.

Só espero não magoar ninguém nunca, no caminho tortuoso da descoberta dos atalhos...porque muito amor houve deixado nas mãos de quem não me pôde nem pode entender.

Mas, e sem mágoas, agradeço a todos os que na minha vida passaram e me deram a mão, o braço e o cotovelo. O ante-braço seria demais e tanto eles com eu sabíamos disso.

Obrigada pelo Vosso altruísmo. Obrigada pelo amor genuíno.

Sou uma sortuda!

domingo, setembro 02, 2007

Resquícios de um Verão

Colados na pele trago comigo:

Gargalhadas,
Cheiros de abrunhos,
Sabores de figos e
Correrias.

Alegria,
Memórias de infância,
Namoricos de lá,
Esconderijos lembrados.

Amo aquele sítio de segredos,
De desafios constantes,
De pactos de sangue,
De amores perpétuos e efémeros.

Midões é tudo isso e muito mais.
Tem uma magia que não se esvai, que permanece mesmo perante o aborrecimento da idade adulta, castradora (para alguns, não para mim).

Eu continuo no meio do reino do impossível que só ali existe.
E que os meus filhos e sobrinhos já descobriram e vão, de certeza, perpetuar.

Trago colada na pele a saudade e a vontade de voltar.

Falta um ano e a idade trouxe-me isto: a certeza de que, num instante, lá estarei de novo, debaixo da Figueira Mágica, na 'Caça ao Homem' da praxe (um jogo que nunca perde actualidade e recomendo).


P.S. Este ano, para além de ter a Mousse presente em todas as brincadeiras, tive o Luís ali, sempre comigo, e a fazer a viagem de volta ao meu lado, a dar-me a segurança que tanto preciso. És especial. Mesmo*
Um beijo tão grande para ele :)

Voltei!

terça-feira, agosto 07, 2007

Portugal Maior

Pensei: finalmente Olivença é nossa.

Engano meu. Só mais água.

E essa, meus amigos, não nos falta.
É que a metemos de sobra.

domingo, agosto 05, 2007

Countdown

Quase.
Quase, quase.

Depois parto, com eles e com a Mousse.

Depois, espero, vamos mimar-nos os 5.

Vamos enrolar-nos em beijos, lambidelas, abraços no campo, na água, na lama.

Preciso.
Muito.

terça-feira, julho 31, 2007

Deve-se

Olhar para os pés e
ver que eles continuam lá,
e que nos sustêem
e que permanecemos de pé, por causa deles, dos pés.

Olhar para quem passa na rua e se cruza connosco e nunca para o chão, mas sim olhar de frente.

Sentir o outro,
ouvi-lo melhor ou ouvi-lo simplesmente,
mais com o coração do que com as orelhas.

Andar na rua com ar altivo não significa presunção mas sim atenção...ao outro.

Perceber o passo (nosso e dos transeuntes), e
o que o seu ritmo significa.

Saber de antemão que,
agora e sempre,
seremos senhores do mundo (nosso e dos outros, não se enganem, cada um tem o seu),
deste pequenino espaço que nos rodeia e que nos faz sentir seguros.

Para,
um dia,
abrirmos asas e percebermos que, o outro,
aquele mais longínquo (abrangente e global),
também é nosso como é dos outros.

Somos um todo. Não há espaços nem dimensões. Só há Ser!

quinta-feira, julho 26, 2007

Criar

O que se pode ainda criar sem ser detrito?

Que matéria nova há a acrescentar àquela que já há?

Etérea, haverá.
Como um escrito, uma pintura, uma escultura, um rasgo de genialidade qualquer.

Aglomerado de átomos e moléculas, isso? Está tudo feito.

A não ser aquele bebé,
Que acabou agorinha de nascer.

Aquele ser em que nem mãe nem pai tiveram a menor intervenção, embora se convençam que sim.

Talvez porque o grito do orgasmo simultâneo (raro), atingido há nove meses atrás foi motivo de briga com o vizinho do 2º direito.

Ficam felizes com o resultado que, sendo-lhes alheio, os enche da emoção da perfeição atingida.

A vida é assim, com truques que nos fazem perpetuar a espécie, dando-nos a ilusão de sermos deuses maiores de qualquer coisa. Nem que seja isto: a continuação do mundo.

quarta-feira, julho 25, 2007

Vida Fodida

Tenho a Mousse.
Não tenho os meninos. Estão longe, longe.
Sou eu que a passeio, portanto.

Descobri que ter um cão (no caso cadela), nos abre um mundo completamente novo.
Obriga-nos a sair de casa e encontrar aqueles que, como nós, têm o seu pet para passear e aqueles que vagueiam perdidos na solidão dos jardins onde nós pavoneamos os pedigrees e conversamos banalidades.

Um dia destes conto-vos a história do Luis.

O Luis não tem ninguém.
Tem aquele banco de jardim com uma mesa à frente, colada ao chão, tal qual o assento (como se alguém sano os quisesse roubar).

E um saco de plástico onde guarda aquilo que o sustenta vivo: pão, queijo e vinho. O Luis é licenciado. O Luis há 15 dias que dorme no carro.

A vida é fodida!

segunda-feira, julho 16, 2007

Das Eleições...

Sou lisboeta, nascida e criada nesta cidade.
Votei.
Ganhei.
O meu candidato não era do Governo.
O meu candidato era branco.
Sem racismos, era mesmo mesmo branco.

E não discursou.

domingo, julho 15, 2007

Alfama, essa bela Locali(materni)dade

Fui ontem jantar uma sardinhada a Alfama.

Delicioso o pescado, a sangria, a salada, não desfazendo na companhia, o mais importante aliás.

Depois, e para digerir melhor o repasto eu e ela (a companhia), resolvemos passear pelas ruelas e becos tão típicos.

Descobri que aquilo da natalidade estar a baixar é uma tanga, pelo menos por ali.
Que em cada esquina uma parteira ajudava alguém a parir, dado os gemidos de contração uterina (que tão bem conheço), audíveis a uns bons kms tendo em conta os decibéis dos mesmos.

Estranhei que alguns desses gritos fossem um tanto ou quanto masculinizados mas, pensando bem, todos sabemos que a mulher portuguesa às vezes nos baralha na aparência de género.

Enfim. Ensurdecedor e constrangedor.

Fugimos dali para fora.

Só reconfortados com a certeza de que hoje, em Alfama, haverá muitos mais bebés e o Centro Histórico não corre o risco de desertificação, afinal...

sexta-feira, julho 13, 2007

Sempre a Aprender

Não nasci com asas,
mas voo nos sonhos.

Não tenho guelras,
mas respirarei debaixo d'água quando tiver de ser.

Não sei caçar,
mas bastará um filho com fome e aprenderei.

Tanto para conquistar,
acordada ou a dormir.

quinta-feira, julho 12, 2007

E Outra Vez O Raio do Silêncio...

Já chegaram lá. Ligou-me agora o primogénito, feliz. Vai abraçar o pai que não sente há 7 meses. Felizes estão também os mais pequenos.

Foram de manhãzinha e voltam só dia 8 de Agosto. Até lá, cheiro-lhes 3 peças de roupa que não foram nem vão para lavar até ao regresso. Sempre que eu quiser, que precisar.

Que vazia é esta casa, que enorme fica.

Vale-me a minha Mousse, que me lambeu todas as lágrimas quando aqui voltei, do Aeroporto.
Querida Mousse!

E valeu-me um amor grande (mazé que é meismo meismo grande, pralá dumetrinoventa), que esteve sempre comigo, na hora difícil do adeus, de mão dada, de coração com coração.

Obrigada L.

quarta-feira, julho 11, 2007

Olhando a Rua...

À luz do sol, tudo se vê.

A luminosidade tem disto: é como uma lupa das coisas.
Mostra-as tal qual como são.

