segunda-feira, outubro 25, 2010

22

Desta vez capicua o primogénito, hoje.

Significa que, este ano, tenho dois filhos a capicuar, um com 11, o mais pequeno e outro com 22, o maior.

O meio já capicuou uma vez e há-de capicuar muitas mais, assim como todos eles se Deus quiser.

Gosto muito de capicuas.

Incomparavelmente mais deles.
Vai-lhes ser um ano BOM!

Para todos, meus amores...

terça-feira, outubro 05, 2010

VIVA A MONARQUIA! VIVA UM REI!

Das coisas que mais me fazem rir são as respostas dos entrevistados ao acaso, na rua, a propósito de uma qualquer reportagem temática televisiva.

A última versava sobre anti-concepcionais e, uma senhora muito aperaltada, na casa dos sessenta respondia (ainda que com pausas) que conhecia pelo menos 3 : a pílula, o DIU e o Dispositivo-Anti-Uterino.

Depois, gostava de abordar o acordo ortográfico numa micro questão mas que é para mim paradigmática de como foi tudo feito à pressa e em cima do joelho. Um joelho com artrose, problemas na rótula e mais uma míriade de doenças, incluindo o sempre presente reumático.

Então não é que se esqueceram completamente da função do 'c' na palavra acção?

É mudo? É!

Mas isso não interessa nada.
A função dele é, tão só (tão muito) abrir o 'a', dar a fonética do acento agudo de que não carece, a estar lá o 'c' e bem.

Ora vejam como fica sem ele : A São.
É, seria assim que se leria.

A questão não se põe com os brasileiros porque para eles todos os 'a's são abertos.
Daí a grande dificuldade (deles), na colocação dos respectivos acentos.

Olhem, lembrei-me disto no 5 de Outubro, talvez por me fazer falta a Bandeira Monárquica.
Com as arrumações, não sei onde a guardei.

quinta-feira, setembro 16, 2010

Do Doloroso Pragmatismo

...também pode sempre apreciar-se a beleza do sonho das palavras cheias da esperança.

Que pode e deve estar presente, seja sob que forma for.

Eu, por exemplo, acho mesmo que converso com Santo António.
Converso, atenção.
Não monológo.

Lá as respostas recebidas serão o que forem, mas sabem-me muito bem esses diálogos pela noite dentro.

Consolo.
Amparo.
Aconchego, ora!

Ou Não???


sexta-feira, setembro 10, 2010

Miss

Simpatia

Fotogenia

Bela Perna

Melhor Perfil

E,

Miss me...a lot.

Amiúde pergunto-me:

Pode uma pessoa perder-se de si e ter saudades?
Ou pelo contrário, como ainda não se encontrou, viver o logro de se faltar?

Nestas alturas há um enorme déficite de racionalização, faltam aqueles momentos lúcidos em que a preocupação era só a mente...descuidando o corpo.

Quanto à máquina em que estamos enfiados, quando dá sinais de avaria grave e pode não haver peças, é outra conversa.

Temos de adiar o resto.

Outra e mais outra vez!

segunda-feira, setembro 06, 2010

Tristes Mimetismos

Comos se fossemos um país com 200 milhôes de habitantes, ou até 20, vá, e passasse despercebido:

Alta Definição/Só visto

Opinião Pública/Antena Aberta

O Prédio do Vasco/Aqui Não Há Quem Viva

Comentários de Futebol/Futebol e os Comentadores/ Falando de Futebol/Futebol da Boca P'ra Fora (este é perto do infinito...)

As rubricas, nalguns deles, são absolutamente decalcadas, tal como o rio Tejo por detrás como moldura dumas banais e vazias perguntitas: Gosto/Não Gosto.

Sabem do que EU Não Gosto?

Da falta de réstiazinhas de genialidade para fazer proramas interessantes de televisão.
E de coentros...mas a esses ainda me hão-de converter!

domingo, agosto 22, 2010

Arranjos Domésticos

Eu memorizo muita coisa.
A maioria lixo.

O que não é demora a ser processado, separado reciclado.
Uma trabalheira.

O meu processo de memória selectiva carece de investimento estratégico.
De trabalho.
De vassoura.

Este Blogger pede-me todas as vezes que me ligo se quer que me memorize.
Toda as vezes lhe digo sim.
Nenhuma vez resulta.

Decorre disto uma sensação ambígua: não Graça, não é para seres lembrada assim, ao carregar num botão.

