sexta-feira, março 29, 2013
O Indescritível (que eu descrevo)
Ou a total discricionariedade de um poder malévolo, que ainda nem sem qual, que leva a que seja possível acontecer uma situação destas, em que me encontro desde ontem.
O saldo da minha conta bancária encontra-se "cativo".
Descobri que não conseguia pagar a conta no talho com o meu cartão MB eram 11h55' de Quinta-feira Santa. Acontece que o dito talho é "porta com porta" com a minha agência bancária pelo que demoro o tempo de pegar nos sacos e dirigir-me para lá para pedir explicações, tão chateada quanto embaraçada - é chato isto acontecer no talho do bairro onde me tratam pelo nome e que estava apinhado de conhecidos a desejar-me Santa Páscoa, mas isso são outros quinhentos que eu até tinha umas notas de parte - e chegada lá dou com um aviso em papel colado na porta com a mensagem de que o Banco fecha às 12h (por ser meio-feriado??? ah, espera, nem estamos em crise nem nada e os bancários, essa pobre classe, também têm o direito de fugir da cidade p'ra ir à terra ver os parentes sem apanhar as filas de trânsito previstas lá mais para a tarde, pois), portanto meia volta e chego a casa e venho direitinha ver o que se passa pelo NetBanco, essa ferramenta tão útil que só me deixou perceber que o meu saldo contabílistico é X e à ordem 0€.
O último movimento corresponde a dia 27/03/2013 e a partir daí nicles, nada.
Ligo para a Super-linha, das tais 707's para arrotar uns bons euros na conta do telefone e pssada muita música e conversa parece que falhei nas perguntas de segurança por isso nada feito.
Lembram-me se por acaso não tenho um nº de telemóvel associado à conta, digo qque sim.
Ah, problema resolvido, sendo assim que ligue do dito para um nº de informações da mesma rede, valha-me isso, que assim passo o interrogatório e podem responder-me, mas vão-me logo avisando que estas coisas - ler situações como a minha - só se podem resolver no Balcão.
Ligo para o tal nº e converso calmamente (eu consigo, nasci para ser diplomata) com quem me atende.
Conto o que se passa e responde-me o senhor muito solicito que nada podia esclarecer a não ser o óbvio, que o valor total da minha conta estava cativo e que só no Balcão me poderiam explicar a razão.
Quase a perder a compustura expliquei que disso já sabia e mais, que não tenho dívidas pendentes em lado nenhum, antecipando-me confesso ali a minha vida toda, que não, não sou fiadora de ninguém, que é Quinta-feira Santa e que os balcões só abrem Segunda, dia 1 de Abril, que é irónico o dia, que raisparta como é que vivo até lá, é Páscoa por amor de Deus.
A esta altura o atendedor já não sabe o que me fazer mas eu não desisto, peço que Escreva tudo em forma de reclamação e ele escreve, e lê-me o que escreveu.
E eu acrescento mais e mais reclamações: que tem de existir outra forma de atender um cliente nestas circunstâncias com esta gravidade que não seja um balcão, quando estes vão estar encerrados 4 dias seguidos, que não estamos no séc. XIX, que é inadmissível, que não tenho Cartões de Crédito, que não tenho como sobreviver às festividades, and so on.
A este ponto já grito.
O senhor continua a dizer que nada pode fazer, que eu tenho toda a razão e eu quero que ele se afogue na compaixão que sente por mim.
Uma pausa, pede-me uma pausa.
Eu concedo, em nervos.
Volta e diz que sabe mais qualquer coisinha.
Que afinal de 27 para 28/03 veio uma ordem dum Tribunal para proceder à cativação do total do valor à ordem da minha conta.
?!?!?!
Que Tribunal?
Não sabe.
Como É possível?
Não sabe.
