terça-feira, janeiro 31, 2006

Há Coisas Para Sempre...

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexandre O'Neill

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Democracia!

Parece lógico que a democracia não pode ser argumento que legitime o que se passou na Palestina.

O grave, não foi o resultado eleitoral arrecadado pelo Hammas. O verdadeiramente arrepiante é que se permita que concorra a eleições um movimento que de político tem muito pouco. Que baseia a sua existência no fundamentalismo anti-ocidente e cuja arma de arremesso é o terrorismo.

Isto sim é preocupante. Que não se perceba que nos regimes democráticos não pode concorrer a eleições um partido que viole as mais elementares regras de moral e ética.

Que um estado como a Palestina, tantos anos massacrado pela guerra, fome, invasões, terrorismo, votasse como votou, não espanta. Seria até expectável.

Que o ocidente não tenha tentado negociar a possibilidade de partidos com programas que pouco mais apresentam que o terrorismo concorrerem a estas eleições, isso sim me cria as maiores perplexidades!

Poste de Concorrência à Inha :)

"O texto é interessantíssimo. Podemos concluir três coisas:

1) Os americanos são completamente estúpidos , não é novidade para ninguém!
2) Os tribunais não são propriamente um exemplo de justiça nem bom senso
pelo menos nos EUA;
3) Os advogados não são de confiança!!!!

Prémios Stella Awards

Difícil de acreditar, mas é a justiça à americana.
Os Stella Awards são prémios conferidos anualmente aos casos mais bizarros
de processos judiciais nos Estados Unidos. Têm este nome em homenagem a
Stella Liebeck, que derramou café quente no colo e processou, com sucesso, o
McDonald's, recebendo quase 3 milhões de dólares de indemnização...

Desde então, os Stella Awards existem como instituição independente,
publicando - e premiando - os casos de maior abuso do já folclórico sistema
judicial norte-americano.

Este ano, os vencedores foram:

5.º lugar (empatado):
Kathleen Robertson, de Austin,Texas, recebeu 780.000 dólares de indemnização
duma loja de móveis, por ter quebrado o tornozelo ao tropeçar numa
criancinha que corria à solta na loja..
A criança descontrolada era o próprio filho da sr.ª Robertson...

5.º lugar (empatado):
Terrence Dickinson, de Bristol, Pensilvânia, estava saindo pela garagem duma
casa que acabara de roubar.
Não conseguiu abrir a porta da garagem, porque a automação estava com
defeito.Não conseguiu entrar de volta na casa, porque a porta já se fechara
por dentro. A família estava de férias e o sr. Dickinson ficou trancado na
garagem Por 8 dias, comendo ração para cães. Processou o proprietário da
casa, alegando que a situação lhe causou profunda angústia mental. Recebeu
500.000 dólares de indemnização

4.º lugar:
Jerry Williams, de Little Rock,Arkansas,foi indemnizado com
14.500 dólares, mais despesas médicas, depois de ter sido mordido pelo
beagle do vizinho. O cão estava preso, do outro lado da cerca, mas ainda
assim reagiu com violência quando o sr. Williams pulou a cerca e disparou
repetidamente contra ele, com uma pressão de ar...

3.º lugar:
Um restaurante de Filadélfia foi condenado a pagar 113.500
dólares a Amber Carson, de Lancaster,Pensilvânia, por ela ter escorregado e
fracturado o cóccix. O chão Estava molhado porque, segundos antes, a própria
Amber Carson tinha atirado um copo de refrigerante contra o namorado,
durante uma discussão...

2.º lugar:
Kara Walton, de Claymont,Delaware, processou o proprietário duma
casa de diversão nocturna por ter caído da janela da casa de banho, partindo
os dois dentes da frente. Tentava escapar do bar sem pagar a despesa de 3,50
dólares.
Recebeu 12.000 dólares de indemnização, mais despesas dentárias...

