quinta-feira, junho 23, 2005

Eu nem sou socialista, muito menos socrática...

...mas reconheço que este governo teve alguma coragem em mexer num 'status quo' de determinadas facções profissionais que, por comparação a outras, aviltavam injustiças insustentáveis.

O caso dos propfessores é paradigmático e eu aplaudo de pé as medidas anunciadas e só acho que pecam por defeito. Há ainda que mexer muito mais.

Falo com conhecimento de causa.

Amanhã, dia 24 de Junho, vou agraciar em conjunto com outros 23 encarregados de educação uma excelente professora primária que termina este ano a sua vida profissional, pelo menos ao serviço do Estado, aos 52 anos de idade.

É uma mulher de vocação, na profissão que exerce.

Poder-se-ia ter reformado há 2 anos atrás (???, perplexa), mas OPTOU (isso mesmo) por levar estes meninos até ao fim do seu percurso do 1º Ciclo do Ensino Básico. O meu catraio do meio faz parte dos felizardos que ela acompanhou, desde as primeiras letras, há 4 anos atrás.

À professora Lu presto o meu tributo, por tudo o que fez ao longo da sua carreira, com uma maior expressão quanto ao Martim por razões óbvias (terminou o ano com média de 17, sendo o maior calão 'contrariado' que conheço :D ), deixando no ar a questão que me fez escrever estas linhas: porque não pode esta senhora acompanhar o meu mais novo, que entra em Setembro no mundo escolar? Porque raio se é 'velho' (ou se pode ser) quando a pele ainda nem rugas apresenta e os olhos apresentam uma vivacidade expressiva e cheia de conhecimento e experiência para partilhar???

Algo vai mal quando se vai por aqui...