quinta-feira, novembro 27, 2014

Confissão

Confesso-me aqui, hoje:

Gostava muito do "TV Rural" e do Engº. Sousa Veloso (este verdadeiro, não como "certos" "outros" "alguns"), mas não pelo programa que apresentava que, convenhamos, era uma seca para crianças como eu, à altura. Gostava sim porque, e a seguir, viriam infalivemente os desenhos animados, a alegria suprema. Mas, curiosamnete, via o programa todo, todinho, à espera do "despeço-me com amizade" que achava, na inocência dos verdes anos, que era mesmo para mim e que, como tal, seria uma tremenda falta de educação não receber esse cumprimento.
É um bocadinho como na Missa, para quem celebra a Eucaristia percebe, sair antes do " Vamos em Paz e que o Senhor Nos Acompanhe".
Depois, depois acresce, que tenho pena, saudades, de tudo aquilo que começa a fazer-me perceber que as referências da minha infância/juventude partem, à rapidez dos momentos que eu própria vou partindo.
Não tenho quaisquer ilusões que, de facto, o tempo passa.
E que esse tempo me leva, minuto a minuto, para o outro lado.
É aproveitar enquanto a simples existência dum coração que bate no meu peito me deixa a oportunidade de aproveitar.
Enquanto Há!

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