1.º lugar:
O grande vencedor do ano foi o sr. Merv Grazinski, de Oklahoma
City,Oklahoma.
O sr. Grazinski tinha acabado de comprar um Chrysler Motorhome Winnebago
automático e regressava sozinho dum jogo de futebol. Na estrada, activou o
control cruiser do carro para 100 km/h, abandonou o banco do motorista e foi
para a traseira do veículo preparar um café. Como era de esperar, o veículo
despistou-se, bateu e capotou.
O sr. Grazinski processou a Chrysler por não explicar no manual que o
control cruiser não permitia que o motorista abandonasse o volante. O júri
concedeu-lhe a indemnização de 1.750.000 dólares, mais um Chrysler novo do
mesmo modelo. A construtora mudou todos os manuais de proprietário a partir
deste processo, para se acautelar contra qualquer outro atrasado mental que
comprasse um Chrysler...

Quem não acreditava que a incúria, a estupidez ou o crime davam para
facturar, tem aqui flagrantes exemplos, que em nada abonam queixosos e
tribunais..."


(recebido hoje por "emílio")


É bom começar a semana dando umas belas gargalhadas!!!

domingo, janeiro 29, 2006

Cores Verdadeiras

Ao contrário do que muitos pensam, um daltónico não troca as cores. Pura e simplesmente não as vê.

Vive num mundo de tonalidades cinza, correspondendo cada cor a um tom mais ou menos escuro.

Eu tenho um amigo assim, que precisa de alguém que lhe conjugue a roupa e lhe emparelhe as meias.

Eu, que distingo as cores, pergunto aos céus porque raio teimo em escolher ser daltónica, as mais das vezes com a agravante de nem ver além do preto e do branco!

Hoje acordei confusa.
Queria ser feiticeira, daquelas boazinhas, que fazem poções mágicas e que resolvem qualquer mal.
E que inventam as cores todas, mesmo as que ainda nem existem.

Bom Domingo, a ser...

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Abaixo de Zero

Henrique entra em casa. Sem casaco e sem gorro.

_ filho, então? não tens frio?

_ tenho mãe!

_ e porque vens assim, sem casaco e sem gorro?

_ porque quero congelar o cérebro. não me apetece ter ideias!!!

(com 6 anos e às vezes tão sábio)

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Blogue em Manutenção!

Tal qual moi mêmme!

Vislumbro que a mudança de óleo me (nos) faça estar pronta(os) para a volta, tomorrow!

Until then, vou encher-me de cremes de beleza, a saber: anti-rugas, hidratantes, tonificantes, reafirmantes e principalmente etc, a ver se volto melhor...e mais bonita!!!

quarta-feira, janeiro 25, 2006

terça-feira, janeiro 24, 2006

Desafio Aceite!

A Sara do Mundo à Janela, é minha filha adoptiva. Como tal, não resisto a um pedido dela.

Cá vai:

Há 10 anos...
1. Tinha 31 anos e acabado de ser mãe pela 2ª vez. Era mais ou menos feliz, porque andava distraída com as coisas da maternidade que têm o poder de nos por longe do mundo.
2. Vivia a esperança de tudo mudar para melhor. Esperança vã.
3. Era mais gira e tal (mas pouco) :D

Há 5 anos...
1. Era mãe do terceiro.
2. Percebi que nenhum filho salvava o que não era salvável.
3. Era pouco feliz...

Há 2 anos...
1. Separei-me. Convicta e irreverssivelmente. Segura.
2. Sabia que iria ser feliz e fui.
3. Renasci. Hoje sei porquê...


Há 1 ano...
Estava feliz com o amor da minha vida, que não foi!
2. Escorreram-me muitas lágrimas...
3. Percebi que a felicidade só pode estar dentro de nós...nunca na reciprocidade do outro.

Ontem...
1. Fui dançar!
2. Fiz da noite uma coisa mágica!
3. Porque querer é poder.

Hoje...
1. Acordei e gostei de mim.
2. Depois apanhei um susto porque tenho um filho inscrito na tropa.
3. Escrevi, escrevi e escrevi...um dia publicoso!

Amanhã...
1. De Amanhã sei nada...

Cinco coisas sem as quais não consigo viver:

Não consigo viver sem:
1. Sem aqueles que amo.
2. Sem aqueles que amo.
3. Sem aqueles que amo (três filhos).
4. Sem escrever.
5. Sem apostar em ser feliz.

Cinco coisas que compraria com 1000 euros:
1. Uma viagem a São Tomé e Príncipe, sem volta.
2. Mais nada.

Cinco maus hábitos que tenho:
1. Fumar.
2. Ser parva e acreditar em futuros cor-de-rosa.
3. Ser pouco ambiciosa.
4. Não acreditar em mim.
5. Não acreditar nos outros.