Queres dizer algo? Esforça-te ao menos para saberes como aqui entrares...e deixares dizeres!

No fundo, acho bem!

Mesmo muito bem.

sábado, agosto 14, 2010

Há Horas Que Passaram

Pesava-lhe no ventre
Um bebé inexistente
Mas pendente

Havia de ter existido
Vivido
Andado e corrido

Onde está
Por onde parará
Que corpo encarnará

Que pai terá
Que coração baterá
Que dom o abençoará

Que amor incomensurável haverá
Terá pudor desse amor
Saberá da dor

Não pode sofrer em vão
Pois se a mãe donde não nasceu
Não conheceu, então

Mas nunca o esqueceu
Porque o desejou sem o conhecer
Sem tempo de o conceber

quinta-feira, agosto 12, 2010

Tempos Modernos - Título Póstumo

E é assim, ao correr da pena que me sai a angústia de ver todos os dias iguais, simplesmente porque não os imagino diferentes.

Credo.
Coisa estúpida.

Eles fazem-se, os dias, com ou sem complicações, dependências cá de coisas etéreas dos confins de mentes próprias.

É sempre muito profundo, lindo : a minha imaginação, falta de força interior, coitadinhas não deixam que o raio do ram ram das horas dos dias se me deslargue da pele as maleitas que me afligem.

Muitas mais vezes do que queria (fé, anda lá), me começo a fartar seriamente destas modernices, merdices daqueles livrinhos de auto-tudo dos super poderes que possuímos, que vendem a rodos a mentira que até do cancro no livramos se acreditarmos em NÓS.

Mas quem raio somos nós?

Que significa isso da crença?

Sei que estou aqui, que existo.

Tenho fé que existe Deus.

Acreditar em mim não sei o que possa ser e muito menos que isso me possa salvar seja do que for.

Quê será será, whatever will be will be..lalalalalala..lala.

quarta-feira, agosto 04, 2010

Água do Castello

Quando vivia na Suécia uma das coisa que me deixava perplexa é que por lá não se vende água sem gás.

Pura e simplesmente não há.

E se os suecos bebem água engarrafada.

É vê-los comprar em qualquer quiosque, a toda a hora, estejam 30º ou - 15º.

E bebem muita Ramlösa.
O equivalente à nossa Castello em intensidade e volume de picos.

Adoram.

Já eu, durante os 3 anos em que lá vivi, sofri a vergonha de ter de pagar 20 cêntimos por cada copo de água pedido em cafés ou restaurantes por, simplesmente, odiar aquele gás exagerado que não mata sede nenhuma e entra pelas narinas como uma arma mortíferamente engasgante.

Coisas.

Por mim, fora as água com gás por extraordinária necessidade de ajuda a chamar o Gregório (e desculpem o grafismo) vade retro!

P.S. Tenho um primo direito que só bebe Água do Castello desde a tenra infância. Diz que não há melhor para aniquilar a sede...nunca conheci uma criança que gostasse assim duma água tão forte, difícil, e que bebesse dum trago uma garrafa.

quinta-feira, julho 22, 2010

Não Me Deixes Mal

No meio de contratos de arrendamento, obras prementes, escrituras de compra e venda, recibos a passar, nº de contas alterados e outras de que nem se sabia, marcos em terrenos rústicos (muitos) a definir, finanças e imposto de selo que disso depende, viagens que tenho que fazer à Beira Alta porque agora tudo depende de mim, para a minha tia.

UFA.

Deixa-me Sim...mas Bem!

(se assim tiver de ser...)

sexta-feira, julho 16, 2010

Sensivelmente Sensibilizada

Tenho a dizer que hoje foi um dia de upgrade in my inside sistem (seja lá o que isso for mas que a metáfora faz adequar).

Recebi mais do que dei e que não pedi (que bom).

Sei que foram sinceras as palavras que me dirigiram porque eu leio olhos muito mais que ouço sons.

Às vezes, mesmo fora de época, há Bolo Rei com brinde que, por mais banal (não é) que possa parecer, nos faz vibrar e sentir aquela sensação tão boa prenda merecida e abrimos um sorriso enorme:

Assim :)

Eu ainda tenho todos os dias da minha vida para agradecer (me) aqueles a que sei dar valor!

sábado, julho 03, 2010

Maçar-vos?

Claro que sim.
Não abrissem isto, ora.

Já se sabe o que se espera aqui. TUDO!