Nesta altura acho que chega o momento de lhe dar a paz que ele já precisa. É SÓ um funcionário que tem de dar a cara, neste caso a voz pelo Banco onde trabalha. Digo-lho, lembrando-o no entanto que o que se passou e a odisseia de ter de levar comigo é o que se espera dele, que tem muita sorte em estar ali, com um trabalho.
Desliguei.
Graças a Deus não vou ficar desamparada nesta Páscoa.
Tenho quem me dê a mão e em termos financeiros nada me faltará.
Mas a paz de espírito essa?
Foi-se.
Será tudo um engano, espero.
Não devo nada a ninguém como já escrevi atrás, nunca fui notificada de NADA em nenhum momento por nenhum Tribunal.
Sei que terei até Segunda-feira um nó no estômago e muita azia, que haverá transferências automáticas de fim de mês que serão anuladas e o mais certo uma data de chatices e burocracias até que tudo volte ao seu lugar.
As coisas neste país estão, de facto, PIDESCAS.
E É ESTE O EPÍLOGO DESTE POSTE AMARGURADO E TRISTE (SIM, ESTOU MESMO A GRITAR)
domingo, março 24, 2013
A Joana e o Palácio
Tive honras de comparecer à inauguração da exposição da artista Joana Vasconcelos no Palácio da Ajuda na passada Quinta-feira.
De facto, merecedora de todos os adjectivos superlativos de qualidade que lhe são attribuidos.
A Senhora é, constatei ao vivo e a cores, extraordinariamente criativa e as suas "construções" desconcertantemente belas e arrojadas.
E consegue o que pareceria impossível: enquadrar cada peça no ambiente palacial de cada divisão na perfeição.
A não perder,vale o preço do bilhete que por acaso não sei quanto custa mas garantidamente não darão por perdidos os euros pela visita.
No que respeita à Fauna VIP presente posso afirmar que tanto betume junto, só vi de facto quando acompanhei as obras cá de casa aquando da remodelação do apartamento.
É que aquelas peles não se vêm, a sério, tudo pode estar escondido por detrás da argamassa que as cobre: furúnculos, verrugas, quistos sebáceos, whatever que ninguém irá desconfiar, a não ser que, por um grande azar, aconteça um terramoto durante as ocasiões em que estão presentes e, mesmo assim, terá de ser para lá de 5,4 na escala de Richter.
Depois há aquelas surpresas dos minorcas que imaginamos altos e espadaúdos e que de tão minorcas que são - ok, eu meço 1,76m mas fui de saltos rasos - quase tropecei em alguns pensando por momentos que andavam crianças a circular no beberete e que havia pais inconscientes por tê-las trazido ou, por outro lado, que a crise tinha chegado aos famosos de tal forma que nem para as sitters haveria pilim!
Nota: lá para o meio do cocktail eu e a amiga com quem fui ficámos com um ratito no estômago. Assim como se ninguém reparasse, conseguimos desviar (sim, um belo eufemismo) um cacho de uvas pretas do décor que nos soube pela vida, acompanhado por um belíssimo tinto marca qualquer, mas que era bom lá isso.
segunda-feira, março 11, 2013
Mais um ano Mousse
Já se nota o peso dos teus 6 anitos.
O tempo é tão castigador para os canídeos como injusto, minha fiel companheira.
Mas deixa, sabes bem o quanto és querida e como a tua presença nos ilumina os dias e as noites. É esse aliás o teu maoir prazer, dar-nos prazer, e tu sabes disso.
E dás aos molhos sempre que nos miras com esses olhos doces cor de avelã, quando nos falas como podes parecendo uma foca tais são os sons que emites com o esforço de te fazeres entender, sem perceberes que te entendemos em tudo, só de te ver a estar ali, refastelada com um pedaço de ti em cima dum pé nosso, a sentir-nos.
És e sempre foste a melhor companhia que passou pelas nossas vidas porque te distribuis como nenhum outro ser consegue, és omnipresente como o Ser Maior, e o teu Amor incomensurável como só nos milagres.
Isto parecerá uma Ode a ti, Mousse.
É!
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