Três coisas que me metem medo:
1. Perder aqueles amo.
2. Que me chorem quando for embora.Mas não fazer a menor diferença neste mundo.
3. Que não percebam se eu tiver de ir...

Três coisas que tenho vestidas:
1. Botas altas.
2. Mini-saia.
3. Lingerie cor-de-rosa, para animar o âmago.

Três coisas que quero mesmo muito neste instante:
1. Quero não me ralar com quem não me entende.
2. Quero ralar-me com quem me entende.
3. Quero fazer a diferença, nem que seja na vida duma pessoa.

Três lugares que gostava de visitar:
1. São Tomé e Príncipe.
2. Ushüai.
3. Nova Zelândia e Austrália!


Chega, Sara?

Apre!!!

Poli-traumatizada!

Resistirei?

Tenho um filho inscrito na tropa.
Desde hoje.

Acho que vou tomar um Valium, passo a publicidade (também pode ser um genérico...desde que anestesie)

segunda-feira, janeiro 23, 2006

De Mão Dada

Passeávamos olhando o Tejo, escuro.
A noite reflectia nele luzes, mentirosas.
Não estão lá, as luzes,
Só parece.

Mas as mãos, tocando-se, estavam.
Eram mesmo,
Não eram sonho:
até acordar...

O mundo do imaginário é rico,
Cheio de tudo
Vazio de nada.

Depois vem a Verdade.
Mas quem quer saber dela?
Se dói...


(isto de escrever estas coisas ajuda...embora o que me chateie verdadeiramente seja o meu saldo bancário)

Quero Escrever A Raiva

Quero destilar veneno;
Insultar quem passa;
Destribuir arrogância;
Depois, quero ignorar respostas.

Quero,
Quero mesmo ser detestável,
E que me oiçam,
Esta necessidade de verter verborreia,
má,
feia.

Porque, na verdade, sou inofensiva!

domingo, janeiro 22, 2006

Coisas Por Aprender

(escrevendo vou aprendendo)



_ que há ideias que não devemos partilhar;

_ que há amigos para as todas as ocasiões;

_ que também há um amigo para cada ocasião;

_ que os que não me sabem secar as lágrimas não deixam de ser amigos;

_ que talvez sejam esses os verdadeiros.

Bom Domingo!!!

sábado, janeiro 21, 2006

As Minhas Descobertas!

Aqui, tão perto, e nunca tinha reparado na Avenida Recíproca, mesmo tendo passado por lá vezes sem fim.

É o que dá ser distraída!!!

Hoje é dia de reflexão...como me dói a cabeça vou fazer abdominais, instead.

Bom Fim de Semana

Nota: pelo sim pelo não, e porque é bom ginasticar ao som de música, vou fazê-lo a ouvir isto


Ai não se podia? Oh, paciência! A música é uma boa música!

sexta-feira, janeiro 20, 2006

quinta-feira, janeiro 19, 2006

O Manuel Ia Alegre!

Dei agora mesmo de caras com ele. Ali na Av. de Roma.
Uma caravana grande, trânsito caótico, tudo entupido.

Cumprimentou-me com um aceno de cabeça, acompanhado dum olhar penetrante. Tem de facto um grande carisma.

Gosto do Manuel Alegre, já o disse vezes sem conta. Quero que tenha muitos votos no próximo Domingo! Que ganhe ao Soares e o ponha de vez no seu lugar: sossegadinho!

(vou lembrar-me dele, no jantar do Cavaco, amanhã, no Pavilhão Atlântico :D:D:D)

Da Confiança!

Poucas coisas valorizo mais do que a confiança no outro.

Confiar é um acto de entrega que exige recíprocidade, sempre.
Não há confianças unívocas.

Quando, baseada nesse sentimento, deito o coração ao largo e navego nas minhas verdades partilhando-as, sinto que não estou só.

Que aquele ou aquela que me escuta retem as minhas histórias e vive-as comigo. Naquele momento e para sempre. Porque essas histórias guardam-se no coração, que tem uma memória que a memória não tem.

Há um alívio associado à certeza de que não existe, da outra parte, um juízo de valor elaborado sobre as confidências, mas sim uma cumplicidade que tudo aceita.

