Há uns tempos, talvez um ano, passei a dormir com os estores abertos.
Habituei-me a dormir assim e, quando acordada, olhar a janela a deixar entrar as vidas dos outros que, no breu da noite, mantêm a actividade diurna com as luzes artificiais a substituir o Sol.
Faz-me sentir menos só.
Ontem, depois da leitura e antes de desligar o candeeiro de cabeceira, resolvi levantar-me e correr os estores completamente. Queria ter uma noite recuperadora e, como já era muito tarde, poder dormir de manhã sem perturbações luminosas.
Descobri que já não sei dormir na escuridão. Descobri também o mais importante: que sou, de certeza, um ser de LUZ.
sábado, setembro 30, 2006
terça-feira, setembro 12, 2006
Teorias da Conspiração, ou Assim...
O 11 de Setembro, pelos visto, tem algumas em estudo. Não me prendem a atenção.
Eu tenho outra. Em relação àquela garota que desapareceu numa aldeia algarvia, faz um ano, dois ou isso (nunca retenho datas).
O corpo nunca apareceu, embora tenha havido condenação por homicídio por parte de mãe e tio. Acho estranho que não se investigue a possibilidade de ter sido 'apenas' vendida a um qualquer estrangeiro que ofereceu guito satisfatório para o negócio. Fácil, isto de resolver indigência com troca comercial de seres indefesos, com a garantia de silêncio.
Cumprida.
É mais fácil para todos considerá-la morta? Hélas. Cá para mim, recheia hoje um qualquer bordel de infantis por aí, satisfazendo a doença daqueles que tiram prazer do abuso infantil, pago a peso de ouro, num qualquer recanto europeu.
Nada está esclarecido. Nada me parece verdade, no meio de todo este enredo mal contado.
Teoria da conspiração? Pode ser...
Se a garota estivesse morta seria, talvez, mais suportável.
Entretanto, o 11 de Setembro soma mais vítimas. Quando o singular passa a plural insuflado dá nisto. E isto, quer queiramos quer não, faz toda a diferença.
(acho que o nome é Vanessa...mas podia ser Maria que seria igualzinho)
Eu tenho outra. Em relação àquela garota que desapareceu numa aldeia algarvia, faz um ano, dois ou isso (nunca retenho datas).
O corpo nunca apareceu, embora tenha havido condenação por homicídio por parte de mãe e tio. Acho estranho que não se investigue a possibilidade de ter sido 'apenas' vendida a um qualquer estrangeiro que ofereceu guito satisfatório para o negócio. Fácil, isto de resolver indigência com troca comercial de seres indefesos, com a garantia de silêncio.
Cumprida.
É mais fácil para todos considerá-la morta? Hélas. Cá para mim, recheia hoje um qualquer bordel de infantis por aí, satisfazendo a doença daqueles que tiram prazer do abuso infantil, pago a peso de ouro, num qualquer recanto europeu.
Nada está esclarecido. Nada me parece verdade, no meio de todo este enredo mal contado.
Teoria da conspiração? Pode ser...
Se a garota estivesse morta seria, talvez, mais suportável.
Entretanto, o 11 de Setembro soma mais vítimas. Quando o singular passa a plural insuflado dá nisto. E isto, quer queiramos quer não, faz toda a diferença.
(acho que o nome é Vanessa...mas podia ser Maria que seria igualzinho)
quinta-feira, setembro 07, 2006
Se eu pudesse...
Se eu mandasse, estava a caminho de Filadélfia. Ok, se fosse Seatle era mais complicado. Em Seatle faz frio. É demasiado parecida com outras paragens em que já vivi.
Queria ser daqueles pássaros migrantes, à procura do calor doutras paragens. Queria poder voar sazonalmente. Fugir ao frio. Cobardes, esses passarocos, como eu. Abrir asas e voar.
E, se fosse Lagarta, seria de couve. Sem asas. Gostar de couve, ajuda...
Queria ser daqueles pássaros migrantes, à procura do calor doutras paragens. Queria poder voar sazonalmente. Fugir ao frio. Cobardes, esses passarocos, como eu. Abrir asas e voar.
E, se fosse Lagarta, seria de couve. Sem asas. Gostar de couve, ajuda...
Dói...
Circle
Me, I'm a part of your circle of friends
And we notice you don't come around
Me, I think it all depends on you
Touching ground with us but
I quit, I give up, nothing's good enough for anybody else,
It seems
And I quit, I give up, nothing's good enough for anybody else,
It seems
And being alone is the best way to be
When I'm by myself it's the best way to be
When I'm all alone it's the best way to be
When I'm by myself, nobody else can say goodbye
Everything is temporary anyway
When the streets are wet, the colors slip into the sky
But I don't know why that means you and I are, that means you and I
I quit, I give up, nothing's good enough for anybody else,
It seems
And I quit I give up, nothing's good enough for anybody else,
It seems
And being alone is the best way to be
When I'm by myself, it's the best way to be
When I'm all alone, it's the best way to be
When I'm by myself, nobody else can say
Me, I'm a part of your circle of friends
And we notice you don't come around
Edie Brickell
Dói, pois!
Me, I'm a part of your circle of friends
And we notice you don't come around
Me, I think it all depends on you
Touching ground with us but
I quit, I give up, nothing's good enough for anybody else,
It seems
And I quit, I give up, nothing's good enough for anybody else,
It seems
And being alone is the best way to be
When I'm by myself it's the best way to be
When I'm all alone it's the best way to be
When I'm by myself, nobody else can say goodbye
Everything is temporary anyway
When the streets are wet, the colors slip into the sky
But I don't know why that means you and I are, that means you and I
I quit, I give up, nothing's good enough for anybody else,
It seems
And I quit I give up, nothing's good enough for anybody else,
It seems
And being alone is the best way to be
When I'm by myself, it's the best way to be
When I'm all alone, it's the best way to be
When I'm by myself, nobody else can say
Me, I'm a part of your circle of friends
And we notice you don't come around
Edie Brickell
Dói, pois!
sexta-feira, setembro 01, 2006
Mesa dos sonhos
Ao lado do homem vou crescendo
Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente
Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas
Ao lado do homem vou crescendo
E defendo-me da morte povoando
de novos sonhos a vida.
Alexandre O'Neill, poeta duro e realista!
Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente
Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas
Ao lado do homem vou crescendo
E defendo-me da morte povoando
de novos sonhos a vida.
Alexandre O'Neill, poeta duro e realista!
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