sábado, setembro 29, 2007

Coisas Muito (diria exclusivamente) Portuguesas

A bata.

Se repararem, as mulheres na faixa etária que ultrapassa os 50, 60 vá lá, rendem-se à bata como indumentária diária (excluindo talvez Domingo na Missa), o que torna a paisagem humana deste país num imenso mar de capas aos quadrados normalmente bicolores, abotoadas à frente e com os 2 necessários bolsos para o lenço de papel.

Curiosa, indago algumas.
Resposta? Ó menina atão não se está mesmo a ver? É para proteger a roupinha que trazemos por baixo.

Pois.

Lembro-me imediatamente daquelas pessoas que gastam o que têm e o que não têm a comprar aquele sofá de pele com que sempre sonharam e, chegado a casa, o pobre é coberto ad eternum com uma manta horrorosa para se manter imaculado.

Coisas...

quarta-feira, setembro 26, 2007

Sem Recados!

Porque os que quero dar dou, darei sempre, face to face.

Porque se este estúpido blogue é um desabafo público, só deixa de o ser quando me interpretam como se me conhecessem.

Muito me apraz a preocupação com esta blogger insignificante mas, também, muito me apraz que não efabulem.

Fábulas? Ui, quem dera ser aquele dinamarquês que as escreveu e que me povoaram a mente infantil. Não sou. Não sou, nem sou capaz.

Escrevo porque é uma compulsão, assim tipo jogos de casino.

Eu sou só eu, pequena, uma em biliões que acha que este processo de catarse (escrita), me poderá ajudar a ajudar-me. Quem depende de mim assim o espera.

E, depois disto, vou estudar porque, daqui a umas horas, tenho exame sobre Sociedades Anónimas que, bem parecendo, é o que eu sou mas sem quotas, com acções de algum valor (as a whishfull thinking).

Simply the best seria conseguir...

domingo, setembro 23, 2007

Chiça ou Xiça?

Se me tirar o sono, esta é mais uma daquelas questões completamente desinteressantes e sem qualquer conteúdo que, felizmente, me consomem só o Teco...

Mas, mesmo assim, e correndo o risco de não articular 3 palavras quando me sobrar o Tico, antes fique acordada a pensar nisto do que nas outras coisas que são coisas piores. Daquelas que, em não dormindo, consomem o corpo e a mente esgontado-os,taditos.

Há muito que não sei o que é uma noite de descanso.
Há muito que, às tantas, não a mereço...

sábado, setembro 08, 2007

Serenidades

Peguei na Mousse e fui passea-la. Ou ela a mim.

Tilintava-lhe no pescoço um artefacto novo. Um ossinho de metal onde está inscrito o nome e o meu telemóvel. Ela parece orgulhosa de o ostentar aos seus pares como que dizendo: a minha dona quer-me mesmo bem e isto é a prova. Eu, olho para ela e penso o mesmo, quero-lhe bem e ali está a prova.

Bom, depois deste desvio, o passeio ou aquilo que restou dele foi o que me trouxe aqui, à escrita, não a Mousse nem sequer pinderiquices novas de pirosas princesas.

Este tempo de silêncio, em que só os passos se ouvem e que aleatórios se movem, traz-me sem eu sequer querer um momento de introspecção chato. Chato porque não procurado mas imposto e porque verdadeiro e doído.

A coisa é assim: o puzzle faz-se sozinho e bem feito. As peças encaixam-se na perfeição e, por muito que pareça doer, nem dói. Cura.

A minha vida é feita, cada vez mais, de acasos que só parecem sê-lo.

Zango-me e zangam-se comigo sem eu perceber. Depois percebo. Tenho o desespero na solidão que depois faz sentido. Custa-me adormecer mas, logo depois, os pesadelos constantes explicam-me tudo.

Só espero não magoar ninguém nunca, no caminho tortuoso da descoberta dos atalhos...porque muito amor houve deixado nas mãos de quem não me pôde nem pode entender.

Mas, e sem mágoas, agradeço a todos os que na minha vida passaram e me deram a mão, o braço e o cotovelo. O ante-braço seria demais e tanto eles com eu sabíamos disso.

Obrigada pelo Vosso altruísmo. Obrigada pelo amor genuíno.

Sou uma sortuda!

domingo, setembro 02, 2007

Resquícios de um Verão

Colados na pele trago comigo:

Gargalhadas,
Cheiros de abrunhos,
Sabores de figos e
Correrias.

Alegria,
Memórias de infância,
Namoricos de lá,
Esconderijos lembrados.

Amo aquele sítio de segredos,
De desafios constantes,
De pactos de sangue,
De amores perpétuos e efémeros.

Midões é tudo isso e muito mais.
Tem uma magia que não se esvai, que permanece mesmo perante o aborrecimento da idade adulta, castradora (para alguns, não para mim).

Eu continuo no meio do reino do impossível que só ali existe.
E que os meus filhos e sobrinhos já descobriram e vão, de certeza, perpetuar.

Trago colada na pele a saudade e a vontade de voltar.

Falta um ano e a idade trouxe-me isto: a certeza de que, num instante, lá estarei de novo, debaixo da Figueira Mágica, na 'Caça ao Homem' da praxe (um jogo que nunca perde actualidade e recomendo).


P.S. Este ano, para além de ter a Mousse presente em todas as brincadeiras, tive o Luís ali, sempre comigo, e a fazer a viagem de volta ao meu lado, a dar-me a segurança que tanto preciso. És especial. Mesmo*
Um beijo tão grande para ele :)

Voltei!