A maior das miscelâneas: lamúria, piadola seca, tentativa de prosa escorreita, dor de costas, enfeites de Natal na Páscoa, o DESPROPÓSITO, o que for...

Ora, não viessem.
Em vindo, aturem.

Hoje é isto:

SAUDADE! EM MUITA!

E depois acrescento:

Freixo de Espada à Cinta, essa bela localidade para arranjar maridos, principalmente EX!

E, pudesse eu e estava enrolada nos teus braços, coberta do teu mimo. Que tanto me consola.
Tivesse eu CORAGEM!

Fraca.

Agora vou ver filmes.
Daqueles bons.

quarta-feira, junho 30, 2010

"To"

É o remetente das mais recentes mensagens daquelas que "e tal", recebidas no meu mail.

Convenhamos: "To" para TU?

E ainda por cima cheias de adjectivos bons sobre moi mêmme, elogios e coisital e, cereja no topo, com um : quero conhecer-te?

Tem dó , "To", ó TU...

domingo, junho 27, 2010

É Coisa Só Minha

Ou a vocalista dos Gossip é a cara chapada da irmã cantadeira do Cristiano Ronaldo???

É que estava ali a ver TV (uma séria em que me viciei ao 3º episódio, chamada "Uma Família Muito Moderna" na Fox quaquer coisa, wherelse), e apareceu um comercial ao um concerto deles com a cara da dita.

I-gual-zinha!

A isto chamo divergir com sucesso dos tormentos que me assolam, algum palavrão bem feio que caiba aqui, porque já não bastava aquele infra mencionado.

Há outro, pois há.

Mas sei que vai passar.

A ambos os tantos.

Até lá é que é o catano!

Catano...

sexta-feira, junho 25, 2010

Não Lamechar

Pois.
Estou proibida.

Mas isto de proibir depende de quem proíbe e das consequências da proibição, ora bem.

Como ainda mando em lamechar-me quando, onde e como quero, lamecho-me aqui.
Com antecedência, é certo, porque até 30 de Junho não devo por aqui os dedos (ou sim, sei lá, afinal eu acabei de afirmar que me lamecho quando me apetecer).

Dia 29, 09h da manhã na Portela, o raio do Avião leva-me os dois mais novos embora...por um mês.
Sim um mês inteirinho.

E desta vez, como o mais velho arranjou emprego de Verão na Rádio com horários malucos não vai comigo levá-los ao bicho metálico que mos leva para longe.

Então, vou ter de ser muito mais forte.

Quando me largarem a mão para irem para a Porta Whatever, quando eu ficar à espera com os olhos fixos nos placards às espera de ler 'Departed', estou sozinha.

Mas ora, se eu consigo?
Claro que consigo.

Nada que um bom par de Kleenex's não resolvam...

Pois!

Que Deus mos proteja, os meus amores.
E que eu seja a mulher mãe forte que SEMPRE FUI!

segunda-feira, junho 21, 2010

Tão Mundial

...que mesmo pessoas como eu que, para além de não gostarem de futebol, são completamente realistas (alguns dirão derrotistas) quanto à nossa selecçãozita, hoje não conseguira passar ao lado da euforia dos outros.

Não que a sentisse, nada disso.
Mas era inevitável vivê-la através dos outros e, convenhamos, alegria no ar é sempre bom, deixa um cheiro a morango, framboesa, fruto encarnado de paixão.

Mas vem isto a propósito d'outra cousa que me encanita, agora.

E aos meus gaiatos que não pararam o tempo todo de mo soprar no ouvido quando havia mais um golo e corriam a contar-me:

- Mãe, coitados dos norte-coreanos. E agora? Serão fuzilados ao voltarem a casa???

E a preocupação era genuína.

Eu respondi-lhes, e acredito nisto, que se forem espertos têm ali a oportunidade da sua vida.

Não voltar.

Despois contei-lhes da ex-URSS e do quanto era comum isso acontecer em eventos desportivos com atletas daquele país, antes da Perestroika.

Coisa de que nunca tinham ouvido falar e, afinal, foi ainda ontem!

sexta-feira, junho 18, 2010

Sempre Trocada

Anoiteço ao amanhecer e amanheço ao anoitecer.

E é difícil esta dessincronia, foi sempre.

Porque aquele torpor, aquela tristeza escura, o sentimento de fim que devia anteceder o sono, e que esse sono dissiparia para se acordar com Luz, esperança, dia inteiro de crença no arranjar de tudo, das coisas, aparece a des'horas.