Quando cai a noite, ainda nos podemos refugiar no que a nossa percepção quiser escolher ver.

Não sei o que é melhor, se a escolha se o óbvio.

Hoje faço anos. Começa tudo de novo.

sábado, julho 07, 2007

Sorte Grande!




Mousse,

Quem gostasse dela e a percebesse conquistava-me.
Gostaste.
Parabéns. Ganhaste uma viagem ao Seixal, paga por mim, com direito a uma sandocha de atum e uma 'mine' durante o percurso...na ida e na volta :)

sexta-feira, julho 06, 2007

Efectuei o Login!

Para poder escrever isto, que me rebenta no peito.

Se cada lágrima que me cai for, depois, um momento de amor, vou ter tantos ainda.
E acredito que sim.

Quando,
o lado de lá,
olhar para este lado de cá,
tudo fará sentido...

quinta-feira, julho 05, 2007

Hein?

Será que sonho?

Partida do destino?

Regozijo dos anjos que, lá de cima, devem sorrir, olhando-me!

Depois, a realidade merece uma reflexão feliz:

Olho-me.
Já fui tão bela,
E tão consumível.

Continuamente cobiçada, odiava.

Hoje,
Mulher feita,
Vivida,
Com as marcas disso,
Estou cheia de mim e não me olham assim.

Encontrei um homem que,
Como eu,
Tem as marcas do seu percurso.

E, olhando-o,
Revi-me, verdadeira.

Vamos devagar...mas chegaremos lá!


Gostei...muito!

quarta-feira, julho 04, 2007

domingo, julho 01, 2007

O Interregno Semi-Quente, aqui, no Semifrio!

É favor negligenciar a forma em deterimento do conteúdo! Agradece-se!


""Segunda-feira, Junho 25, 2007

Como Entre Semi Frio e Semi Quente, Não Há Mais Semis
E como isto, em parecendo, nem sempre o que escrevo é o que deduzem as mentes iluminadas que me lêem, e como, ainda, sem querer, deixei que me chegasse à escrita uma miríade de adivinhões(onas) que acham que pode ser auto-biográfico e que sabem o que quero dizer para além das linhas e tal e não não acertam uma, piro-me.

E, desta vez, a voltar a escrever, ninguém me apanha!!!

Nha nha nha nha nha nhaaaaaaaaa!

(infantil? poizé...so what?)
posted by Dinada @ 6:40 PM 0 comments


Sexta-feira, Junho 22, 2007

Corre, coooooorre...
Que te mordam os calcanhares,
os pés,
que tudo façam,
que te impeçam de fugir.

Corres sem parar,
parva,
sem olhar para trás.

É uma armadilha,
isso do estancar o passo,
ou de acelerar o ritmo,
de ficar suspensa,
ou de parar.

Não.

Há um caminho à frente.
Esse mesmo,
vês?

Pois,

Então não disfarces,
não finjas,
nem mintas.

Agarra a verdade porque,
seja ela a real ou não,
é a tua.

E não há coiso e tal que a amasse (como o pão),
ao teu gosto,
no teu forno.

Vive-a assim, crua.

Ela, natural, ensinar-te-á que,
no matter what,
encontrarás o que te resta,
nos despojos do percurso que escolheres.
posted by Dinada @ 8:19 PM 1 comments
Segunda-feira, Junho 18, 2007
Tudo O Que Te Dei
Me fez maior,
me orgulha e engrandece.

Tudo o que te dei,
Recebi em dobro, e mereci.

Tudo o que te darei,
Um dia, e se,
Me fará perceber que,
Assim,
Nada é, nem será nunca, em vão.

E o Amor,
Essa força heroína,
Retrai a mesquinhez,
De querer,
De vez,
A felicidade maior!
posted by Dinada @ 2:00 PM 5 comments


Sexta-feira, Junho 15, 2007

Da Caminhada...
Uma estrada de pó, longa e só, silenciosa porque vazia.

Doí-me o braço esquerdo, muito, e a hipocondria assalta-me.

Será um sinal de que o coração me irá trair.

Depois penso: qual traição, qual quê. Se acontecer, estarei aqui, neste caminho, pronta e mais que preparada para o que vier.

Afinal, tantas vezes o desejei e não haveria maior benção do que acontecer assim, num acaso, num momento fortuito, calmo, sereno, sem sirenes ou quejandos que abalrroassem a minha entrega.

Sento-me no chão.
Cançaso extremo que me impede já de dar um passo que seja.

Espero.

Sendo dia não há céu. Ou melhor, há, mas invisível.
Nem Lua, também ela escondida pela claridade.

Penso: a morrer, que seja na luz perpétua porque perpétua será a lembrança do mundo que deixo para trás.

E então sorrio.
Não porque morrendo me concilie com seja o que for.
Mas porque, vivendo, ou sobrevivendo à dor que me atormenta, saberei viver amanhã melhor que hoje.
E saberei também que, mesmo parecendo frágil, sou uma mulher forte, determinada.

Bem me venha. Bem me quero. E de nada mais preciso!

:)
posted by Dinada @ 2:46 PM 5 comments


Terça-feira, Junho 12, 2007

Ok, Ok
Deal!


Pronto...

posted by Dinada @ 8:59 PM 5 comments


No meio dos machos

...ganhei uma companheira, companhia.

É fêmea, como eu. Entre machos, como eu.
Tem nome de doce e é uma...mistura castanha de Labrador com Dálmata.

Podia por aqui fotos de babar, ah pois podia. Mas não quero. Neste momento tenho ainda o pudor da descoberta da recém chegada.

Ganhei-a assim, tão linda quanto doente (pois).

Ó p'ra mim a mimá-la.
Ó p'ra mim a perceber o propósito disso.
Ó p'ra mim a recebê-la, com muito mimo.

Docinha, dociiiinha.

Linda.

A Mousse (que na verdade é Muçe de Chocolate de Leite e Aragão) é minha e deles, dos garotos. E vai crescer conosco e vai ficar boa (ah poivai) e ser muiiiito feliz. Que eu sei! Corre o risco de morrer de excesso de mimo, isso é um facto. Mais de resto...

(há uma semana que mora cá em casa)

Deixo uma mensagem ao meus três leitores, though: nunca se deve mentir sobre a saúde dum animal que se dá para adopção, como fizeram comigo.

Custa muito guito tratar deles se vierem doentes e, não fosse eu um coração de manteiga, te-la-ia dado a um canil...que a cuidassem. Já gastei com ela aquilo que tenho e que não tenho.

Mas aquele olhar, meu Deus, aquele olhar...

Fica cá e pronto!

É a outra fêmea que faltava, nesta matilha!
E talvez me perceba, por isso...


(ai eu)

posted by Dinada @ 8:25 PM 3 comments


Sexta-feira, Junho 01, 2007

As Entranhas do Amor
Ou o amor entranhado,
Ou,
Simplesmente,
O prazer que é dividir somando,
Multiplicar subtraindo,
Aquilo que,
Ao sobrar,
Nos preenche e enche,

Num antes e depois pleno,
Numa satisfação marcante,
Que perdura e dura
E fica
Aqui,
Presente,
Onde pertence.

posted by Dinada @ 1:44 PM 3 comments


Terça-feira, Maio 29, 2007

Bilhete

Acabei de comprar um. De ida.
Data? 15 de Julho, sem volta marcada.

Via 'por ali', com escala em 'acolá'.

Data de regresso: em aberto.

É desta que, sem grilhões, me safo do que aqui fica e parto para longe.

E é a primeira vez, na minha vida, que o decido tão cedo.

Começa o countdown para a Liberdade Eterna do Momento!

Whe!

posted by Dinada @ 4:11 PM 6 comments


Sábado, Maio 26, 2007

Video no longer available...

Olha que giro.

Talqual a vid(e)a!

