Simplicidade!

Houve um dia, há muito muito tempo, em que achei que ser perspicaz, elaborada e cheia de complexidades, fazia de mim um ser mais completo, mais estimulante para quem comigo privava.

Seria genuinamente um pouco disso tudo. Nunca fui linear.

Hoje, à distância do discernimento que a idade e as experiências de vida me trouxeram, gostava de ser simples.

De não perder tempo com conjecturas de possibilidades de ruína do(s) sonho(s), de pressentimentos não comprováveis, de presciências indutoras do erro.

A verdade é tão simples quanto a simplicidade dos factos. Nada mais existe a não ser isso. Factos.

Esses, uns dias a meu favor outros contra obrigam-me a medir, todos os dias, a vontade de vencer.

Não há caminho sem pedras, nem pedras que não possamos remover.

A simplicidade que está subjacente a esta verdade é tão tocante quanto a minha vontade de a atingir.

'Vade retro' a perpicácia e tudo o que faz sombra àquilo que me desvia do caminho do que me parece correcto, sem elaborações escudadas em meditação falseada por falta de liberdade de pensamento.

Se fechar os olhos e pensar nas crateras da Lua consigo, as mais das vezes, descobrir em mim própria todas as respostas, simples e acessíveis como um livro de 'bonecos' sem eloquências elaboradas sobre Verdades Universais!