E baralha o esquema das propriedades, capacidades de organizar duma forma proactiva o programa diário porque de diário não tem nada, é mais noitáro com Luz o que transforma tudo numa baralhada imensa de ou sonho ou pesadelo mas em vigília, sempre intangínvel porque no fundo é tudo mentira, ou seja...

Esperem, onde é que eu estou neste jogo de partidas da mente que não quero jogar?

É à noite então que amanheço e tenho o dia que não está lá?!

Resumindo:

Vou ter de me esforçar a sério para deixar de usar o verbo ser (porque sou assim, porque sempre fui, blá blá blá, bull shit) e começar a procurar o estar.
Dentro do possível no tempo e no espaço certos.

Para meu bem.

segunda-feira, junho 14, 2010

Assim Mesmo Mesmo Mesmo

Estava perplexa (sim, ainda me perplexo, thank god) a olhar esses olhos profundos, dum azul mar.
Não, mar não, céu.

E ainda assim incrédula, porque a verdade é que esses olhos não há?!, não pode haver e no entanto fixavam os meus com um amor tão profundo que a lágrima doce me escorreu.

Não era salgada, sério.

O sódio foi adoçado por um anjo que largou o açúcar a tempo dela tocar os meus lábios.

O que eu mais gosto é ter na minha vida uma vinha expontânea que não plantei mas que me dá uva da boa e que, bem vindimada nem sei por quem, resulta num néctar inebriante, sólido, frutado, encorpado, cheio!

Assim, mesmo mesmo mesmo dos Deuses .

Devo merecer.

É claro que mereço.

quinta-feira, junho 10, 2010

Sixty Six

Valeu a ressaca não etílica, valeu pelo extraordinário desempenho de Gregg Sulkin. O miúdo vai longe.

O filme é maravilhoso e prendeu-me do princípio ao fim.

6******

Dormi bem...mas pouco!

Gaita.

sábado, junho 05, 2010

Profissão: Sobrinha-neta

O amor por esta tia Júlia (e pela irmã Modesta que morreu em Janeiro) é grande, muito grande.

Irmã da minha avó paterna, solteira, sempre me dedicou (nos, a mim e aos meus irmãos) muito tempo.
De grande qualidade.

Hoje, e na solidão que lhe sobrou tento compensar um vazio incompensável, que sei.
Mas tento.
Mais a mais, recheada de facadas não merecidas por quem punha as mãos no fogo, como me dizia mesmo perante evidências incortonáveis.

Já falei disto aqui, há pedaço.

Volto a isto hoje porque, tendo estado lá em casa com o Bernardo, e vendo-o secar-lhe as lágrimas da desilusão percebi que sou uma mãe do caraças, mesmo daquelas assim boas e que cumpri o meu trabalho.

Pelo menos com este filho que conhece e convive com esta tia desde o berço e gosta dela como eu, do fundo do coração.

Abraçou-a quando lhe começaram a correr lágrimas do desgosto pelo fogo que lhe queimou as mãos.

Disse:

_ Tia, nós somos quem importa, a sua família. O resto esqueça. Estamos sempre aqui, consigo.

E a tia chorou num abraço apertado nos braços dele, acreditando, sossegando...

É bom ter filhos já adultos, homens feitos, que para além de não terem medo de abraçar gostam de o fazer, gostam dos beijos dos nossos velhos, de estar com eles, de os ouvir, de os mimar!

quinta-feira, junho 03, 2010

Pudesse Eu

E não me vinha o sono a des'horas.

E não gostaria tanto de dormir.

O meu mundo seria muito mais do lado de cá e muito menos do lado de lá (o que eu gosto de me entregar à almofada).

Porque acho que optar por sonhar no sono, é um bocadinho morrer.

E isso é a cobardia da negação da luta pela realidade da vigília.

Gostava de mudar isto, que tudo aquilo que durante as horas que passo, inconsciente, a consruir os meus enredos de vida, contruísse acordada.

Oxalá aconteça!

terça-feira, junho 01, 2010

E Se?

Olha lá, não me provoques.

Pára já.

Não brinques nem estiques cordas que nem há e que, sendassim, nem hipótese existe de rebentarem porque não seguram coisíssima nemhuma.

Esse olhares insinuantes e essa mania de me veres por dentro tem de acabar.

Sabes porquê?

