segunda-feira, julho 28, 2014

Não Há Como Doirar a Evidência

Sobra-me 1/3 de vida.
Segundo a esperança de vida por estas terras, e fôr saudável na minha morte (pois...)!
Bom, tenho sempre a Suécia, que me acrescenta meia dúzia mas, para quê?
Se morrer com saúde, tanto faz, certo? Certo!

quarta-feira, julho 23, 2014

Também Fica Aberto Para Vos Deixar Isto

https://www.youtube.com/watch?v=HIRDXBNrI-M

D(i)e nada!

Porque Raio Não Deito Abaixo Isto, Blogue Podre

Porque tenho-lhe amor.
Porque, além de outras mil razões, já o fiz, há atrasado, e senti-lhe a falta. Depois voltei, por isso.
Gosto que isto aqui esteja, com um ridículo nome, criado por um ridículo rasgo de estupidez mas, às tantas, ser tudo isso é ser eu, também, além de outras coisas.
Escrevo acelerada e nunca revejo os textos, porque se é para ser em mau que o seja, na sua maior plenitude.
Sou pouco orgulhosa e acho isso um tremendo defeito.
Quero dizer, sou pouco orgulhosa de mim, mas transbordo orgulho da mais pequena coisa que se relacione com os meus rapazes. Se riem, orgulho-me, se me contam alguma coisa parva, orgulho-me, se são bonitos (tão) orgulho-me.
E sei que sou parva porque orgulho é uma coisa que só deve apresentar-se na primeira pessoa. De resto, os outros (mesmo os meus rapazes) não têm nada a ver conosco. Os orgulhos devem ser dos próprios, de mais ninguém.
Dou um exemplo: descendo duma família cheia de heróis, que me precederam mas que em nada me podem fazer vangloriar porque, lá está, o mérito é deles, dos meus antepassados, e não meu.
O Aristíde de Sousa Mendes é meu primo.Pronto, cá está, orgulho-me imensamente dele, não de mim.
Ao meu filho mais pequeno, que entretanto já mede um metro e oitenta e coiso embora tenha 14 anos, foi-lhe apresentado um desafio, na disciplina de História, este ano. A ele e a todos, óbvio. Se tinham alguém na sua família que fosse "conhecido", que tivesse um lugar na nossa história, de Portugal. Um dos colegas disse que o tio-bisavô era amigo do Almirante Gago Coutinho e toda a gente adorou.
Ele falou no primo Aristídes Abranches de Sousa Mendes e explicou que era primo e que o apelido até o provava. Conhecia-lhe o percurso mas teve de o explicar ao resto da turma que (aqui um bocadinho magoada, confesso), não fazia a mínima idéia de quem era o tal do Cônsul.
A professora, essa, rejubilou.
E pediu-me a confirmação, coisa que fiz (lá está o raio do orgulho despropositado).
Houve uma aula dedicada ao tempo em que esse meu primo (esquecido pelo nosso país) foi o tema.
O mais novo chegou a casa e disse-mo, mas sem orgulho próprio, só no outro, no verdadeiro marco, protagonista dum dos episódios de salvamento do genocídio mais relevantes na história da 2ª Guerra Mundial

sexta-feira, julho 18, 2014

Poste D'Ontem

Coisas Estranhas (e trágicas)

Estou na fila do supermercado e têm um televisor gigante na zona do café.
Passa a notícia de última hora sobre a queda (abate?) do avião malaio sobre a Ucrânia. Ainda sem perceber nada o caixa comenta comigo e com o rapaz atrás de mim a desgraça de mais de 295 vítimas.
O rapaz comenta, arrepiado, que tinha acabado de chegar dum vôo e que durante o mesmo acordou e sobrevoava o Iraque e lhe passou pela cabeça - e se? - e suspira.
Depois de pagar, ao passar perto da TV vejo e comento em voz alta que era um avião comercial da Malaysia Airlines que partira de Amesterdão, com destino a Kuala Lumpur e o rapaz fica lívido.
Exclama:
- Cheguei há umas horas de Kuala Lumpur.
Provavelmente nesse avião, que regressaria agora.

E criou-se ali um silêncio.
Um terrível silêncio!

terça-feira, julho 15, 2014

Públicas Virtudes...

Disto da vaidade, o tanto que há para conversar.
Aqui, neste espaço, converso em público e, dado o facto, faço-o com alguma ponderação.
Por exemplo: já expus aqui a imagem dos meus rapazes loiros e lindos mas, convenhamos, é uma vaidade que acaba por ser só  minha, porque sou EU que os achos lindos (loiros, continuam a ser, pois).

