sexta-feira, novembro 18, 2005

Ministério Público!

Resolvi colar aqui aquilo que escrevi no teu blogue 'Idade do Ferro'.
É que, depois de toda aquela verborreia, fiquei sem assunto do dia!

Sendassim, cá vai:

Nota prévia: o poste, deveras interessante e que aconselho a leitura, oferecia pilim a quem respondesse, daí o meu intróito.

A resposta às tuas questões não é linear e acho, sinceramente, 5€ muito pouco. Denota duas coisas:

1. que, como quase toda a humanidade de hoje, tens uma visão mercantilista do conhecimento (:p) o que não é de todo prometedor;

2. que, com ironia, acabas por responder às tuas próprias perplexidades.

De qualquer maneira, e porque eu DINADA (e não dina :p), sou tão magnânima quanto modesta, vou responder-te, dentro das limitações duma leiga, cuja opinião vale o que vale:

Caminhamos, seguramente, para uma visão do homem obrigatoriamente diferente da que temos tido nos últimos séculos. Começa a haver, acho, uma consciência muito mais presente do nosso minúsculo significado no meio deste enorme planeta e isso tem eco nos movimentos ecologistas que florescem.

O respeito pela natureza é uma forma inteligente de respeito por nós próprios e acho que o Homem começa a percebê-lo.

Os movimentos ecuménicos estão a reaparecer e a religião terá um papel fundamental neste 'salvar' do planeta e dos bons princípios que TODAS essas religiões perseguem, de respeito pelo outro, pela diferença, pela natureza e pelos bichos.

Claro está que não sou lírica e essa consciência ainda está longe das esferas políticas que governam o mundo. Mas chegará lá, mais cedo do que mais tarde.

E ainda haverá mundo para os que atrás de nós vierem.

Mas isto sou eu, que sou uma optimista inveterada.

UFA!

3 comentários:

Dinada disse...

Tu andas a acordar muito tarde, ó Grunho :)

Beijo!

Velho Cangalho disse...

cara Dinada:
Obrigado por ires ao meu blog e participares!

Tenho contudo, algumas objecções a apontar à tua interpretação da minha visão:

a) Não, não tenho uma visão mercantilista do conhecimento. Aliás, é o mercantilismo e a própria tendência a reduzir todas as questões à economia que critico, como causa de alguns dos maiores problemas económicos, políticos e sociais de hoje e de sempre. Esta minha crítica vê-se quando recuso quaisquer determinismos os modelos rígidos de interpretação do funcionamento das sociedades. A História prova-o, não obstante as visões hegelianas, marxistas, positivistas, liberais ou neoliberais que sempre se foram substituíndo umas às outras. A realidade do passado, do presente ou do futuro não se compadecem de esquemas. E são esses esquemas, que desde cedo enformaram as culturas dominantes desde pelo menos o século XVIII, reduziram o sentido da História a uma mera luta pelo progresso material (fisiocratas iluministas), ao culminar do Estado jacobino ou democratista, a uma luta de classes (marxistas), ou a uma hegemonia do mercado (liberais e neoliberais). O Homem é mais do que isso.

b) eu não respondo a nenhuma das minhas perplexidades. Se tivesse respostas para elas, não as formularia num carácter interrogativo.

Obrigado e felicidades! Parabens pelo blog e vê se continuas a vir aomeu, ok?

http://idadedoferro.blogspot.com

6:14 PM

Anónimo disse...

best regards, nice info » » »