domingo, agosto 22, 2010

Arranjos Domésticos

Eu memorizo muita coisa.
A maioria lixo.

O que não é demora a ser processado, separado reciclado.
Uma trabalheira.

O meu processo de memória selectiva carece de investimento estratégico.
De trabalho.
De vassoura.

Este Blogger pede-me todas as vezes que me ligo se quer que me memorize.
Toda as vezes lhe digo sim.
Nenhuma vez resulta.

Decorre disto uma sensação ambígua: não Graça, não é para seres lembrada assim, ao carregar num botão.

Queres dizer algo? Esforça-te ao menos para saberes como aqui entrares...e deixares dizeres!

No fundo, acho bem!

Mesmo muito bem.

sábado, agosto 14, 2010

Há Horas Que Passaram

Pesava-lhe no ventre
Um bebé inexistente
Mas pendente

Havia de ter existido
Vivido
Andado e corrido

Onde está
Por onde parará
Que corpo encarnará

Que pai terá
Que coração baterá
Que dom o abençoará

Que amor incomensurável haverá
Terá pudor desse amor
Saberá da dor

Não pode sofrer em vão
Pois se a mãe donde não nasceu
Não conheceu, então

Mas nunca o esqueceu
Porque o desejou sem o conhecer
Sem tempo de o conceber

quinta-feira, agosto 12, 2010

Tempos Modernos - Título Póstumo

E é assim, ao correr da pena que me sai a angústia de ver todos os dias iguais, simplesmente porque não os imagino diferentes.

Credo.
Coisa estúpida.

Eles fazem-se, os dias, com ou sem complicações, dependências cá de coisas etéreas dos confins de mentes próprias.

É sempre muito profundo, lindo : a minha imaginação, falta de força interior, coitadinhas não deixam que o raio do ram ram das horas dos dias se me deslargue da pele as maleitas que me afligem.

Muitas mais vezes do que queria (fé, anda lá), me começo a fartar seriamente destas modernices, merdices daqueles livrinhos de auto-tudo dos super poderes que possuímos, que vendem a rodos a mentira que até do cancro no livramos se acreditarmos em NÓS.

Mas quem raio somos nós?

Que significa isso da crença?

Sei que estou aqui, que existo.

Tenho fé que existe Deus.

Acreditar em mim não sei o que possa ser e muito menos que isso me possa salvar seja do que for.

Quê será será, whatever will be will be..lalalalalala..lala.

quarta-feira, agosto 04, 2010

Água do Castello

Quando vivia na Suécia uma das coisa que me deixava perplexa é que por lá não se vende água sem gás.

Pura e simplesmente não há.

E se os suecos bebem água engarrafada.

É vê-los comprar em qualquer quiosque, a toda a hora, estejam 30º ou - 15º.

E bebem muita Ramlösa.
O equivalente à nossa Castello em intensidade e volume de picos.

Adoram.

Já eu, durante os 3 anos em que lá vivi, sofri a vergonha de ter de pagar 20 cêntimos por cada copo de água pedido em cafés ou restaurantes por, simplesmente, odiar aquele gás exagerado que não mata sede nenhuma e entra pelas narinas como uma arma mortíferamente engasgante.

Coisas.

Por mim, fora as água com gás por extraordinária necessidade de ajuda a chamar o Gregório (e desculpem o grafismo) vade retro!

P.S. Tenho um primo direito que só bebe Água do Castello desde a tenra infância. Diz que não há melhor para aniquilar a sede...nunca conheci uma criança que gostasse assim duma água tão forte, difícil, e que bebesse dum trago uma garrafa.