É muito bom confiar.
E é muito bom ter amigos!!!

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Perturbações Neuronais...

...neurónios???? ná...aquelas estão directamente relacionadas com Neura!

(eu explico)

Andava como se arrastasse mais quilos do que aqueles que faziam parte do seu corpo.
Como se alguém, invisível mas com forma, se lhe tivesse pendurado ao pescoço.
Pendia para a frente e nessa posição mal via o caminho. Na verdade, só via os pés que se moviam automaticamente em direcção a coisa nenhuma.

Que disparate, pensou. Estava cansada, sem rumo e sem discernimento para parar de calcorrear aquelas pedras que pisava com esforço.

Do nada, percebeu que o tal peso morto que acarretava era a Neura. A dita é coisa perigosa. Vai-se enrolando em nós, devagar e, quando damos por isso tem o efeito de uma jibóia que nos vais asfixiando, devagarinho.

Recusou-a. Mandou-a bugiar e sorriu.

Ficou leve, mais leve!

Seguiu a vida, muito embora com efeitos secundários irreversíveis! Para além da escoliose compreensível, passou a gostar de Fado e dos ABBA!

terça-feira, janeiro 17, 2006

Não Resisti...




E pronto, depois de se viver na Suécia nunca mais se volta ao normal!!!


(Obrigada André)

Videos Out

O videos que aqui coloquei transformaram o blogue numa orquestra dessincronizada.

Como sou naba, não percebo como se pode por um a tocar de cada vez. Ou às tantas nem se pode. Enfim, apaguei a coisa e agora não há música para ninguém.

Ou há.

Podem sempre cantarolar o que mais gostam enquanto me lêem, boa?

The clock's running...no time...seeya!

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Gostar de Cicrano...

...e não de Beltrano.
Porquê?

Haverá, por detrás da evidência da empatia, o quê que o justifique?
Efeito espelho?
Procura do 1+1=11 e não dois?

Sei que gosto de algumas pessoas mais do que doutras. Que o processo de adivinhação de histórias que ainda não são raramente falha. Que, muitas vezes, um conhecimento de 5' significa uma miríade de sensações infalíveis sobre carácteres, sobre simetrias, sobre causas/cousas comuns.

Até que ponto isso é uma aceitação do outro como ele é ou uma vã tentativa de o tornar compatível, porque assim se desenharia um cenário propício a aventuras mágicas, não sei!

Sei que gosto da sensação! E não gosto de ambiguidades.

(ontem o meu dia foi bom...talvez por isso me detenha, hoje, a tentar perceber se foi verdade)

*

domingo, janeiro 15, 2006

Quero Paz...

Aqui, ali e em todo o lado onde haja gente de bem!

(video out)

World On Fire

Hearts are worn in these dark ages
You're not alone in this story's pages
The night has fallen amongst the living and the dying
And I'll try to hold it in
Yeah I'll try to hold it in

The world's on fire
It's more than I can handle
Tap into the water, try to bring my share
Try to bring more, more than I can handle
Bring it to the table
Bring what I am able

We part the veil on our killing sun
Stray from the straight line on this short run
The more we take, the less we become
The fortune of one man means less for some


Hearts break Hearts mend love still hurts
Visions clash planes crash still there's talk of
saving souls still the cold's closing in on us

The world's on fire
It's more than I can handle
Tap into the water, try to bring my share
Try to bring more, more than I can handle
Bring it to the table
Bring what I am able

I watch the heavens but I find no calling
Something I can do to change what's coming
Stay close to me while the sky is falling
Don't wanna be left alone
Don't wanna be alone


(visitem este link:http://www.worldonfire.ca/)



Tenhamos um Domingo Sereno!

sábado, janeiro 14, 2006

Hoje o Tempo Não É Meu...

Antes de sair para uma missão que faz de mim alguém verdadeiramente importante, deixo-vos esta música que espero vos aqueça se por um acaso aqui passarem.

(video out)

She'll let you in her house
If you come knockin' late at night
She'll let you in her mouth
If the words you say are right
If you pay the price
She'll let you deep inside
But there's a secret garden she hides

She'll let you in her car
To go drivin' round
She'll let you into the parts of herself
That'll bring you down
She'll let you in her heart
If you got a hammer and a vise
But into her secret garden, don't think twice

You've gone a million miles
How far'd you get
To that place where you can't remember
And you can't forget

She'll lead you down a path
There'll be tenderness in the air
She'll let you come just far enough
So you know she's really there
She'll look at you and smile
And her eyes will say
She's got a secret garden
Where everything you want
Where everything you need
Will always stay
A million miles away




Quem me conhece sabe que estes meus Jardins Secretos são tramados...