Copião.

posted by Dinada @ 3:32 PM 2 comments


Sábado, Maio 19, 2007

Para Memória Futura

posted by Dinada @ 3:11 PM 0 comments


Quarta-feira, Maio 16, 2007

Sortes...

Tinha 16 anos, frequentava o 11º ano e, desde o 7º, tinha como colega a Sílvia. Só neste ano descobri que ela era filha de um escritor/poeta que conheci então e passei a admirar. E, há pouco, remexendo em caixas de "tralha" que pelos vistos não era, encontrei isto, dela para mim:

Para ti:

Garça, Graça ou o quê?
Tanto faz e mais me apraz
Conhecer-te como tal!
Tal o quê?
O nome que eu vou desvendar,
Como nas palavras cruzadas.
E o pai pergunta à mãe:
- Qual o nome que lhe vais dar?
E a mãe respondeu:
- Um nome que tenha piada e que se pareça com garça.
Adivinha qual é?
Ora!
É Graça.

Sílvia Brito

08/01/1981

Filha de Casimiro de Brito

Um beijo para ti, amiga!

posted by Dinada @ 3:03 PM 0 comments


Sexta-feira, Maio 11, 2007

Bem-Me-Quer?

He loves me
He loves me not
He loves me
He loves me not
He loves me...

Gaita

Cai o malmequer (por que raio se chamará assim...), no meio do prado donde o colhi.
E procuro-o entre as centenas que por lá andam.
E não encontro.

Fico sem saber o que me diria a última pétala,
sabendo o meu coração a resposta.

A Primavera também dá Pimpilros que, sendo amarelos e tendo folhas mais pequeninas, não deixam de ser assim, verdadeiros e divinatórios, nos segredos do coração!

posted by Dinada @ 1:55 PM 3 comments

Quinta-feira, Maio 10, 2007


E?

Se pegasses numa caneta e escrevesses e numa tela e pintasses?, perguntam-me.

E se fizesse ao contrário? Se numa tela escrevesse e com uma caneta pintasse?

O monocromático esbater-se-ia pela forma e a escrita ganharia cor, independentemente do conteúdo.

posted by Dinada @ 8:36 AM 0 comments


Sexta-feira, Abril 13, 2007

Comunicado

Este Belogue Não Tem Livro de Reclamações!

Mas que sabe bem perceber que a escrita desta blogueira faz falta, lá isso sabe.

(too busy, no inspiration, too lasy)

posted by Dinada @ 11:16 AM 4 comments


Segunda-feira, Abril 02, 2007

Força !

"When one door of happiness closes,
another opens, but often we look so long at the closed door
that we do not see the one that has been opened for us."

Helen Keller

Li isto aqui.

Estou a trabalhar para criar uma Associação por cá.
Isto inspirou-me e vou avançar (aliás já tenho muito tpc feito).

posted by Dinada @ 5:33 PM 2 comments


Segunda-feira, Março 26, 2007

Odisseia Em Alvaláxia e 4 a 0 ao Vivo e a Cores
Não sei apreciar futebol. Sou adepta incondicional do Sporting Clube de Portugal mas não consigo nomear um jogar (ah, o Ricardo...esse sei).

No Sábado passado, depois de uma espremidela na Linha Verde (lá está, 'verde') para chegar ao Estádio (vénia), arrumei-me com os três filhos e companheiro no topo duma bancada onde o frio era mais que muito.

Lindo, o ambiente. Até eu, que não sei apreciar os truques da bola, me emocionei com o resto, o que circunda o espectáculo menor.

Gente de todas as cores, culturas, eStractos socias. Gente junta por um desporto que as une.

O Hino, esse, gritei-o mais alto que qualquer um dos 4 golaços.
Envergonhei-me com os assobios ao deles.

Os nossos, uns queridos, esperaram pela segunda parte para nos brindar a nós, que estávamos imediatamente atrás da baliza dos belgas.

Palavrões a rodos e eu sem mãos que chegassem para tapar os ouvidos dos meus purinhos.
Imaginem um estádio cheio com 50 mil adeptos a gritar, em uníssono, Filho da Puta, de cada vez que o Guarda-Redes belga dava um pontapé de baliza. Tão rasca quanto impressionante.

O meu par resmungava entredentes: sua queque.
Eu respondia: educada, fáxavôre.

Os meus filhos vibravam e, o mais pequeno dizia que votava no Portugal :D
O do meio teve um ataque de pena dos belgas e até chorou (e, pondo em risco a nossa integridade física, desatou a gritar pela Bélgica).

Uma noite diferente, sem dúvida.

Percebo melhor, hoje, porque move milhões, o futebol: 90' de jogo e 3 horas de extâse.

Obrigada L. pela experiência, mesmo que na próxima te encomende os meus filhos e tu que os leves, enquanto eu vejo um bom filme na TV.

Viva Portugal, sempre!

Heróis do Mar
Nobre Povo...

E tal e tal
!
posted by Dinada @ 3:04 PM 5 comments


Terça-feira, Março 20, 2007

Noves Fora Tudo

Eu gosto do 9 e acho mal que seja nada.
Embora os pares me animem, há 3 ímpares que me fascinam (lá está, 3 também gosto mas só porque corresponde à soma dos escolhidos): o 7, o 9 e o 11.

Aquilo que me chateia é o 9 ser igual a nada porque não é.
É o 9.

9's fora nada??? Que raio é isso?

Ele merece a notoriedade dos outros dígitos e estou a pensar em fazer uma campanha contra esta discriminação.

Quando abro os olhos e persigo um alvo penso sempre que, para o atingir, tenho de me concentrar na distância e depois na pontaria consonante com ela, a distância.

Se forem 9 metros o que faço?
Hã?
Disparo ao calhas, para o nada?

Não posso aceitar isto.

O 9 merece ter o valor intrínseco que o correr dos números lhe atribuiu. É depois do 8 e antes do 10.

Pensem nisto!

posted by Dinada @ 1:07 PM 2 comments


Domingo, Março 18, 2007

Futebóis

Ou Foot boys, ou o que seja.

Sei que, depois da minha atenção poder divergir para coisas mais mundanas, me sinto muito feliz pela vitória do meu Sporting no Dragão.

Também me sinto feliz porque hoje meditei sobre o perdão. Sobre a paz que ele tras.

Era só isto e um Bom Domingo.

(agora vou pintar)

Serena...estou!

posted by Dinada @ 2:35 PM 2 comments


Quinta-feira, Março 15, 2007

Hope

Mais Alto

Mais alto, sim! mais alto, mais além
Do sonho, onde morar a dor da vida,
Até sair de mim! Ser a Perdida,
A que se não encontra! Aquela a quem
O mundo nao conhece por Alguém!
Ser orgulho, ser águia na subida,
Até chegar a ser, entontecida,
Aquela que sonhou o meu desdém!
Mais alto, sim! Mais alto! A Intangível
Turris Ebúrnea erguida nos espaços,
A rutilante luz dum impossível!
Mais alto, sim! Mais alto! Onde couber
O mal da vida dentro dos meus braços,
Dos meus divinos braços de Mulher!

Florbela Espanca

posted by Dinada @ 3:38 PM 5 comments


Terça-feira, Março 13, 2007

Ambiguidades...

Neste momento tenho o pai em casa. Voltou dia 10, ao cair da noite.
Abracei-o e ele, irritado, queixou-se: és sempre assim, G., a mais exagerada. Não me apertes que isso dói.

Pois.

É isto que sinto desde sempre, este desajuste entre o que sou e o que os outros esperariam que eu fosse...para melhor, óbvio.

Bom, não deixei de sentir a alegria de ter o meu pai de volta, esse mesmo que nunca me entendeu e cuja empatia com os meus irmãos é notória. Não faz mal, pai, amo-o na mesma.