Porque nunca nada começou e porque não conseguiste que eu aceitasse essa visão raio x não autorizada, entendes?

Apre!

sábado, maio 29, 2010

A Heresia e o Horror o Horror

Não gosto e nunca consegui gostar dos Xutos & Pontapés, abstendo-me de comentar a qualidade da sua música (apredrejamento certo e não é com esferovite).

Também detesto os Madre Deus que, para música a armar ao erudito para massas, não basta uma boa voz e um viloloncelo, desculpem qualquer coisinha (ui, desta vez o que virá).

Tenho um verdadeiro ódio de estimação: o David Fonseca e o grupo dele que, vejam só, nem me lembro do nome e que desde os gritinhos hitéricos e completamente fora do contexto do elemento feminino, às letras em inglês que fariam um autoctocnone das Terras de Sua Magestade ter de fazer um esforço hercúleo para lhes econtrar sentido, me fazem sentir assim com aquela vergonha como se tivesse alguma reponsabilidade por aquele projecto (agora acho que será mais pacífico).

Agora voltando aos Xutos, companheiros de lugares da adolescência por aqui pela Av. de Roma, com uns bons aninhos mais que eu, admito o preconceito.

Vê-los pedrados não ajudava.
Associar Xutos a xutos também não, porque no fundo e naquela altura, não me venham com merdas, era isso mesmo.

A música era boa?
Nem reparava porque só lhes via a Vida.

Isto para dizer que hoje, com 45 anos, os admiro. Big Time (eu não disse gosto, pay attention).

Com 16 anos era difícil.
Agora, com 45 percebo que cumpriram.
Que passado o que foi o passado, lhe deram a volta e que tinham e têm efectivamente valor.
Que são dos Bons no que fazem.

E que na frente

"vai quem já nada teme, vai o homem do leme"

O Martin adorou o concerto e disse com orgulho:

- mãe, toda a gente de todas as idades conhece as músicas dos Xutos.
E todos as cantaram.

Merecem! Lá isso...

domingo, maio 23, 2010

Insónia

(coitada da sónia que não tem culpa nenhuma e que está sempre In pelas piores razões)

Hoje foi um dia duro, não digo de cão porque a Mousse prova que essa vida é principesca e quem ma dera.

O culminar da minha recente vida de detectiva, enfrentado o culpado depois de horas que pareceram dias, apanhado na rede montada acompanhada dos meus irmãos.

Entretanto, e durante a espera, congeminei todos os cenários e, à falta de melhor, preparei-me com uma tesoura de costura que mantive à mão não fosse ser preciso defender-me, defender-nos.

Sem pormenores descabidos que aqui não têm lugar, posso dizer que foi duro, muito duro.

Que sofro ainda as lágrimas da vítima e a dificuldade de punição do patife mas que acredito, tenho de acreditar, se fará justiça.

Entretanto a adrenalina persiste e o sono foge-me.

Aguardo a serenidade que os Anjos vão acabar por me trazer.
E à minha querida Tia, que não merecia esta desilusão aos 98 anos de idade.

quinta-feira, maio 20, 2010

Passou um Mês

E eu tinha esta meta mental para apagar o seu contacto do telefone e o e-mail.

Alexandre, isto é que vai aqui uma confusão na minha cabeça?!

Que raio de novo luto esta Era nos obriga a viver?

Bom, para que saiba vou fazê-lo, convencida (esforço) que de facto não tem significado nenhum, este simbólico delete.

Não é? Não tem, pois não?

Gaita...

sábado, maio 15, 2010

"Des"Inquieta

Era como eu queria estar!

Bom, no meio de um papel de detectiva que entretanto me calhou e que me está a dar água pela barba que não tenho, o que significa que posso muito bem afundar-me na ausência desse limite da natureza devido ao género, fui ontem avisada por um amigo que anda a receber massivamente mails meus doutro endereço que não este (e que existe de facto, associado ao meu messenger), vídeos e coisas escabrosas, incluindo PEDOFILÍA.

Nesses mails, vêem visíveis todos os contactos que tenho e alguma vez tive no MSN.

Desste modo venho, para além do óbvio descartar de responsabilidade, gritar SOCORRO, COMO SE PÁRA ESTA MERDA?????

Pronto, estou mesmo mesmo mesmo apoquentada, como calculam!

domingo, maio 09, 2010

Mexer

- Mexe-te, estou com pressa.

