É precisa, para ver (ou querer ver) as cores verdadeiras, por detrás da palete infinita de tons que nos aparecem, inebriantes.
Muito cuidado e atenção. Olhar sem ver e escolher a cor sem tino não vale porque é enganador e até pernicioso, quando pretendemos que nos saia das mãos uma 'obra', senão de arte, pelo menos cheia de verdade.
Podemos escolher um colorido cheio de nuances. Podemos derrapar nos garridos, agarrar-nos aos tons pálidos, fugir dos berrantes. É sempre uma questão de escolha, a cor que se constrói. Que seja, preferiencialmente, uma escolha lúcida, ponderada, para que o 'quadro' pintado não saia bonito, mas vazio de conteúdo. Que seja uma amálgama de cores escolhidas a dedo, mas harmoniosas e com sentido. Que não choquem umas nas outras e antes que se completem.
Que, no fim, a soma das cores seja maior que a palete com que começámos. Que o resultado final nos transmita, mais do que uma linda tela, uma resenha duma história com princípio, meio e fim.
Que consiga, mais do que tudo, perpetuar um momento, um sentimento, um sentido.
Que quem a criou goste mais do resultado do que qualquer outro que o aprecie.
Que eu consiga um dia, pintar o que me vai na alma, sem esborratar tudo, no fim...
(é isto que eu vou aprendendo, devagar...)
trim trim...tocou o telefone e vou atender, porque sim...
:)
8 comentários:
Experimenta o vermelho e o preto.
:)
É bem verdade,... .
Com tantas cores, e certamente por causa da época que se está a atravessar, lembrei-me do "bolo rei".
hasta
rui
Mas mesmo com o Bolo Rei há que ter cuidado.
É que pode sempre sair-nos a fava!
Marco
Dizes bem Marco.
Pode-nos sair uma "fava", e se ela (a fava) for loira a coisa complica-se. Tambem pode ser "loira fava".
Hoje deu-me para isto,..., "trocadilhos".
No fundo, no fundo. estava era a pensar no "brinde".
Rui
Pois é, Rui, o mal é esse.
De um modo geral vamos a contar com o brinde e acabamos por ficar com a fava. Que por vezes até reluz e deixamo-nos seduzir por ela. Mais perigoso se torna: a fava é sempre uma fava... e em grande parte dos casos torna-se bem mais dura de roer do que alguma vez imaginámos.
Cautela, portanto!
Marco.
Viva Marco.
Nesta coisa dos bolos reis, a CEE (na altura) veio fazer por cá um "reigicidio", se isso se pode chamar.
Por causa das crianças com menos de 3 anos poderem ser consumidores do dito bolo, mandou abolir o brinde. Na verdade os brindes estavam já há algum tempo a encolher, de forma, Zás não foi de moda, e brinde fora.
Por isso resta-nos mesmo só a FAVA.
Como na universidade "CQD"- "Como Que Demonstramos", que agora se deve saborear o "bolo rei" a medo. É sempre um risco pois a probabilidade é mesmo de nos poder sair a fava.
Por outro lado gosto de favas (ou não tenho medo delas). Nos Algarves, quando puto, para além da vindima (à revelia dos proprietários), comia-se sempre algumas (favas) que tinham ficado esquecidas, e que o calor do verão tinha torrado.
"loiras favas".
Um Abraço
Rui
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