Curioso o seguinte: sendo eu a filha mais 'problemática', menos entendível, distante da sua compreensão, fui eu, a G. que aprendeu hoje a por-lhe o saco que serve os ostomizados, atenta aos procedimentos que um dia posso ter de fazer.

Fui, também eu, que o inscrevi na Associação que lhe dará algum apoio.

Pois é.
Fui eu que o abracei com mais força, quando voltou. Tanto que o magoei.
Nunca serei a filha que ele quereria que eu fosse, mas tenho o pai que descobri amar.

E cá estarei, mesmo assim atabalhoada e desastrada. Cheia de amor para dar...

posted by Dinada @ 5:17 PM 0 comments


Sexta-feira, Março 09, 2007

E Eu, Inteira, Regozijo-me!

Mário de Sá-Carneiro

Esperança: isto de sonhar bom para diante eu fi-lo perfeitamente,
Para diante de tudo foi bom bom de verdade bem feito de sonho podia segui-lo como realidade
Esperança: isto de sonhar bom para diante eu sei-o de cor.
Até reparo que tenho só esperança nada mais do que esperança pura esperança esperança verdadeira que engana e promete e só promete.
Esperança: pobre mãe louca que quer pôr o filho morto de pé?
Esperança único que eu tenho não me deixes sem nada
promete engana engano que seja
engana não me deixes sozinho esperança.

Welcome home, daddy :)
L., terra à vista :)*

posted by Dinada @ 2:04 PM 3 comments


Terça-feira, Março 06, 2007

Horizontes

David Mourão-Ferreira

A secreta viagem
No barco sem ninguém ,anónimo e vazio, ficámos nós os dois ,
parados ,
de mão dada ...
Como podem só os dois governar um navio?
Melhor é desistir e não fazermos nada!
Sem um gesto sequer, de súbito esculpidos, tornamo-nos reais,
e de maneira,
à proa...
Que figuras de lenda!
Olhos vagos,perdidos...
Por entre nossas mãos, o verde mar se escoa...
Aparentes senhores de um barco abandonado, nós olhamos,
sem ver,
a longínqua miragem...
Aonde iremos ter?
- Com frutos e pecado, se justifica, enflora, a secreta viagem!
Agora sei que és tu quem me fora indicada.
O resto passa ,
passa...alheio aos meus sentidos.
-Desfeitos num rochedo ou salvos na ensseada, a eternidade é nossa ,
em madeira esculpidos!

posted by Dinada @ 11:08 AM 3 comments

Terça-feira, Fevereiro 27, 2007

Fábrica de Memórias

Eu sou uma.
Raramente (nunca) esqueço aquilo que me marca, o que me proporciona caminhos por que optar. Nem sempre resultam, as memórias, em percursos mais acertados.
Mas algumas vezes, sim.

Ser amada é bom e eu não me lembrava disso. Ok, lembrava-me de ser amada por alguém durante muitos anos e não corresponder. E achar dramática essa falta de reciprocidade.

Já não penso assim. Por uma razão muito simples. O amor vai crescendo, devagarinho, quando há consonância de objectivos, de espíritos, de empreendorismo. Quando se percorre um trilho, lado a lado, mesmo que as mãos segurem o peito de cada um e não as do outro.

Aprendo todos os dias, claro. Aprendemos sempre.
Lição d'hoje: não quero morrer sozinha, sem um companheiro de estrada que, não me dando a mão, me dá o que tem de melhor: o seu coração, genuíno, puro, verdadeiro.

Por isso, acho mesmo que te quero. :)

posted by Dinada @ 3:37 PM 1 comments


Domingo, Fevereiro 25, 2007
Havendo o PODER!!!

Imagine-se que tudo o que nos passasse pela cabeça se tornava realidade.
Não seria pêra doce.
Seria, aliás, altamente perigoso.

Talvez, se tal acontecesse, houvesse a consciência da boa prática de imaginar bons cenários, de pensar de forma positiva, de idealizar realidades apetecíveis e concretizáveis.

Eu acho que é esse o segredo, só pode.

Sonhei hoje com isso, que tinha uma espécie de super-poder que transformava os meus pensamentos em realidade. Foi uma noite de treino para realçar os bons e eliminar os maus. E acordei estafada. Tanta perturbação tornada real, só porque a antecipava em pensamento.

Tivessemos nós a certeza de que possuíamos esse dom e tudo seria diferente.
Aprendi.
Transpirei.
Tive muito medo, porque todos os pensamentos negativos se materializaram, se tornaram realidade.

Mas consegui no finzinho ,quase acordada, pensar naquilo que realmente queria, afastando medos. E chegou-me o que procurava.

Dá que pensar!

posted by Dinada @ 2:56 PM 2 comments


Terça-feira, Fevereiro 20, 2007

Tempo de Relaxar...até!

UCIP?

Espero não voltar a vê-la.

Pai no quarto, mãe com ele. Tipo milagre.
Hoje, baralhado, não percebia porque o tinham transferido. Por muito que lhe dissessemos que era bom sair daquela Unidade não acredita. Tem medo.

(e, para raiva da minha mãe, tem saudades da enfermeira espanhola, linda de morrer, que o cuidava por lá)

I have my old father back :D )

Etiquetas: Alívio

posted by Dinada @ 3:53 PM 2 comments


Sábado, Fevereiro 17, 2007

Try to do my share...

...e acho que consegui.
Chego à UCIP.
Pai acordado.
Olha para mim e lágrimas rolam. Há muito que não me via, estando eu ali, sempre.

Pai? Pai? Oh pai está aí, voltou.
Abanou a cabeça, que sim.
Pensei, não falando, comunicamos assim.
E, de repente:
_filha? Parabéns pelo 14 no exame.
E quem ganhou o referendo? o Não ou o Sim?

Não queria acreditar.

Beijos e mais beijos e uma grande felicidade!
Pronto, era só isto...

posted by Dinada @ 4:35 PM 2 comments


Quinta-feira, Fevereiro 15, 2007

Rotinas

Novas, desde há 15 dias.

Às 11.30 pego no carro e rumo a Alcântara. Levo a minha mãe e vou o caminho todo a segurar o volante e a alma. As almas, minha e dela.

É uma angústia que não sei explicar, que já chega, basta.

A paisagem da Unidade de Cuidados Intensivos está lá, sempre igual. O meu pai só vê, quando abre os olhos, um relógio que está mesmo em frente à cama 4, a dele. Como sou metediça resolvi propor mudanças ali. Que rodassem as camas. Que os doentes fossem vendo coisas novas, todos os dias, para manterem uma noção temporal.

O meu pai está meio consciente, quando não sedado.
Não pode falar porque está ventilado. Mas tenta.

Hoje levámos-lhe um bloco e uma caneta, para que nos escrevesse o que não consegue dizer. Não podia. Estava sedado porque, de novo, a febre o atacou, a TAC teve de ser feita, mais uma infecção purulenta no intestino, mais um dreno para esvaziar o pus e mais uma análise, e , dores demais para estar acordado.

Quando e como acabará este pesadelo?

Todos os dias vence uma batalha para aperecer outra.
A guerra está lá.
A infecção sai dum sítio para se alojar noutro. A febre denuncia-o. Ele luta.

Pergunto-me: será que vale a pena todo esta sofrimento?
Será?

Pai, meu herói, que não desiste nem por nada!!!

posted by Dinada @ 4:11 PM 3 comments


Quarta-feira, Fevereiro 14, 2007

Superar-me...o que é isso?

Tenta superar-te, dizem-me. Tenta ser mais do que és, exigem-me.
E eu, na humildade de quem se conhece e tem presente as suas limitações, afirma:

_ Nunca ninguém me peça aquilo que nem para mim tenho para dar. Inglória a tentativa.
Sou só isto, sendo que o só pode ser muito.
E é...

