Foi baptizado assim por um capricho da mãe, que gostaria de ver a vida do seu menino influenciada pela escolha do nome.
Foi concebido num acaso, na emoção dum momento que afastou a razão dos corpos embrulhados. O suor tem destas coisas e faz escorrer sódio e raciocínio.
Quando descobriu que daquele momento resultou uma gravidez resignou-se. Compreendeu, imediatamente, que tinha comprado um bilhete para uma viagem sem regresso a um mundo completamente novo, que duraria toda a vida que a ambos (mãe e filho) fosse concedida.
Assustada, chamou-lhe Razão na esperança de que, daquele acto emotivo que lhe deu origem, emergisse para a Vida um ser equilibrado e capaz de escolher o uso da mesma, sempre que as circunstâncias o exigissem.
Coisa que ela própria não tinha conseguido, no meio daquele turbilhão de peles, suores e cheiros...
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