Mais de resto, outras vaidades, que tenho, guardo para os mais íntimos e não sinto ímpetos de partilhar.

Mas lá está, cada um com cada idéia.

(a sério, até podia...)

sábado, julho 12, 2014

Isto De Reler O Passado

São quase dez anos de blogue.
Escrevi mais uns anos, menos noutros mas, em retrospectiva, escrevi sempre sem rede, sem rever textos, sem filtros.
É claro que isso leva a que muitos dos arrazoados estejam pejagos de erros grosseiros, de outros de digitação, mas sempre achei isso secundário.
Continuo a pensar o mesmo, embora seja uma picuínhas quanto ao correcto português (em casa de ferreiro...enfim).
Mas, sem falsas modéstias despropositadas, houve tempos em que escrevi coisas assaz interessantes.
Ontem, dia de balanço para mim, cujo Ano Novo celebro no dia em que nasci, percebi várias coisas, assimilei outras e, ainda, conformei-me com a minha vida.
E, isto de se conformar, não é mau, não tem o sentido pejorativo que teimam em dar-lhe.
Ás vezes é tão só acolher um caminho que se fez, sem culpas e sem ressentimentos.
Porque foi o nosso, que escolhemos porque sim, porquen a bifurcação da estrada há sempre, sempre, uma escolha e, havendo que escolher, segue-se aquele que é possível, dentro das condicionantes.
Nunca houve muros intransponíveis num dos lados.
Só houve livre arbítrio, de que usufrui, para o mal e, especialmente, para o bem.
Há, por aí algures, um poema que gosto particularmente, porque é meu e não sou poetisa nem o aspiro.
Deixo-o porque, à altura, significou um mundo:

Adormecer Em Alto Mar!

Embalada nas ondas
Com a lua tocando o mar
Numa promiscuidade inusitada
Adormeci

Durante o sono o sonho fez-se vida
Existiu
E a pequenina janela que se abriu
Deixou a maresia entrar

Os meus dedos foram os teus
Emprestei-te as minhas mãos
Que percorreram o meu corpo como se não o conhecessem

A minha pele é macia
A minha alma também
Tocando as duas encontraste o paraíso
Em Alto Mar



Repostar O Que Escrevi, Lá Noutros Tempos

A Lagartixa Verdiroxa

Caminhando por uma estrada de terra batida que, a cada passada, levantava uma nuvem de pó que toldava a vista já cansada do velho obstinado, apareceu uma fada, difusa, mas uma fada certamente.

Perguntou-lhe o que o fazia caminhar há tantos anos aparentemente sem rumo. O velho respondeu:

_ Há pelo menos 50 anos que procuro uma promessa. Disseram-me que há lagartixas verdiroxas e eu quero encontrá-las. Quero ser um nome num livro relacionado com essa descoberta, para que o mundo nunca me esqueça como o homem que descobriu uma lenda, que afinal não era.

A fada parou-o, encostando a mão ao seu peito. E pediu-lhe, gentilmente, que se sentasse ali numa pedra do caminho e a ouvisse.

Com uma voz doce, como só as fadas têm, disse:

_ Velho senhor, passaste cinquenta anos à procura de algo que te perpetuasse para além da vida terrena. Ainda não descobriste a tal lagartixa que projectaste no futuro...um dia encontrarias, quem sabe...entretanto, escapou-se-te o Hoje, o Agora, a única coisa que realmente possuis de certeza. Pensa nisto. Pensa que, perdido que andas obcecado com o momento que aí vem, perdeste opresente. E é só este que vale, que existe, que pode dar-te a paz para fazeres caminho. Mas caminho a sério, não aquele com um destino no lá longe. Pensa nisto.

Com estas palavras desapareceu.

O velho achou que ela era doida, que não percebia nada de objectivos de vida e que se lixasses porque ele ia continuar a sua caminhada.

De repente espirrou. Esse espirro podia ser igual a tantos outros mas não foi. Aconteceu que, naquele momento, sentiu uma tontura muito grande e teve vontade de se deitar. Fê-lo debaixo duma árvore à beira da estrada de pó.

Adormeceu.

Quando acordou doía-lhe o corpo todo. Estava dormente da cintura para baixo e não conseguia, sequer, levantar-se.
Um pássaro mais atrevido, num vôo rasante, picou-lhe o alto da cabeça.

Pensou então nas palavras da fada. Percebeu que aquele agora era o que decidiria o que se seguiria. Não havia futuro, não havia passado, nada. Havia aquele momento presente que o imobilizava e o impedia do daqui a pouco.

Ficou assim, estático, a pensar nas palavras daquela mulher cheia de luz, que lhe apareceu no plano de vida desenhado ao pormenor ontem, para chegar ao amanhã...