Acord(ar)es!

(video out)


No I can't forget this evening
Or your face as you were leaving
But I guess that's just the way
The story goes
You always smile but in your eyes
Your sorrow shows
Yes it shows
No I can't forget tomorrow
When I think of all my sorrow
When I had you there
But then I let you go
And now it's only fair
That I should let you know
What you should know

I can't live
If living is without you
I can't live
I can't give anymore
I can't live
If living is without you
I can't give
I can't give anymore

Well I can't forget this evening
Or your face as you were leaving
But I guess that's just the way
The story goes
You always smile but in your eyes
Your sorrow shows
Yes it shows

I can't live
If living is without you
I can't live
I can't give any more
I can't live
If living is without you
I can't give
I can't give anymore



Acordei a cantarolar isto. Talvez porque o sonho do qual fui arrancada estava a correr mal. Gostava de cantar assim, though...

Bom Fim de Semana!

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Contabilidades!

Gasto, diariamente, pouco menos de duas horas a ler todos os blogues da minha lista de favoritos!

Bom, hoje nem me apetecia escrever, nem nada! Mas queria avisar-vos que, a partir de segunda-feira, passo a acumular dois trabalhos o que, obviamente, limitará em muito as visitas aos amigos e a escrita caseira.

Vou indo e vindo, tentando respeitar os descansos de guerreira a que me vou obrigar.

E até.

*tóing!!!

quinta-feira, janeiro 12, 2006

É Assim...

O Amor!

O amor é um jogo de regras mil e todavia
sem regras e apesar disso quiçá ainda por tal
não só é jogo é arte é mistério e fantasia
de poeta que o sonha luz imortal
ou de joalheiro que lavra e cinzela em metal fundente
as jóias em linhas mestras ainda e tanto em espiral
que por vezes cedo antes ou depois se quebram
quando se parte um elo da corrente

O amor é semente guiada pelo vento
que busca a água algures além na fonte
longe ou perto acima abaixo e ali defronte
e desabrocha em flor aqui e alhures ali no monte
sobretudo e sobremodo eternamente

Vive de beijos e de abraços tão carente
que bem ou mal pior ou melhor
ainda e tanto como outrora antigamente
se alimenta de si próprio e é das palavras tão sedento
que é tudo na vida e muito mais tal e qual provavelmente
que tantas vezes quão demasiadas porventura
não somente é paz e encantamento
como é fonte de pranto e amargura.


Pólux, 11 de Janeiro de 2006

Se o visitarem (http://vozdapedra.blogspot.com/), terão o prazer de ler estas palavras com um acompanhamento musical lindíssimo, adequado à qualidade da escrita.

P.S. Obrigada amigo, por esse altruísmo que te leva ao caminho da partilha :)

Blogues Com Direcção Assistida

A propósito não sei de quê, pus-me a discorrer sobre a motivação que leverá alguém a escrever um blogue exclusivamente dirigido a determinada pessoa.

Cartas abertas com temas fechados porque, de tão pessoais, se tornam encriptados, incompreensíveis para todos os que não sejam o destinatário. Calha-se a ir lá e sai-se com aquela sensação de ter aberto por lapso a posta restante errada.

É como ouvir conversas de vizinhos em que só se escuta o que fala mais alto. Diálogos que são, afinal, monólogos. Sem sentido.

E para quem escrevo eu? Vou deter-me nesta questão e depois responderei...ou não!

Nota de Rodapé: ainda a propósito da praga dos pombos, não resisto a publicar aqui mais uma gaffe deliciosa da minha Alice, quando chegou hoje de manhã tão esbaforida quanto indignada:
_ Ó menina, não é que encontrei uma das tais vizinhas a dar comer aos pombos? Pedi-lhe escarnecidamente para parar com aquilo e ela ainda foi malcriada.
Nunca um lapsus linguae foi tão apropriado
. :D

Nota de Rodapé (2): dar comer é também um lapsus, mas sem piada!

