sábado, agosto 30, 2008

Vidas Aladas

Só em Sonhos?
De resto será impossível nesta dimensão ao humano o vôo libertador?

Será que, depois de morrer, temos mesmo asas? Tomara!

Sempre quis saber se aquela sensação que tenho amiude, quando a minha alma vagueia pelo sono REM em liberdade total pelos céus, seja a planar seja dando aos braços qual milhafre, posso senti-la um dia em vigília.

A ver...

sexta-feira, agosto 29, 2008

De Hoje Até ao Ano Novo

Ver-me-ão muito pouco, quase nada, nada mesmo.
Vou trabalhar 6 dias por semana e feriados, todos.
Só vou descansar ao Domingo.

Para meu bem.
Porque me ocupo e recebo em pilim extra tudo o que faço fora das 35h, seja à semana seja nos outros dias, esses ainda mais recheados.

Depois, tive uma prenda, um extra: vou poder guiar todos os dias para o trabalho que vai ser no meio de jardins lindos, a cheirar a campo e a longe de Lisboa, não sendo.

É a 3ª vez que regresso àquele sítio, àquele Campus.
Pergunto-me que desígnios levaram a que isso acontecesse, de novo, 8 anos depois.

Espero ser feliz ali, como fui das outras vezes porque é muito bom estar distante de tudo e passar a hora do almoço a passear entre o palacete que ainda lá está e os caminhos rodeados de relva, buganvílias e flores silvestres.
Eu gosto.

Segunda feira muda-se-me a vida. 180º.

Estou tão ansiosa quanto feliz!

quarta-feira, agosto 27, 2008

Versos

Comi o pão
Que o Diabo amassou
Cozido a lenha
Não sobrou

Haja pão
Do Diabo ou não
Que alimenta o físico
Sustenta o tísico

Com a força de volta
Faz-se da fraqueza braço
Constrói-se o Futuro
Manda-se o Diabo ao Espaço

Vive-se outra vez
Sorri-se ao Mundo
Agarra-se o Mês
Repete-se Fundo

E não mais se larga
A enxada guardada
Trabalha-se a terra
Destrói-se a guerra

Instala-se a Paz
Adivinho-me Capaz!

domingo, agosto 24, 2008

Será que a Internet é Pertinho do Céu? Este não é o Gil mas era um de Nós, o Jorge!






Ontem estive em Avô.
Avô é assim mais ou menos a Vilamoura da Beira Alta.
Lá, está e estará o Gil, para sempre. Terra linda, aquela.

Hoje voltei a casa.

Quando o Gil morreu, revi os pais do Jorge, sim o Jorge que escolheu morrer há 14 anos atrás, em Ribamar, atirando-se com o carro numa cena cinematográfica, à época ainda não filmada mas copiada depois no famoso 'Telma and Louise'.

Bom, adiante.
No velório de há dois meses revivi muitas coisas, muitas memórias, o Gil principalmente mas também o Jorge.

À chegada a Lisboa quando abri a caixa do correio, de 2 semanas de ausência, estava atafulhada.
Tinha um autocolante a dizer que lá dentro estava uma mensagem tão importante quanto urgente.

Depois percebi a ironia das coisas.
O papel referia-se a uma Citação das Finanças mas, na realidade, estava lá mesmo uma coisa mesmo muito importante e que eu esperava há semanas: o cd com as fotos do Jorge que, naquela noite triste, os seus pais me prometeram mandar.

Não é à toa que para além de ter sido o meu primeiro amor o foi durante dois anos, entre os 11 e os 13, só quebrado pela distância de São Tomé e Príncipe e os 24 meses de afastamento que naquelas idades eram uma eternidade.

Aqui fica quem ele é(ra), para me perceberem. Que bonito, o Jorge!

Ah, e cheguei há bocadito...

E nem sei se estou triste!

(já sabes, a Pedra Branca está contigo...cuida-a
http://www.youtube.com/watch?v=NyvgesyClf0)

sexta-feira, agosto 08, 2008

Sem Nunca Saber de Regressos

Vou amanhã.
Espero sentir-me muito longe. É que era mesmo isso que precisava.

Depois, era bom sentir-me outra vez perto, daqui a umas semanas.

Espero que seja assim.

Que a minha viagem nestas estradas loucas seja sã. Que volte viva eu e os meus.

Assim Seja!

quarta-feira, agosto 06, 2008

Falam Falam Falam

Mas não fazem nada!!

Onde está a prometida descida da temperatura? Hein?

É que se Sábado, a esta hora, já estiver a canícula que passei agora ao levar o carro à revisão, imaginem-me no Saxo sem Ar Condicionado, a fazer 300 km, com o dito cheio de gente (incluindo a Mousse)!

Ai Eu...

sábado, agosto 02, 2008

Há 13 anos

E daqui a uma hora estava a parir.
Ninguém acreditava: hei, tenha calma, acabou de chegar ao hospital (sorria, a médica, da minha sposta ingenuidade), isto não é assim.

E eu avisava: quando acabo de chegar os bebés nascem.

_ mas só tem 6 dedos de dilatação...
_ aviso..quando chegar àquela porta tenho os 10, vai uma apostinha? (gemendo)
_ deixe-se disso.
_ por mim tudo bem, nasce aqui.

(carantona de chateada da obstetra enquanto volta para trás)

_ pois, errr, aguente, por favor não faça força.
_ ai faço faço...

(correria de maca tipo fórmula 1 até a sala ao lado, a de partos)

_ é só para dizer que é agora, não aguento mais e que tinha avisado, e que....zás, força e pimba.

Hilariante ver a médica com o meu bébe nas mãos que não conseguia segurar de tão escorregadio e me dizia: ó mãe, ó mãe, bebés a jacto não vale.

E nasceu o Martin, quase 4 kg, 52cm, parecia o pequeno Buda não fosse quase transparente de tão branco.
Cheio de saúde, tanto quanto de pneus!

Passado 30 minutos, eu:
_ posso ir à casa de banho?
_ hã? está tonta, para quê, acabou de parir?!
_ ora...sinto que um duche me faria maravilhas.
_ ok, vamos lá ver, tente lá pôr-se em pé.

Tentei e fiquei zonza.
Tive de me sentar.
Gaita, não me aguentava nas canetas.

Nova tentativa e?
Na maior:

_ vê? posso ir? Quero tomar um duche daqueles...

E lá fui eu, fumar o meu cigarrinho de celebração, pendurada na janela do 6º andar, com a sensação catita de estar a prevaricar.
Tinha de ser!


:D:D:D

Parabéns Martin!