(já era um bocadinho sábia, quando escrevi isto e, entretanto, neste hiato, aprendi tanto...)

sexta-feira, julho 11, 2014

Não Doeu Quase Nada, Afinal

Doeu só o suficiente para perceber a benção que é fazer 50 anos.
Foi hoje.
Rodeada de tanto mimo.
É muito gratificante saber-vos comigo, porque a recíproca é verdadeira.

quinta-feira, julho 10, 2014

Porque Adoro As Capicuas

Daqui a muito pouco celebro o meu quinquagésimo anirversário e isso, aprendi perdendo pessoas, não é para todos. Há dez anos atrás escrevi um poste parvo, idiota mesmo.
Dizia eu, por aqui, que me bastavam mais esses dez anos para poder morrer feliz, que tinha os filhos grandes (afinal, estão mesmo grandes porque todos passam, largo, o metriontenta, mas, mas...que parvoíce se o mais novo tem quatorze, um menino), criados e prontos para o Mundo.
Nunca se tem os filhos preparados, ora.
Eu, que sou filha velha sei, quanto mais eles.

Isto, este arrazoado, para dizer que:
1. Nasci às 00h;
2. Aos 55 minutos;
3. Do dia 11.

É por isto que tenho este gosto, escrito no título.
E, como amanhã me reservo o dia para pensar o meu Novo Ano, deixo já explicado.
Parabéns a mim, ao meu caminho, `minha Fé!

Já Disse Que Conto 49 Primaveras?

Pois, não tem nada a ver.
Descobri, triste, que não é possível fazer alguém que resolveu aparecer ali ao lado, a seguir-nos, "des"fazê-lo (obrigada, obrigada mesmo aos outros).
Ou seja, quase quase todos me honram quando aparecem ali ao lado, a dar a cara por esta porcaria.

Mas, há sempre uma porcaria dum "mas", haverá outros que caem aqui não sei como, que clicando no perfil temos um 'cadinho de vergonha e nada há a fazer.
Arrelias, enfim, arrelias.

quarta-feira, julho 09, 2014

Ah, Ok, Que Idade Tenho?

49. Tenho 49 anos. Sim, por acaso tenho 49 anos.
Perguntou-me a idade? 49.
É, 49 anos!

Dos Limites II

Acho abjecta a forma como se está a tratar a nação alemã, à conta de futebol (uma bola e 22 jogadores atrás dela, a sério?).
Já li por aqui epítetos tão belos quanto "nazis" e afins.

Senhores, tende tento na língua e no trato, por favor.

Nós, portugueses, também fizemos muita m***da no passado.
Gostaráimos de ser lembrados como os vendedores de escravos?

Pois...também me parece que o tempo é outro, que a história se encarrega de pôr tudo em perspectiva e que, acusar um povo inteiro baseado no seu percurso há (muitos) anos atrás é coisa para soar mal.
Haja tento.
E senso!

sábado, julho 05, 2014

Já Vos Disse que Amo Capicuas?

Pois que, em antes sem saber, escrevi a 1001 mensagem.
Coisa para me alegrar sobremaneira (sim, alegro-me com o que parece pouco), embora agora venha a 1002, para estragar o momento, grande bahhhh!

Das Coisas Que Ficam

Sou pessoa de sonhar.
Acordada, nem tanto.
É mesmo em sono profundo que sonho, e sonho muito bem e muito mal.
Tenho terrores nocturnos que me sobraram da infância, felizmente raros, mas tenho (e se são terríveis, coisa para me marcar de tal forma que o corpo se sente), e, depois, compemso-os com sonhos maravilhosos, em que o enredo é desenhado a régua e esquadro para que, no fim, o resultado seja perfeito.
Já sonhei que oe meus que amo e que já se foram voltaram só para que aquietar.
E aquietaram.
Construí romances lindos que me apeteciam e que, em vigília, seriam um desastre gigantesco mas que nos braços de Morpheu resultaram melhor do que os da pobre Cinderela (alguém acredita, por um nano segundo que uma sapato - céus, é só um sapato de número certo - lhe resolvia a vida?!).

Bom, das coisas que ficam tiro ilações, que eu sou pessoa de, além de sonhar, pensar, concluir, reconduzir:

Vou fazer um telefonema (era assim que se dizia, em eu pequena).
Desse telefonema pode ficar uma coisa,
O quê, não sei.
Não será por aqui que saberão, mas sossegarei eu, que é o de mais.

quarta-feira, julho 02, 2014

Pensem!

Comigo:
Há muito poucos nomes próprios com cedilha.
Quem assim é de sua graça, só pode ser especial.
Digo eu, bom...