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Detesto Ratos Voadores!

aka Pombas

Ando às voltas com a tentativa de descobrir como extreminar o pombal que há uns meses se instalou nos parapeitos das minhas janelas e adoptou as 2 varandas para procriar (ler cagar, desculpando o calão).

São uma praga. Multiplicam-se à velocidade da luz e morrem pouco (quer dizer, quando morrem morrem muito, mas é só quando morrem).

Dizem-me que as empresas de desinfestação não estão autorizadas a dar-lhes cabo do canastro. Que só as Câmaras Municipais o podem fazer.

Acho mal, até porque é um caso de saúde pública.

Também é proibido alimentá-las e os meus estúpidos vizinhos não cumprem essa premissa e nunca os vi a ser côimados por isso.

Bom, esta verborreia toda serve para sustentar o pedido inusitado que aqui vou deixar: alguém que me empreste uma caçadeira, espingarda, revólver ou assim???

Nota àqueles mais sensíveis à minha falta de compaixão: se tivessem levado com um cagalhão na cabeça, logo de manhã, seguido duma pasta de pão molhado atirado por uma dessas estúpidas vizinhas e que me entrou num olho na vã tentativa de identificar a prevaricadora (pois, a olhar para o ar) e se, como corolário da coisa, tivessem ido à janela dizer adeus ao filho que vai para a escola e ao poisar os braços no parapeito tivessem ficado com os ditos num tom esverdeado e malcheiroso, aposto que se sentiam assim, como eu.
Direitos dos animais? Pois, têm direito a uma morte rápida, é o que é. Nisso, um tirito certeiro resolve, já que apanhá-las e torcer-lhes o gasganete é tarefa impossível...

terça-feira, janeiro 10, 2006

Olhando sem Ver!

Tantas vezes acontece usar o olhar sem processar as imagens que capto. Olho sem ver.
Porque a realidade às vezes não passa duma enorme tela de cinema, com surround sound, cheia de personagens que vagueiam por histórias que não conhecemos nem queremos conhecer. Não há tempo para acompanhar enredos. A vida é acelerada demais.

De repente, num cruzamento da vida, aparece um filme com argumento irresistível. Detenho-me e vejo. Fico ali, estática, observadora.

As poucas vezes que intervim no desenrolar da acção gritada por um realizador invisível, que me observa as qualidades, nem correram mal. A verdade é que, quase outras tantas menos bem.

Decididamente não nasci para atriz. Terei nascido para directora do meu próprio guião. Que desenharei com a tenacidade que sei que tenho, escondida cá dentro!

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Volume no Máximo e Desfrutem!!!

http://skullz.net/mp3/pooshpop.mp3

(obrigada Pólux)

Bangkok, Oriental city
But the city don't know what the city is kept
The creme de la creme of the chess world
In a show with everything but Yul Brynner

Time flies, doesn't seem a minute
since the Tyrolian spa had the chess boards in it
All change, don't you know that when you
Play at this level there's no ordinary menu

There's Iceland, or the Philippines, or Hastings
Or....or this place!

One night in Bangkok and the world's your oyster
The bars are temples but their pearls ain't free
You'll find a god in every golden cloister
And if you're lucky, then the god's a she
I can feel an angel sliding up to me

One town's very like another
When your head's down over your pieces, brother
(It's a drag, it's a bore, it's really such a pity
To be looking at the board
not looking at the city)
Whattaya mean?!
You've seen one crowded, polluted, stinking town

Tea, girls, warm and sweet, sweet
Some are set up in the Somerset Maugham suite

Get tied, you're talking to a tourist
Whose every move's among the purest
I get my kicks ABOVE the waistline, sunshine!

One night in Bangkok makes a hard man humble
Not much between despair and ecstasy
One night in Bangkok and the tough guys tumble
Can't be too careful with your company
I can feel the devil walking next to me

Siam's gonna be the witness
To the ultimate test of cerebral fitness
This grips me more than would a muddy old river
or reclining Buddha
Thank God I'm only watching the game, controlling it
I don't see you guys rating
The kind of mate I'm contemplating
I'd let you watch, I would invite you
But the queens WE use would not excite you.
So, you better go back to your bars, your temples...
your "massage parlors"...

