sexta-feira, junho 06, 2014

Da Absoluta Necessidade da Tristeza

Aprendi, depois de já ser mãe de três rapazes, que há todo um movimento, quanto a mim errado, de afastar a todo o custo a tristeza da vida das pessoas, em primeiro lugar dos nossos queridos filhos.
Que atroz disparate.
A tristeza faz parte da nossa vida, tem os seus momentos e, quando aparece, deve ser amparada e nunca amputada.
Se se quer apreciar a vida, os momentos felizes, há que conhecer e deixar crescer o reverso da medalha.
Deve-se questionar o porquê, que se deve.
Deve-se amparar o choro, sempre.
Mas nunca, nunca, se deve proibir com um:
- Não estejas triste.
- Anima-te, anda.
- Pára de te lamentar.
Porque raio?
Faz parte desta coisa que é viver, sofrer.
Seja por coisas que a nós nos parecem pequenas seja por lutos, perdas chamadas "grandes".
A mensagem que passei, passo, aos meus filhos é mesmo esta: estão tristes? Porquê? Posso ajudar? Chorem aqui.
A mãe espera que melhorem.
A mãe aguarda que passe.
Soltem tudo, ou guardem em silêncio.
A mãe está sempre aqui.
Para chorar e rir, rir e chorar.
Para a Vida que abarca tudo isso, porque faz parte.

Nunca esqueçam é que, se depender de mim, nunca estarão tristes e SÓS!

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