Hoje, o Jorge, meu amigo de infância e o meu primeiro amor de criança, celebraria os seus 40 anos, se cá estivesse.
Mas não está, porque assim escolheu.
Engatou a 1ª em frente ao abismo e arrancou para o mar, perante o olhar incrédulo dos automobilista que passavam no local. Sabia que lá ficaria, optou por esta 'viagem' sem regresso.
Quando se recebe uma notícia destas há um misto terrível de sentimentos, onde sobressai, paradoxalmente, o ódio. A mágoa do perdão impossível por não ter havido tempo para conversar. Não deixou missiva ou qualquer tipo de mensagem.
Não terá sido uma surpresa porque o Jorge já havia tentado doutras formas fazer a mala e partir.
Mas nem isso atenua a dor de quem fica. Há um vazio por preencher, para sempre, difícil de superar.
Espero que tenha levado com ele a 'pedra branca' com que brincávamos aos segredos e que partilhávamos uma semana cada um. Andava sempre conosco. Estará com ele.
Um beijo, Jorge, onde quer que estejas.
Eu não te esqueço, prometo!
Lili
5 comentários:
Que puta de nóia!!!
Já passei por isso! Uma amiga minha suicidou-se aos 18 anos por saber que estava grávida, tal era o terror que tinha do pai!!!
Um beijo e um bom fim de semana.
Nesse dia, já lá vão uns 7 anos, estava à frente do televisor na hora do noticiário e deram a reportagem. Em Ribamar, um condutor tinha acelerado a fundo para o abismo, caindo no mar, perante o olhar atónito dos namorados que elegiam a falésia para troca de amassos.
Os bombeiros, incansáveis, tiveram uma enorme dificuldade em chegar-lhe ao corpo.
Mal sabia eu que era do Jorge que falavam. Um choque!
E as saudades...enfim!
Todos temos vazios que não se preenchem nunca.
Um abraço sentido.
Obrigada!
...falar com e de alguem é estar pra la da ausencia...um abraço
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