One night in Bangkok and the world's your oyster
The bars are temples but their pearls ain't free
You'll find a god in every golden cloister
A little flesh, a little history
I can feel an angel sliding up to me

One night in Bangkok makes the hard man humble
Not much between despair and ecstasy
One night in Bangkok and the tough guys tumble
Can't be too careful with your company
I can feel the devil walking next to me

Head Murray
(One Night In Bangkok)

(obrigada mana Inha)

Diálogos Encriptados!

_ E porque me amas?

_ Isso interessa?

_ Se não interessasse porquê a pergunta?

_ Amo-te porque sim, chega?

_ Mas nem me conheces...

_ Conheço-te melhor do que pensas. Conheço o suficiente para te amar assim, de longe...

_ Posso chamar-te lírico?

_ Não. Podes chamar-me Amor...


!

Calor Humano?

Cada vez gosto mais de cães!

Para quem é fã do que dá título a esta posta, recomenda-se uma viagenzita de Metro, entre Roma e Rossio, às 9h da manhã.

(a quem tiver possibilidade de me enviar esta música pró mail ali ao lado, agradecia: "One Nigth In Bangkok" dos Murray Head...)

domingo, janeiro 08, 2006

Os Domingos São Dias Estranhos!!!

Há um torpor que me acompanha, invariavelmente, ao Domingo.
Uma sensação de descanso que não é.

De precipitação antecipada numa semana de rotinas que não me seduzem, mas que lá estão.

Gosto de dormir, de acordar tarde, de não qualquer responsabilidade que até acontece. Como hoje em que estou completamente só com a minha companhia e em que decido que se não tomar banho, não almoçar, não sair da cama ninguém irá notar, reparar, lançar uma qualquer crítica mordaz à preguiça que me assola. E a que tenho direito.

Só música me rodeia. Aos berros, volume no máximo, inusitado. Ninguém para me mandar baixar o barulho de quem não gosta do que toca. Ninguém a quem incomodar.

É boa a solidão dos Domingos, fim de semana sim, fim de semana não.

Lá para o fim do dia a casa fica cheia. De risos, de choros, de sons que anunciam criançada por aqui.

Os Domingos às vezes são bons!

sábado, janeiro 07, 2006

Vamos Brindar...

"...com vinho verde que é do meu Portugal,
e o vinho verde me fará recordar,
a aldeia branca que deixei
atrás do mar..."

Só quem já emigrou me perceberá!

É muito díficil viver longe de todas as nossas referências. Familiares, culturais ou sociais. A língua diferente, o humor incompreensível, o desajuste permanente.

Haverá aqueles que se esforçam por se integrar no mundo que os acolhe nessa nova etapa.

Outros, como eu, com medo de gostar e não querer voltar, permanecem como outsiders, numa postura de permanentes observadores críticos, nunca se deixando levar pelas ilusórias facilidades económico-financeiras que esses lugares parecem oferecer.

Depois, sofre-se...sofre-se muito.

Mas há aquela coisa da perspicácia que nos leva a perceber que, ao passarmos a pertencer ali, passamos a pertencer a lado nenhum...

A saudade, o raisparta da saudade!

(nunca fui feliz em lado nenhum...essa é a verdade...)

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Verdade ou Consequência

Lembro-me deste jogo ser um sucesso, na minha pré-adolescência.
Lembro-me também de preferir, invariavelmente, a verdade acreditando com isso fugir ao castigo que adviria da escolha errada, a temível consequência.

Como se uma não condicionasse a outra.
Sempre...

(hoje, substituo o ou pelo e com a sabedoria que os anos me trouxeram)

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Crise, Qual Crise?

Vou à janela.
Olho para a rua, iluminada pela claridade dum sol de inverno, agressivo à vista.

Quase cegante, num determinado ponto desvia-me a atenção para lá.
É o vidro duma viatura que concentra em si a luz, reflectindo-a.

Novinha em folha, de alta cilindrada, como 90% dos carros estacionados por ali.
É curioso. Sai um modelo novo e, passados poucos dias, há um exemplar dele estacionado aqui na praceta.

Depois, quando fecho a janela e venho para a rua, reparo na quantidade de peles bronzeadas, discordantes da estação que atravessamos.

Muita viagem para sítios onde o estio se vive agora.