(no entanto, todos os dias me têem ensinado coisas. Os dias, se lhes prestarmos a atenção que merecem, são ricos em ensinamentos)

posted by Dinada @ 3:37 PM 1 comments


Terça-feira, Fevereiro 13, 2007

Sei...
Correndo tropeço
Nas folhas secas no chão
Porque não quero pisá-las
Parti-las

Gosto de as ver assim
Laranja
Castanho

Voltam ao verde
Lá mais p'ra frente.
Lá mais p'ra Abril

Na Primavera estarei serena
Porque sim...

posted by Dinada @ 3:13 PM 0 comments


Segunda-feira, Fevereiro 12, 2007

Porta Fechada Para Mim.
Sabem, na Unidade de Cuidados Intensivos não se pode estar triste, muito menos chorar. É tão proibido quanto entrar sem o processo de assépcia que antecede a porta.

Não são permitidas lágrimas.

Então hoje, fiquei à porta. Porque me conhecem bem, já. E sabem que quando me agarro ao meu pai, para lhe segredar o quanto lhe sinto a falta, rola sempre uma lágrima.

Hoje está cheio de febre. O que implica estar nu.
Pronto, então está bem...o pudor, a porra do pudor.

_Não entra. O seu Pai está despedido. Vêem-se as cicratizes, os drenos, o saco, pode impressionar-se (e chorar...isto não disseram mas pensaram).

Respondo: o Pai está despido de tudo há muito e eu já vi tudo. E não é de roupa que falo.

Sabem que mais? Vão à merda. O meu Pai quer-me ali, a sussurrar-lhe ao ouvido que confio nele, que volta, que me me vai dar colo, como sempre deu.

Percebem? Estúpidos...

posted by Dinada @ 3:27 PM 3 comments


Domingo, Fevereiro 11, 2007

E Chove..
E é o dia 11 na UCIP.

Continuo a viver dias e noites de sobressalto, pesadelo infindável.
Continuo a pensar se partir lhe doeria menos do que ficar.
O meu egoísmo, confesso, escolhe (roga pelo) o segundo.

Mesmo vendo, todos os dias, o sofrimento nos olhos do meu querido pai que, ventilado outra vez, só assim comunica...com um olhar profundo de quem, mesmo sedado, está comigo em comunhão profunda.


P.S.: Fui vê-lo e agora dorme. Não lhe vejo os olhos mas sinto-o ali, ainda a querer ficar cá. Vou voltar a ouvi-lo, sei que sim. Espero que sim. Hoje não volto lá porque magoa demais (fraca).

(intimismos despudorados, tenho a noção, mas que se lixe. quem aqui passa gosta de mim)

Etiquetas: Esperança

posted by Dinada @ 10:30 AM 3 comments


Terça-feira, Fevereiro 06, 2007

Reflexos...

Nunca me achei parecida com nenhum dos meus progenitores. Alturas houve em que fantasiei uma adopção, tal a desconfiança de poder ser uma mistura genética dos dois.

Hoje, o lavatório da casa de banho entupiu.
Quando acordo, a primeira coisa que faço é lavar a cara, para despertar. A água acumulada mostrou-me a cara com traços precisos do meu pai.
Não sei se porque queria, se porque sim...mas os nossos olhos são iguais.

Força, estou aqui, eu!

posted by Dinada @ 3:14 PM 3 comments


Segunda-feira, Fevereiro 05, 2007

Ter frio cá dentro.

Não há agasalho que nos proteja. Nem aquecedores que nos confortem.
Eu tenho frio nas entranhas. Aquele frio que me assusta porque, acho eu, é um aviso.

Continuo expectante.

Continuo a dormir mal...

posted by Dinada @ 3:10 PM 2 comments


Sábado, Fevereiro 03, 2007

Meio Dia e Vi-lhe os Olhos.

Juro.
Abriu-os, olhou-me e viu-me. Rolou uma lágrima.
Muitos beijos, em todo o corpo livre de tubos (pouco, muito pouco).
Aperto-lhe a mão.
Segredo-lhe: sabe quem sou?
Responde que sim com a cabeça. Não consegue falar. Mas consegue amar-me, com um simples aceno.
Diz-me que sim, que sabe que sou eu que ali estou, a filha do meio, que ainda bem que acredito, sente-o. Porque acredito mesmo , embora hoje haja mais um problema: derrame na pleura.

O meu pai é um lutador, está visto.
Força.
Nós acreditamos...nos olhos verdes, abertos, contrariando a vontade de os fechar.
Lindos olhos, tem o meu pai.

(os cuidados intensivos são um sítio muito triste porque se morre muito e à vista de toda a gente)

posted by Dinada @ 4:47 PM 4 comments


Sexta-feira, Fevereiro 02, 2007

Dos Critérios Economicistas...e essas merdas!
Bom, escrevo estas linhas num estado de consternação total e por isso desculpável, espero.

Preocupada, zangada, com índices altos de violência latente. Felizmente (ou não), o alvo da minha fúria não se encontra ao meu alcance.

O que é uma catarse pura e dura, pode parecer despudor. Exposição despropositada. Mas tenho de o fazer porque sim, porque admito que depois de carregar no 'publish post' e desandar daqui para lá me sinta melhor (que não vou sentir...eu sei, nada de lirismos).

Há uma semana, dia 24, o meu pai é operado a um cancro nos intestinos no Hospital Cuf da Infante Santo. Escolha dele, que não consegui mudar embora as tentativas de o demover tenham sido permanentes. Queria-o em Sta Maria.

Ele, no entanto, queria a companhia da minha mãe e isso parecia superar tudo o resto. A companheira de toda a vida ali, com ele, no quarto a partilhar as noites em branco.

Assim foi.

Operação de 5 horas, angústia até acabar. Acabou: tiraram tudo, disseram eles. Pai estabilizado e no dia seguinte, depois duma noite na UCIP, volta ao quarto de 'hotel'.

Não pode beber nem comer. Absolutamente nada. Passo as tardes com ele, a humedecer-lhe os lábios com uma coisa que parece um pau de gelado com uma gaze molhada na ponta. Que tem sede, diz. Que não pode beber, digo-lhe.

Tudo corre bem. Segunda feira seguinte, dia 29, o cirurgião faz a fatídica pergunta: quer ir para casa? Resposta óbvia: sim, por favor.

E veio.
De táxi.

Depois de ter retirado não sei quanta porção de intestino grosso, e sem nunca ter ingerido um líquido ou sólido que fosse durante a estadia lá, sai com autorização para comer 'de tudo'. Sem restrições. O meu pai arrisca: até chocolate? (é viciado) Resposta: não, isso não. Pode provocar diarreia. Não há mais perguntas pelo que fica em aberto o leque de todos os outros alimentos.

Chega a casa às 19h de segunda-feira, o tal dia 29. Estamos todos lá em baixo, para o acolher e abraçar no regresso a casa. Filhos e netos. Muitos beijos depois vai uma sopa (pouca) e um simples copo d'água. Que feliz que está por poder saborear um e outro.

Ficam mãe e pai sozinhos e cada filho regressa a casa (todos apreensivos pela rapidez do regresso mas ninguém se atreve a estragar a alegria dos dois).

Primeira noite: vómitos sucessivos. Não aguentou a comida nem a bebida no estômago. Telefonema para o cirurgião: é normal, não se preocupem, devagar chega lá.

Quarta-feira, dia 31, consulta para ver a cicatriz. Está a sarar, sem problemas. Mas há outras coisas a relatar: tristeza profunda, apatia, inchaço extremo em todo o corpo. Medicamentos receitados e táxi para casa, de novo.

Dia 1 de Fevereiro.
Acabo de tomar banho e, antes de sair, beijos no meu pai como todos os dias desde que voltou para casa.
Mãe aflita quando toco à campaínha:

_filha, graças a Deus, estava com o telefone na mão para te chamar. O pai perdeu as forças durante o banho e não conseguia tirá-lo do duche. A Ana (empregada) conseguiu ajudar-me a trazê-lo para a cama. Estou aqui a tentar falar com o médico (sem sucesso, não atende).

