quinta-feira, novembro 24, 2005

Agradecimento Público!

"A Psicóloga" é um blog que acompanho diariamente e que está neste endereço: http://apsicologa.blogspot.com/.

É um espaço de interesse público e, desde já, louvo a autora por partilhar com a blogoesfera os seus conhecimentos técnicos, tão úteis a quem procura respostas a variadissimas situações que nesse espaço expõe.

Há uns dias, resolveu fazer um inquérito a temas que interessariam a quem a lê.
Eu fui uma das que votou.
O resultado não se fez esperar e hoje está lá a resposta à minha solicitação.

Muito obrigada. Mesmo estando a ser medicada, com acompanhamento médico e terapia psicológica, é de extrema importância que esta situação seja do conhecimento público e que, pessoas como eu que sofrem deste mal, se possam identificar com o problema e comecem, também elas, a tratá-lo.


AGORAFOBIA – O MEDO DE TER MEDO

Imagine-se no meio de um engarrafamento na auto-estrada. O que é que lhe passará pela cabeça? Antes de mais, se estiver com pressa, sentir-se-á tenso e/ou irritado. A possibilidade de não chegar a tempo de cumprir o seu compromisso enervá-lo-á. Se estiver com fome ou sede, poderá passar pelo mesmo tipo de sensações. Mas este estado de nervos não é comparável à ansiedade que um agorafóbico sentirá nas mesmas circunstâncias.

A ansiedade associada a esta perturbação é classificada como antecipatória, já que se baseia no medo de se sentir mal e não poder chegar a um hospital com facilidade. A antecipação da sensação de mal-estar é tão intensa que pode originar um episódio de pânico. É por isso que esta fobia é muito conhecida como o medo de ter medo.

Por ignorância, algumas pessoas reduzem a agorafobia ao medo de multidões. Mas este é apenas um mito. Na verdade, o agorafóbico não tem medo da multidão em si. O que ele teme é que não possa sair do meio dela caso se sinta mal.

Esta é uma perturbação marcada por um estado de ansiedade exacerbada, que aparece sempre que a pessoa se encontra em locais ou situações dos quais seria difícil sair caso se sentisse mal.

A maior parte das pessoas não se preocupa com este tipo de pensamentos. Pelo contrário, um agorafóbico não consegue desvincular-se destas crenças irracionais, o que pode levar a comportamentos de fuga em relação a situações potencialmente ameaçadoras. Por exemplo, uma pessoa que sofra deste tipo de perturbação poderá deixar de frequentar concertos, centros comerciais, etc., limitando cada vez mais a sua qualidade de vida. No limite, estas pessoas só se sentem verdadeiramente bem em casa (de preferência, acompanhadas) ou no seu carro – este acaba por ser visto como um prolongamento do lar por funcionar como um meio rápido para lá chegar, em caso de aflição.

O agravamento da situação condiciona de forma brutal o quotidiano destas pessoas. Actividades simples como ir ao supermercado, ao cabeleireiro ou ao ginásio deixarão de poder ser concretizadas sem acompanhamento pois o agorafóbico tenderá a pensar “E se eu me sentir mal? Quem é que vai lá estar para me ajudar?”.

Este isolamento progressivo faz com que alguns casos de agorafobia se confundam com situações de fobia social. Mas estas perturbações são diferentes. Por exemplo, uma pessoa que sofra de fobia social teme entrar num local público porque receia que todos fiquem a olhar para si. Assim, até pode conseguir frequentar esses espaços, mas esforçar-se-á por passar despercebida. Pelo contrário, o agorafóbico não teme ser avaliado pelas pessoas que frequentam aquele espaço – tem medo de não ter a quem recorrer caso se sinta mal.

Do mesmo modo, estas pessoas podem desenvolver o medo de andar de elevador. Neste caso, a claustrofobia é outra manifestação possível da agorafobia.

Tal como acontece noutras perturbações, os comportamentos fóbicos podem existir em níveis variáveis de pessoa para pessoa, pelo que nem sempre é necessário recorrer à ajuda especializada. Algumas pessoas poderão identificar-se com pequenos indícios das manifestações que descrevi anteriormente, sem que isso implique que possam ser rotuladas de agorafóbicas.

O mais importante passa por identificar quaisquer comportamentos de fuga que estejam a condicionar o seu dia-a-dia. Enfrentar o medo é meio caminho andado para a felicidade!

13 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

Bom dia mulher Linda, vim só esclarecfer com toda a ternura o seguinte: eu vivo a kms e muitos Kms de distância do PR e somos mesmo e só dois excelentes amigos...e acho que se criaram equívocos que j...á me transcendem...please?!!.bjs.

Dinada disse...

Eu adivinhava, ó!
Just teasing.

Voltaste ao Piano, Bibaaa!

isabel mendes ferreira disse...

Beijos...voltei e lá estarei até que de novo me apaguem....ou eu ....mas espero ainda cá andar mais uns anos....para ver o meu filho crescer...feliz....gosto mt. de ti.

Dinada disse...

Acredita que é desesperante...
Mas há ajuda. Cura é que parece que não!

Ana F. disse...

O ser humano é tão complicado, valha-me Deus...

Ana F. disse...

E quem sofre de males psíquicos tam a vidinha bastante comprometida. Para os males do corpo, enfim, lá uns comprimidos-maravilha que façam efeito. Para males da alma, não sei que remédio possa valer efectivamente...

Mr. Steed disse...

presumo que agarafobia seja um problema com a alga agar-agar ou o medo que nos agarrem, nas nesse caso deveria ser agarrófobia.

Dinada disse...

ó Steed, catano...tu havias de sofrer disto a ver!

Chiça...

Mr. Steed disse...

pff...só te começastes a tratar agora pq te desleixastes. fartinha estava toda a gente de te dizer para ires ao pica miolos.

as fotos dos putos não saiem?

Dinada disse...

É verdade, isso. Aliás, tu encaminhaste-me e eu fui!

Ó já não te lembras?

Fónix...

Agora é assim, tratamento e tentativa de vida normal!

Mr. Steed disse...

O pica miolos avisou-te que a escrita melosa pode ser um efeito secundário da medicação?

Dinada disse...

(tenho me me rir)

Mr. Steed disse...

ah pois tens, para ver se afastas esta cambada de beijoqueiros quidifofos que te empesta o blogue...éle ó éle, éle ó éle. Aliás acho que tenho de mudar de ares senão ainda fico diabético só de vir aqui.

agora tenho de ir senão ainda se me pega o arroz ao tacho e lá se vai o comer.