- Não mexas aí!

- Mexe isso bem senão agarra à panela.

- Não mexas comigo, não sabes com quem te metes.

- Mexer em certas memórias dói.

- Toca a mexer essas ancas e ir com a música.

-Estou que não posso. Nem me consigo mexer.


Hoje, preguiçosa, vou só mexer uns ovos com queijo ralado e tenho almoço!

(este poste mexe comigo...)

sexta-feira, abril 30, 2010

Canto

Há um canto onde canto

Acreditando que o canto, nesse canto, é muito mais que só canto

É hino com tino e chega fino ao destino

Quem o ouve que o louve

O meu cantado poema feito aqui no meu canto

terça-feira, abril 20, 2010

Despojos do Dia

"O Site Semifrio da Dinada

Minha Querida Graça,

Estou em dívida contigo, mas vicissitudes várias fizeram com que só hoje venha dizer-te do teu site.

Gostei, francamente gostei. Tudo isto por todas as razões, a minha profunda amizade por ti. Ela não esmorece, ela é perene.

Em primeiro lugar agradeço a tua iniciativa de publicação do meu poema “Meditação sobre o Rio Tejo” – O meu bem-haja.

Na especialidade assinalo:

Vejo-te ruiva e bem. Não sei se estás menos, como gostarias, mas se estiveres mais, também não vejo problema, pois ruiva ou não ruiva és gira.

Na ida à quinta levavas um “Golden Retriever” pela mão, que grande amor, que trovão dos meus sonhos. Como se pode alguma vez abandonar tanto amor por estas “pessoas” da nossa Família. O seu olhar doce, o seu amor e compreensão profundas… Junto ficheiro com dois poemas que, se assim entenderes podes usar no teu site.

Pintas quadros bonitos na partida dos Filhos, na superficialidade que não tens, nunca terás.

O mar não seca, não pode secar, és frágil, mas és forte. Planos diferentes por vezes confundidos.

Vi a tua Mousse pela tua mão… Eu ia contigo com a minha Coca-cola pela minha mão…

Como estou com a tua sensibilidade, como me consigo identificar contigo e, com a emoção e, mesmo lágrimas, te digo “ Só espero não magoar ninguém nunca, … na descoberta dos atalhos, tanto amor deixado pelo caminho…”

“Pisa o chão / Assenta os pés / Ver com o coração” – “De mãos dadas é que vamos” - De facto sempre vi que perdeste altura porque és só coração.

“Descalça / Pés nus / Corres há muito pelos campos / Descalça / Sem medo das pedras / Mas medo das ervas daninhas … / Não corres em sonhos / Corres a vida” – Vou contigo nesta simbologia que resume magistralmente todas as pedras do caminho, desde… o sopro do coração aos cinco anos…

Reitero, garanto e testemunho vivamente “Sou uma Mulher (a letra maiúscula é minha) a sério, daquelas rijas, de mérito e de força / És paradoxal, és verdadeira”

Não tenho dúvidas no que se refere aos “Mares… O Pacífico pacificar-te-á”

Com toda a consideração, estima, muita estima e amizade deste teu amigo que acompanhaste quando as ervas daninhas e as pedras da vida me deixaram descalço, atordoado e… perdido

Alexandre


11/05/2008"

Cirurgia

À minha cadela de seu nome Coca-cola

Na mesa a cadela
A ser tosquiada
Aguarda o cirurgião…

Expectante e assustada,
De olhar angustiado,
Adormece anestesiada…

Deixamos a sala,
Com a comoção de que ali ficou
Parente nosso…

Nosso irmão…

Ela não fala, diz para nós,
Com os seus olhos,
Da sua esperança…

Tenho alma,
Mesmo sem voz…


Marini Portugal

Olivais Sul, 8 de Fevereiro de 2007

____________________________

A Morte

Homenagem à minha Cadela Teckel, de nome Coca-Cola,
falecida em 6 de Novembro de 2007 com treze anos e meio de idade

Vem companhia do meu enleio,
Sussurra-me teus segredos,
Teu coração treme em teu receio,
Olhos angustiados de medos…

Falas sem voz,
Tudo dizem teus olhos sábios,
Teu olhar é magia de voz,
Canta a dor e o amor em nossos lábios…

Ela calada há muito espiava,
A sua mão veio sem demora,
Era a morte que espreitando chegava,
Agora, agora, agora…

Nesta noite despida da cidade,
Saudades de ti alguém,
Fica o carinho da tua amizade,
Travo amargo de eu mais só, sem ninguém…

Foste companhia desejada,
Mais deserto só fiquei,
Viveste passo a passo em minha estrada,
Eras o mito com que sonhei…


Marini Portugal


Lisboa, Olivais Sul, 7 de Novembro de 2007

RE:
"Obrigada, Amigo Alexandre.
Porque isto da escrita nos retira refêrencias, diferenças, estatutos...