O meu coração disparou a mil. Corri para o quarto e encontrei o meu pai deitado, prostrado, a fechar os olhos e com uma respiração estranha, ofegante. Falei com ele. Perguntei-lhe o que sentia. A custo, respondeu-me: filha, só um enorme cansaço, tonturas, deixa-me fechar os olhos.
E eu: nunca pai, mas nunca. Não fecha olhos coisa nenhuma e quero-o a falar comigo sem parar.

Difícil tarefa. Até estaladas tive de lhe dar para o manter consciente e ali, comigo.

O médico do meu pai, o tal da Cuf, entretanto lá atendeu o telefone. Responde à minha mãe, irritado por ser incomodado e diz-lhe para estar no Hospital às 15h, quando entratava em serviço. A minha mãe desliga. Eu passo-me e digo que ele que se lixe com ph, que quais 3h quais carapuça.

Entretanto, estamos as duas a tentar ligar ao meu tio João, médico anestesista, mas ele não atende. Está numa cirurgia. Deixamos mensagem e esperamos. Aliás, espera a minha mãe porque eu, entretanto, consciente de que algo muito errado se passava, liguei o 112.

Responde o meu tio logo que ouve a mensagem e diz para chamar o INEM, imediatamente. Disse-lhe que já o tinha feito e ele descansou. Pediu-me para que o levassem para a Cuf, por estar lá todo o processo.

Quero dizer-vos que, 10 minutos depois de chamada, cá estava a ambulância e dois técnicos de saúde espectaculares.

Disseram-me que não têm autorização para levar doentes para o sistema particular. Roguei-lhes que o fizessem porque o meu tio esperava-os lá e todo o processo anterior a esta crise se encontrava naqueles arquivos, pelo que era melhor levá-lo para aquele estabelecimento.
Acederam.
Queria aqui prestar-lhes a homenagem devida, tanto pelo profissionalismo como pelo lado humano com que lidaram conosco nestes momentos de pânico total.

O meu pai estava cheio de febre...mau sinal.

Pegaram nele e zumba para a Cuf. Eu e a minha mãe, de táxi, atrás.

Lá, à espera dele, o meu tio e outro médico que lhe conhecia a história.

Entretanto é meio dia e meia.

Eu e a minha mãe, de mão dada, à espera de notícias. Chegam os meus dois manos. Ficamos os quatro num abraço, de medo. Porque pressentíamos a gravidade da coisa.

Vim-me embora. Tinha almoço para dar ao meu rebento do meio, que chegava da escola e de nada sabia. A minha empregada no médico não me podia substituir.

Tarde de angústia, agarrada aos livros com exame marcado para as 19h.
Não vou desistir, não posso, o meu pai não quereria.
E fui. E fi-lo e bem.

E, mal acabei, liguei para saber do meu pai, depois duma dissertação sobre umas férias na Austrália que nunca fiz.

Telefonemas para cá e para lá e pai a ser operado de urgência. Esperar.

Umas 3 horas depois, o veredicto: rebentaram uns pontos no intestino, infecção generalizada por perda de fluídos que deviam lá estar dentro e não a circular e, a pior das notícias, o orgão mais atingido o pâncreas.

Pesadelo de novo. Pancreatite.

Estado de saúde? Gravíssimo. Inconsciente. Não nos vê embora lhe seguremos a mão.
Estou a perder o meu pai, o médico não nos enganou. Por um fio, é como ele está.

A minha raiva?

O meu pai ter saído do Hospital menos duma semana depois de ser operado porque já havia um juiz que queria aquele quarto para terça-feira. Que ia também fazer uma cirurgia e que, bem vistas as coisas, depois da operação o lucro é pouco e o meu pai já não dava muito a ganhar.

Garanto: o meu pai está a sofrer, provavelmente não resiste mais um dia mas eu, filha amada, não me vou calar. Nunca.

Tirarem-me um pedaço de mim por motivos economicistas merece que eu lhes vá ao gasganete. E vou...

Estou tão triste quanto preparada para explicar àquela gente que, ter 76 anos, não é igual a valer menos que uma pulga.

(pai, força, não desista)

posted by Dinada @ 1:28 PM 6 comments


Quinta-feira, Fevereiro 01, 2007

Meu Pai...

Agarre-se a mim...
Com toda a força que tiver.
Não vale desistir!

(lembra-se como lhe segurei a mão, hoje de manhã? antes de ir na carrinha amarela? como o mantive acordado, chata que se farta? estou aqui mas estou aí)

posted by Dinada @ 3:51 PM 0 comments

quase frio...só quase!


Quarta-feira, Janeiro 31, 2007

É que é já a seguir...
Mas, em antes, preciso só de dizer uma coisinha ou duas:

Uma: obrigada;

Duas: eu também, mesmo tu sabendo no que te metes e eu no que me meto, não te resisto e estou aí.

Pronto. Estudando...

posted by Dinada @ 1:52 PM 1 comments


Terça-feira, Janeiro 30, 2007

Devia Haver uma Lei...

...que proibísse rejeitar o amor.
Devia!!!

posted by Dinada @ 1:55 PM 1 comments


Segunda-feira, Janeiro 29, 2007

Dido - Take My Hand

posted by Dinada @ 2:30 PM 1 comments

Domingo, Janeiro 28, 2007

Seria um belo dum 'suquete'...ah pois seria!
Devem conhecer o programa da Sic Mulher chamado 'Querido, Mudei a Casa'. Se não conhecem, hélas, conhecessem...

Na minha mente pérfida e fértil, confesso, deveria haver um programa chamado 'Querido, Mudei a Fechadura'.

E funcionava com a mudança a decorrer enquanto o companheiro, marido, o que fosse, estivesse a trabalhar. Tudo filmadinho.

Depois, uma equipa de repórteres manter-se-ia à porta, a filmar tudo. Se corresse bem ia haver peixeirada em directo. Pontapés na porta, palavrões, gritaria, apareceriam os vizinhos (de preferência de pijama e pantufa 'DeFonseca'), a tomar partido por uma das partes, a tecer os mais hilariantes comentários sobre a vida íntima do casal, enfim...terminava com um agente barrigudo da GNR a tentar acalmar os ânimos, afirmando que entre marido e mulher não metas a colher.

Acho que seria um brilhante programa de entretenimento.
Vá, toca a aproveitar a ideia.
Que tenho mais na manga...é só escrever ali pró emílio que consta do meu perfil :D!

posted by Dinada @ 2:08 PM 1 comments


Sábado, Janeiro 27, 2007

Yes!


Enfim, há quem se contente com estas minudências :)

posted by Dinada @ 3:35 PM 2 comments


Sexta-feira, Janeiro 26, 2007

Comentos deixados por aí...

Tinha prometido a mim mesma não abordar o tema IVG aqui, mas tenho-o feito pela blogoesfera.

Não resisto a publicar um excerto dum comentário meu deixado no Blasfémias, onde levei forte e feio depois de o debitar...

E agora, desculpar-me-ão, mas tenho esta convicção desde sempre: só compreendo ( e aceito, democraticamente) os 'absolutamente a favor' e os 'absolutamente contra' a despenalização da IVG. Tudo o resto não resiste à análise.

Contar dias, semanas ou meses para atribuir valor à vida é uma tarefa impossível. Falar de actividade cerebral é tão ridículo quanto falar de actividade renal. Nós todos fomos, enquanto no ventre da mãe, um projecto de bebé. Que todos os dias desenvolve mais uma capacidade. Medir isto em valor é-me totalmente impossível e creio que na classe médica também. Valerá a vida mais acrescendo um dia às 10 semanas? Pois, são essas as minhas perplexidades.