Meto-me no meu carro (que é só um quase carro, no meio das 'bombas' todas que o rodeiam) e constato, às 8h da manhã, as avenidas lotadas de automobilistas apresados tentando, em vão, ultrapassar um caracol que teima em manter-se na via. Despreocupado. Sabe que não corre risco de vida.

E pergunto-me: crise, qual crise?

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Militâncias!

Tenho um bocado (inho) de inveja daqueles que se dedicam a causas e que nisso investem boa parte do seu tempo.

Admiro profundamente quem pega nos poucos momentos que sobram para o lazer e os dirigem aos 'outros' que precisam.

Quando toca a militâncias políticas, sinto exactamente o inverso.
Não simpatizo com 'carreiras' feitas à base de convicções pouco claras porque é disso que são feitos os partidos de hoje.

Soa-me a falso todo aquele que se arroga de ter dedicado uma vida à causa pública, mais a mais porque, bem vistas as coisas, cada político é apenas mais uma peça da engrenagem de sistemas complexos, onde o investimento pessoal é aplicado num abstrato a que se chama coisa pública.

De resto, quando vou a um Hospital e me deparo com voluntários de sorriso nos lábios a alimentar alguém que se encontra só, com tempo para em simultâneo trocar dois dedos de conversa e dar um mimo, sinto que aquilo faz toda a diferença (tanto para quem dá como para quem recebe).

No mundo da política o descrédito nos méritos das acções dos que dela vivem é total. Pela ausência de resultados visíveis ou, ainda pior, vísiveis e maus.

Não é por acaso que mais de 2/3 do mundo continua pobre, com fome, doente, injustiçado ou em guerra. Mesmo com tão grandes pensadores/actores à frente dos designios das nações.

É, não me apetece sequer cumprir o meu direito de voto!

(e se as eleições fossem hoje, até era capaz de preparar um boicotezito na minha Assembleia de Voto)

terça-feira, janeiro 03, 2006

Cozido e Assado...

...frito ou escalfado.

Estórias que invento, têm aqui o seu lugar.

Hoje, ao viajar por aí pelos sítios do costume detive-me no Controversa Maresia.
Li com toda a atenção a Vieira do Mar e achei que ela, com a escrita fluída e acutilante a que me (nos) habituou, aborda um tema muito interessante para quem escreve em blogues: as (in)verdades das coisas;

Quem escreve numa página aberta não escreve nunca só para si próprio, isso é óbvio.
Desenha palavras, mais ou menos coordenadas em frases, que têm sempre destinatário. Falo por mim, na minha experiência de mais dum ano disto.

Penso, invariavelmente, em quem me lê. Elaboro textos com o cuidado de não ser eu mesma, em algumas situações que envolvem terceiros. Mas uso metáforas, parábolas, uma miríade de figuras de estilo para chegar ao âmago do que sinto. Tentando não ser explícita.

Muitas vezes não consigo fugir a uma ou outra referência a um quotidiano partilhado. E as reacções não se fazem esperar, daqueles que se põem na postura de visados. É giro porque, as mais das vezes, não são de todo parte desse meu universo, meramente ficcional.

Não deixa, no entanto, de ser rico e até esclarecedor ter às vezes informação de estados de espírito e até de equívocos que provoco (sem perceber) nas pessoas das minhas relações extra virtuais.

Gosto de ter um blogue. Mas nem tudo o que escrevo corresponde àquilo que sou, quero ou faço.

Que fique claro, para quem me lê e, mais ainda, para quem gosta de mim.

Era só!

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Surpresas!


















Acabou de fazer seis anos.
Começou mesmo agora a escola.
Hoje foi ele que me leu uma história...

:)

São 13h42'

Ainda não comi...
O meu corpo já pede jantar (quanto mais almoço)...
Estou esgotada!

Lufa lufa do caraças!!!


(deixo os cumprimentos e os beijos do Dia 2 assim, ao Deus dará...cada um agarre o seu, ok?)

domingo, janeiro 01, 2006

2006

Começou bem!


Serenamente, no meio da confusão.
Calmamente, no meio da euforia.
Colorido, como o fogo de artifício que nos inundou os céus da capital.

Bom prenúncio!!!

(a todas e todos que me conseguiram mandar sms's e que não obtiveram resposta, explico que o 'engarrafamento' não o permitiu)

Bom Dia 1!