(embora eu sempre o vá respeitar como se respeita um pai...com AMOR, MUITO AMOR)

Graça
11/05/2008"
____________________________

Depois de mais de 20 anos de amizade, ganhei tanto de si.
E nunca me esqueço do seu Poema: As Filhas que Deus Me Deu, em que me considera uma delas.

Hei-de encontrá-lo e publicá-lo. Prometo!

Derradeiro Telefonema

E soube da partida.

Choro agora a saudade que sei estar a chegar.

Alexandre, até já*

sábado, abril 17, 2010

Fumos

Cada vez fumo menos.
Aliás, qualquer dia destes paro de vez.

Para uma paranóica da arrumação, das assimetrias e dos cheiros e limpezas é bom. Excelente, mesmo.

É a cinza e os cinzeiros. Lido muito mal com eles. Detesto vê-los sujos o que, para que fuma, é um martírio calculais.

A cinza então é a minha pior inimiga porque, não tendo qualquer aderência ou peso, voa. Voa dos cinzeiros à mais pequena brisa, voa com um espirro, com um mínimo encontrão, voa sempre...

Aquilo que agora acontece nos céus da Europa e que não é mais que cinza que, lá está, voa, não pousa nem por nada a cabrona filha da mãe, pela tal falta de aderência que lhe é característica e que eu faço corresponder à pouca espessura de sentido na sua existência pode, e isso é que me lixa com F, no Verão, deixar-me em sobressalto.

Pelo facto mais que aqui gasto e descrito que os meus filhos têm uma metade sueca que me fode a cabeça (desculpem a parte da cabeça), que mos leva para lá no passarinho metálico contra a minha vontade!

Raisparta a evolução, que bem podia só haver cavalos, asnos, ou burros!!!

sábado, abril 10, 2010

Seria, com Certeza, Assim

Iríamos ver o Sporting jogar, no Estádio de Alvalade.

Com o teu entusiasmo, seria ainda mais Lagarta, mais Leoa. e rugiria a plenos pulmões, a propósito e a despropósito.

Tu de mini na mão e eu, na minha, com uma daquelas novas Lusos Adelgaçantes.

O resultado, de somenos importância.

Seria, com certeza, assim...

domingo, março 21, 2010

Mandei-lhe um Mail

Estranhei não haver a habitual resposta imediata.
Amigos há mais de vinte anos, é sempre lesto nestas coisas.

Mas também é um desassossegado permanente. Escritor, formador, sempre aagarrado à máquina mas nem sempre com tempo de ir ao correio.

Depois..., depois é sempre aquela merda do costume. Eu bem achei estranho e o camandro e o raio que parta tudo e grande merda é o que é.

Estava agarrado à máquina sim.
Mas não a esta.

E se Deus quiser ainda está.

Porque senão, está aqui, atrás de mim a ver-me escrever debruçado sobre o computador a dizer:

_ filha, vê lá se ao menos não escreves com gralhas... mas palavrões, força neles que sabes que também eu quando me irrito!!!

Vou telefonar outra vez!

quinta-feira, março 11, 2010

segunda-feira, março 08, 2010

Discriminação Positiva Aceitável

"Hoje, em todos os Restaurantes do Mundo, servem-se Lagostas Suadas à descrição ÀS MULHERES de qualquer cor, credo, peso ou altura"

Issé quéra...

terça-feira, março 02, 2010

Sintonização

"Quase um Poema de Amor

Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor.
E é o que eu sei fazer com mais delicadeza!
A nossa natureza Lusitana
Tem essa humana Graça Feiticeira
De tornar de cristal
A mais sentimental
E baça Bebedeira.
Mas ou seja que vou envelhecendo
E ninguém me deseje apaixonado,
Ou que a antiga paixão
Me mantenha calado
O coração
Num íntimo pudor,
— Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor."