Agora, e não querendo deixar aqui um lençol que ninguém terá pacchorra para ler, faço um paralelismo, que me parece oportuno, legalista que sou.

O Caso Esmeralda tem sido deveras comentado, discutido e até controverso (pouco, segundo a vontade da comunicação social que, vá-se lá saber porquê, optou por uma das partes), fazendo levantar movimentos de revolta contra a pena aplicada ao suposto pai adoptivo que não era.

A lei é clara, no entanto. O crime perpretrado pelo sargento tem uma moldura penal definida e foi provado que ele o praticou, certo? Sequestrou uma menor que foi, pelo tribunal, entregue ao cuidado do pai biológico.

Agora pergunto: dever-se-à despenalizar o sequestro? Ou será mais sensato analisar o caso específico e, confiando no poder discricionário dos juízes, esperar que a lei seja aplicada ao caso concreto, com as consequências que daí advierem?

Pois.

Para mim, o caso do aborto tem contornos semelhantes.

Mantendo-se a sua penalização podem ser ilibadas todas as mulheres que, em tribunal, provarem ter agido em circunstâncias 'desculpáveis', como aliás tem acontecido.

Despenalizando, mete-se no mesmo saco a irresponsável que age por capricho e a mulher dorida que sente o desespero de não poder criar mais um filho, tendo tomado todas as precauções ao seu alcance para que tal não acontecesse.

E tal...
posted by Dinada @ 10:47 AM 2 comments

Quarta-feira, Janeiro 24, 2007

O Poder de Baralhar...

...e voltar a dar.

A comunicação social apresenta-se hoje como verdadeira opinion maker, infelizmente sem qualquer rigor jornalistico. Ilustra esta situação na perfeição o Caso Esmeralda.

Este comentário anónimo deixado na caixa de comentários do blogue Câmara Coorporativa reitera o afirmado acima. Ora vejam:

"Veja-se o texto integral do acórdão que condenou o "pai adoptivo" aqui http://www.verbojuridico.net/inverbis/.

Da leitura dos factos provados ficamos a saber que os "pais adoptivos" foram os principais responsáveis pelo drama que a criança certamente está a viver.


1. Esmeralda nasceu em Fevereiro de 2002.

2. em Maio de 2002 foi entregue ao casal.

3 em julho de 2002 o pai biológico já declarava no processo de averiguação de paternidade que se a paternidade ficasse demonstrada nos exames iria perfilhar a criança.

4. comprovada a paternidade o pai biológico perfilhou a criança e de imediata diligenciou junto do MP para que fosse instaurada acção de regulação do poder paternal.

5. antes e depois da decisão do poder paternal que lhe entregou a guarda da criança o pai biológico tentou contactá-la, no que foi impedido pelo casal "adoptante".

6. o casal "adoptante", embora notificado da decisão de regulação do poder paternal proferida em 2004 (processo cuja existência já conheciam há muito tempo) sempre se recusou a entregar a menor tendo mudado de residência várias vezes para impedir a entrega.

7. o casal "adoptante" pretendeu claramente criar uma situação de facto que tornasse dificil ou impossível a entrega da criança ao seu pai biológico.

8. quando o pai biológico perfilhou a criança ela tinha pouco mais de 1 ano. Nessa altura, a entrega ao pai biológico não provacaria, certamente, danos irreparáveis na criança.


Nota: já agora, um exemplo terrorista.
Foi noticiado há pouco mais de um ano o rapto de um recem nascido no hospital de Penafiel. O bébé nunca mais foi encontrado.
E se daqui a 5 anos descobrirmos que o bébé se encontra com um casal que o trata como filho e que é considerado por ele como pais.
O que é que vamos fazer? Dizer que o superior interesse da criança exige que ela se mantenha com os seus raptores?

Eu sei... eu sei... isto é puro terrorismo.

O que posso dizer é que não gostaria de estar na pele do juiz que tem de decidir este processo."

Acho que não é necessário acrescentar mais nada...

(manobra de diversão minha, para tentar não me lembrar de 5 em 5' que o meu querido pai vai para a mesa de operações daqui a duas horas...)

posted by Dinada @ 9:28 AM 6 comments


Segunda-feira, Janeiro 22, 2007

Acreditar

Que hoje consigo.
Que mesmo não sendo poetisa, faço da vida os meus versos.
Arredondo vocábulos e há a magia. E tenho talento.
E sou muito mais do que aquilo que já fiz.

Tenha eu tempo,
Haja chuva que me lave as lágrimas,
Que me devolva a vida de paz,
E chego lá.

Àquele sítio mágico em que a verdade é só uma: ser autêntico. Ter fé, esperança e muito empenho.

Sem fatalismos construo a minha história, acreditando...
Sou mais do que posso medir ou pesar. Sou incomensurável como somos todos.

É hoje, não amanhã, que eu faço o meu futuro.
Assim seja!

posted by Dinada @ 1:20 PM 0 comments


Domingo, Janeiro 21, 2007

Hoje, simplesmente um poema...

Escada sem corrimão

É uma escada em caracol

E que não tem corrimão.

Vai a caminho do Sol

Mas nunca passa do chão.

Os degraus, quanto mais altos,

Mais estragados estão,

Nem sustos nem sobressaltos

servem sequer de lição.

Quem tem medo não a sobe

Quem tem sonhos também não.

Há quem chegue a deitar fora

O lastro do coração.

Sobe-se numa corrida.

Corre-se perigos em vão.

Adivinhaste: é a vida

A escada sem corrimão.


David Mourão-Ferreira

posted by Dinada @ 2:31 PM 2 comments


Sábado, Janeiro 20, 2007

Poder!

Querer é poder, sempre ouvi.

Sempre duvidei, também.

Porque eu quero tudo e o tudo não cabe nesta única vida. Depois, aprendi a esperar. E a ter fé. Acreditando que, se não for nesta viagem é na outra, a próxima.

E comprei bilhetes a dobrar.
Agora é a hora de perceber se acertei. Daqui a meia hora é o princípio...de tudo!

Ai eu!

posted by Dinada @ 7:55 PM 1 comments


Sexta-feira, Janeiro 19, 2007

E tal...

Mais volta menos volta na blogoesfera e encontro dois temas recorrentes: o Referendo sobre a despenalização da IVG; a Educação.

Então apeteceu-me escrever sobre os matadouros vs personalidade de quem faz disso negócio.
Podia pegar também no tema versando sobre as Funerárias, mas agora não me apetece.

Como será passar os dias a ver correr sangue, a esquartejar pedaços, a deitar fora sobras que um dia serviram para que os animais (agora)pendurados, inertes, pudessem ser.
E sobra muita coisa, num matadouro: os olhos, os ossos, o pêlo (ok há quem aproveite este último), a alma.

Eu acredito que os animais têm alma, só não se vende.

Ao contrário de muitas alminhas humanas que eu conheço!!!

Ok, deu-me para isto, desculpem qualquer coisinha.

posted by Dinada @ 5:02 PM 0 comments


Quarta-feira, Janeiro 17, 2007

PrecariEdade

O que posso ter compro.
O que não posso ter não tenho.

Não me chateia nada, não ter coisas.

Tenho, dentro de mim, uma riqueza muito maior. Sou capaz de amar e de ser amada.
Nunca eu perca isso e serei sempre completa.

posted by Dinada @ 5:37 PM 4 comments

Dido - Don't Leave Home

Fantasma...sou um fantasma!

posted by Dinada @ 1:08 AM 4 comments


Terça-feira, Janeiro 16, 2007

Escrever, escrever, escrever

Antes de desligar isto, e depois de muitos desabafos, surge uma necessidade imperiosa de debitar frases.
De pôr cá para fora uma quantidade estúpida de palavras que me vêm à cabeça e que tenho de largar. Aqui. Sentido? Só um, o meu.

