quarta-feira, outubro 08, 2014

As Leis Falaciosas

Já era altura do Estado, que com o mérito devido penalizou legalmente o abuso dos animais, lembrar-se que também é um abuso (o maior) haver muita gente que não pode pagar os cuidados básicos do seu companheiro de quatro patas, que faz parte da família, que é muitas vezes o pilar da harmonia (e não, não exagero...aquele amor incondicional une todos como mais nada que me ocorra).
E pensar em arranjar Hospitais Públicos, com a responsabilidade que tem que haver de separar o trigo do joio - quem pode, paga, quem não pode...bom, NUNCA pode ser o animal a pagar com a sua própria VIDA - porque é isso que está em jogo, quando não há como suportar os custos de internamentos, operações e, principalmente, alívio de sofrimento.
Têm noção de que até para mandar abater (assim, a seco, percebe-se melhor) se tem de pagar? Pagar para acabar com a vida dum amigo que criámos de bebé, que faz parte de todas as dinâmicas familiares, que nos faz felizes e se sente ainda mais feliz só por isso?
Vale a pena pensar de que serve a nova lei, se depois é isto.
(o tratamento da Mousse, de dia 29 de Setembro até hoje, ultrapassa os 1.200€ e, tendo ficado diabética, de duas em duas horas tenho de cuidar dela, como se fosse profissional de saúde animal que não sou, porque seria incomportável mantê-la internada...)

Nota de Rodapé: Já lá vão mais de 1.200€ em pouco mais duma semana; não sou comunista nem socialista; sou sociaL-DEMOCRATA e não, não acho que todos devam pagar os custos da saúde da mesma maneira...é ver os rendimentos e pimbas!

2 comentários:

Henrique disse...


"Entre o levantar da questão e o propor de uma solução há um mundo de aproveitadores"....Calma...A frase não é minha, nem foi escrita pensando na politica, mas aplica-se bem a ela.
Acho que o que escreveste foca muito pertinentemente a questão da saúde animal, na óptica/contexto dos custos suportados pelos donos. Tenho lido ocasionalmente, aqui e ali, coisas que afloram isso. Também. Mas a big picture vai ficando de lado, e duma forma que é muito conveniente ás autoridades de saúde, já que as isenta de investimento: O que não fizeres pelo teu animal, não fazes por ti.
Fácil, as doenças deles não cuidadas, são um caso de saúde pública. Não há lugares destinados a fazerem as suas necessidades, apenas asfalto e pedra. Nada que seja limpo e desinfectado. Muita gente não vacina por desleixo, mas muita é porque não suporta os custos. Muita não trata porque, ao tratar, vai cair num nicho de mercado que é caríssimo. E os bichinhos ficam doentes, contagiam-se entre si, e nós convivemos alegremente com eles correndo riscos reais. É caso e interesse da Saúde Pública ajudar e investir no tratamento dos animais atraves de dispensários, ou do fornecimento de vacinas gratuitamente, clinicas públicas, e recursos disponibilizados através de escolas veterinárias, etc.
Há até um Partido que podia falar destas coisas, imagina...

Dinada disse...

Sei, o tal do PAN. Vamos ver se resolve...