Miguel Torga, in 'Diário V'

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Humanização dos Serviços de Saúde

Constatei nestes últimos dias que nós, utentes, quandos nos deslocamos ao Hospital e enfrentamos a inevitável espera por um atendimento que urge, já não somos apenas um número.

Não, nada disso.

Agora somos mais que isso: somos uma letra, um hífen e depois sim, um número!!!


Um Salto de Sapo. Sapito, vá...!

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Tolices

A mensagem mais estúpida e ignorante que se tem ouvido por estes dias, da boca de diversas figuras de Estado:

"Neste momento de tragédia, os portugueses estão com a Madeira"

Triste...muito triste!

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Polémica à Volta dos Choques Religioso/Cuturais

É tudo muito simples e não há que complicar.

Por exemplo, as (e já agora os) Fiscais da EMEL adorariam usar Burqa verde no exercício das suas funções.

Não podem.
É que nem sequer um véuzinho que só lhes mostre os olhos nem nada taditos!

Percebem?

Era só, por hoje.

sábado, fevereiro 06, 2010

No time No Time

O que é aliás muito, mas mesmo mesmo muito, bom sinal!

Só chega para copipaistes destes (assim bons):



Emily Dickinson (1830–86). Complete Poems. 1924.

Part One: Life
I

SUCCESS is counted sweetest
By those who ne’er succeed.
To comprehend a nectar
Requires sorest need.


Not one of all the purple host
Who took the flag to-day
Can tell the definition,
So clear, of victory,


As he, defeated, dying,
On whose forbidden ear
The distant strains of triumph
Break, agonized and clear.

segunda-feira, janeiro 25, 2010

"O oposto do amor"

"Qual é o oposto do amor? Podemos pensar que é o ódio, mas essa talvez não seja a melhor resposta. Um sábio diria que o oposto do amor pode bem ser o medo.Ouvi esta meditação numa conferência da neta do Mahatma Gandhi, Tara Gandhi, na Fundação Gulbenkian, terça-feira, em Lisboa. O ensinamento flutuou quase anónimo, sem parecer importante. As ideias orientais são por vezes incompreensíveis para nós, materialistas do ocidente, e algumas opiniões da conferencista eram difíceis de aceitar. Ela usava um discurso de estranha humildade, tornando mais improvável a nossa aceitação.Podemos dizer de outra maneira este pensamento iluminado: o que impede o amor não é o ódio, mas sim o medo. Isto aplica-se às nações, aos conflitos entre amantes, às discórdias civis das sociedades. Temos medo; em resposta, parecemos destilar ódio, mas apenas mostramos o temor do desconhecido. A vertigem assusta e quanto maior o receio, maior a rejeição do que se teme.
Esta realidade está mais próxima de nós do que parece. Ela rodeia-nos. O medo explica a inveja, a guerra preventiva, a hostilidade, o ciúme, a resistência; o medo explica a gritaria no debate, a indecisão ferida, o erro destrutivo, a dúvida, o desprezo. Veja-se com distanciamento: existe medo à nossa volta, uma tensão social feita de pequenas inseguranças, de apreensão pelo futuro, de sobressalto permanente. Deixámos de ter uma vida, deixámos de ter estabilidade. E o temor produz agressão: não queremos ouvir o outro, tudo o que ele nos diga soa a estranho ou maléfico e pode ser reduzido a minúsculos fragmentos negativos; repetiremos mil vezes a mentira, transformando a possibilidade em antipatia, o diálogo em discórdia, o amor em miséria.Num mundo materialista, é difícil perceber a ideia da não-violência. Ela exige um penoso ponto de partida, tão inaceitável para a razão interesseira, de que o nosso inimigo nunca o é verdadeiramente; antes o que parece ódio não passa de pânico e susto, sendo por isso digno da compaixão, da lástima que se tem pelo próximo, daquele que no fundo é igual a nós."


Luís Naves no Albergue Espanhol

Trouxe o texto para o semifrio porque, não conseguindo há muito escrever por razões várias, está aqui muito do que apetecia partilhar...

domingo, janeiro 03, 2010

Olá Pessoas

Uma passagem rápida, feita de teimosia e uma pitada de irritação.

É que persisto e garanto (em vão) que não acabou nenhuma década com a entrada em 2010.

Não, não e não.

Entrámos sim no seu último ano da tal dita década!!!

Por isso, balanços dos 10 anos , fazemos em ..11, deal?

(eu sou, sou irritadiça e às vezes por pouco...mas esta sou eu, hélas)

Bem Aventuranças