Se eu fosse um pássaro era um pardalito.
Gostava de ser.
Parecem-me livres, os pardais.
Dá a sensação que mandam na vida deles, que só vão onde querem ir. Parece-me.
Às vezes, muitas vezes, tenho ideias estapafúrdias, que, salvem-me os anjos, nunca serão certezas...valha-me isso.

Pardalita, queria ser!

posted by Dinada @ 10:28 PM 0 comments


É Ele...Definitivamente

Sting - Fields of Gold



O ARTISTA da minha vida.
Baba...a rodos!

posted by Dinada @ 4:01 PM 1 comments


Pink Floyd - Another brick in the wall


O filme da minha adolescência. Tinha 15 anos e vi 4 sessões seguidas...sem químicos, sem produtos naturais a estropiar, só mesmo com os olhos no coração.
posted by Dinada @ 3:43 PM 1 comments

Gosto do Sete!

7

Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro.

Mário de Sá Carneiro

Este poemazinho, pequenino pequenino, revela-se para mim como uma lição de vida.
Leio-o vezes sem conta e não deixo de aprender.
Por exemplo que, se continuo a ir de mim para o outro, não sairei da ponte...de tédio.

Que bom deve ser, só se perceber palavras e não atingir as frases.
Que bom deve ser, ser-se simples...

posted by Dinada @ 2:10 PM 0 comments


Segunda-feira, Janeiro 15, 2007

Das Passagens...

Esta vida é a passagem ou UMA passagem?

Espero que seja só um estádio.
Que um dia volte e faça tudo como deve ser.

Neste caminho, encalhei...

posted by Dinada @ 3:19 PM 4 comments


Domingo, Janeiro 14, 2007

Sussurrrando...

Este post, fosse ele audível, e era um sussuro apenas.
É daquelas coisas que dizemos ao ouvido d'alguém, como um segredo não pedido. Dito baixinho já pressupõe a pouca vontade da partilha devendo isso ser respeitado. É só com a orelha receptora que preciso de partilhar sentimentos.

De resto e paradoxalmente, exponho aqui o referido sussurro: tenho medo!

Pronto, era só...

posted by Dinada @ 3:27 PM 2 comments


Sábado, Janeiro 13, 2007

Up Side Down

Nunca consegui fazer o pino.

De resto nunca precisei de força nos braços para a vida me pôr de pernas para o ar.

Curioso...

Hoje, excepcionalmente, não me consigo lembrar do que sonhei. No entanto, as sequelas duma noite agitada sentiam-se pelo corpo todo. Pelas lágrimas que rolavam sem aparente razão. Pela agitação extemporênea. Pela enorme tristeza que me pesava no coração como se uma pessoa de 200 kg o tivesse escolhido como assento.

Demorei umas horas a sair daquele sentimento torpe e estranho.
Quando finalmente consegui, e sorri, percebi que continuava de facto triste.
Não deve ter sido mau, o sonho. Deve ter sido um bocadinho da minha história, e só.

Chorar, às vezes, é preciso...

posted by Dinada @ 4:49 PM 0 comments


Quinta-feira, Janeiro 11, 2007

Voltei a Titular...

(insconstância, sempre...)

Porque os títulos dos postes são como os olhos das pessoas, antes delas falarem. À priori, costumam fazer a súmula do que sentem, antes de usarem as palavras.

Nem sempre é assim. Conheço muito boa gente com olhares impenetráveis, treinados para isso, pensando que se preservam da verdade. À laia de conselho, aviso: not worth. Nunca. Os olhos serão sempre o espelho da alma, mais ou menos escondida, que está lá.

Eu tenho olhos verdadeiros mas nem sempre completos, o que é diferente. Preciso, as mais das vezes, das palavras para estender raciocínios, emoções, cumplicidades.

Por vezes, no entanto, basta olhá-los com profundidade e está lá tudo. Haja perspicácia de quem os vê e vontade de procurar além do óbvio.

Hoje faço 42 anos e meio. Estou em semi-balanço, daqueles que não sendo obrigatórios são profícuos e orientadores.

Até agora não corre mal, o ratio do Deve/Haver.

posted by Dinada @ 1:07 PM 6 comments


Quarta-feira, Janeiro 10, 2007

Acabaram-se os títulos.

Finou-se a necessidade de síntese, boa.

Vou contar uma história de encantar, como se fosse minha.

Era uma vez uma gaiata que, não tendo dinheiro para sapatos, corria descalça. Corria mais que os outros gaiatos porque, de quando em vez, eles paravam para apertar os atacadores que ela não tinha porque, se bem se lembram, não havia sapatos nos seus pés.

Perguntavam-lhe muitas vezes como não tinha frio. Como não ficava com feridas, de tanto caminhar sem protecção.

Ela respondeu, só: para um pobre não há frio. Todo o corpo se resume à cara. Vocês, ricos meninos, não a tapam pois não? Então é isso. Eu sou só cara, não necessito de a tapar como não necessito de tapar o resto.

Um dos rapazes que a ouvia com atenção olhou-a, viu-lhe a verdade na expressão que impôs no discurso e percebeu-a.

Agarrou-a, abraçou-a e disse: serei mais rico se estiveres ao meu lado sempre, para me ensinares as verdades que ainda não descobri. És mais sábia do que eu e admito-o. Acho que me apaixonei pela tua força e por esses olhos cor de relva primaveril.

A garota assustou-se.

Não percebia como podia, naquelas circunstâncias de inferioridade material que sentia, no despojo dos bens materias que ostentava, atrair a atenção do rapaz mais cobiçado da escola. O mais bonito, o mais inteligente, o melhor...

Depois percebeu.

E entregou-se à verdade desse entendimento.
Ela era muito mais do que a ausência de posses. Ela era completa, profunda e bela. Sim, muito mais bela do que todas as outras que, de sapatos de verniz, se pavoneavam pelo recreio, escondendo a sua superficialidade atrás da riqueza que não era delas, mas herdada.

A menina descalça chegou a ter sapatos. De verniz e tudo. Mas muito mais tarde quando, por mérito seu, os pôde comprar.

Esta personagem comove-me e comover-me-á sempre.

Chamar-lhe-ei Di, porque não sou eu!

posted by Dinada @ 1:38 PM 2 comments


Terça-feira, Janeiro 09, 2007

No Recoverded Posts!

Começo de novo a escrever, quando me voltar a apetecer...

(embora mantenha o nome, passo a ser Semiquente, Quase Fria)

posted by Dinada @ 1:06 PM 1 comments""

terça-feira, janeiro 30, 2007

Entretanto!

Quando voltei a ser pequenina, sem ordens a cumprir (é tão bom ter quem nos acolha), voltei a duvidar de tudo.

De boas vontades, de forças que não há, de futuros duvidosos, de mim.

Quero ser forte. Não consigo. E acena-me ali ao fundo, a desistência de tudo...apetecível!

Pai!

Odeio vê-lo assim, fragilizado, cheio de tubos.
Pai, sofro por não ter já a força para me proteger.
Que não possa sentar-me ao seu colo porque a cicatriz não deixa.
Ao menos dê-me a sua mão. E aperte-a com força.

E ame-me como sou, desastrada, limitada.

Sou um amor seu, perpétuo. Isso é tudo.

(de regresso a casa, estou assustada...)

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Everything's So Quiet...

Quando tinha 6 anos, recebi o melhor presente da minha vida. Bom, talvez o segundo melhor porque, aos 11 anos, a bicicleta dos meus sonhos estava lá para mim...

Sophia de Mello Breyner, a mágica da magia das palavras.

Menina do Mar

Lido, relido, re-relido.

Pintado por mim, por cima da prosa, com os riscos que queriam ser palavras mas ainda não eram.
Traços de cor.
O livro mais mágico que li, até hoje.

O meu refúgio de menina...do mar!