Estando na ordem do dia os postes sobre a Escola e as escolhas (Sim minhas queridas
Até posso parecer bem disposta, dado o teor do meu último 'poste'.
Não é bem assim.
Hoje, das 15h40' até às 16h30' vivi uma angústia que não desejo a ninguém.
Com o meu filho do meio (sempre ele...) que se estreou, este ano, na antigamente designada por Escola Preparatória e que hoje, percebo porquê, mudou o nome para Básica 2+3 que dá 5...(que se isto é preparar para qualquer coisa, só se for para a vivência antecipada duma liberdade despropositada, dada a idade e (i)maturidade de quem lá anda...enfim, vou ali já venho).
Eu explico.
Como sempre, meti-me no carro e fui buscá-lo.
Normalmente já está prontinho, à hora marcada, esperando a minha chegada.
Não estava.
Aguardei.
5'...10'...nada!
Vi uns colegas e fui ter com eles:
_ Olá meninos. O Martim?
_ O Martim faltou à aula da tarde. Não apareceu...
Neste momento, o coração começa a saltar-me pela boca. Ele tem, às 2ªs, aulas das 8h10' até às 13h10', depois é suposto almoçar na cantina e ter Educação Física das 14h40' até às 15h40'.
Saio disparada do carro, em direcção ao portão da Escola.
A senhora da portaria tem dificuldade em perceber quem procuro. Não faz ideia, são muitos meninos.
Explico-lhe a situação, que os colegas acabam de me dizer que o meu filho saiu do recinto escolar, à hora do almoço, coisa que não está autorizado a fazer e que consta lá do Cartão
xpto que eles inventaram...e que foi visto por outros colegas no McDonalds de Alvalade com outras crianças, desconhecidas da Turma.
O pânico intala-se aí, verdadeiramente.
Já são 16h e ninguém me sabe explicar onde pode estar o meu filho. Que deve ter ido a casa dum amigo, que deve estar perto da Escola, a lanchar, que deve estar bem. Basófias...
Eu QUERO o meu menino de volta. Só tem 10 anos. Está naquela nova instituição, que o devia abrigar, há menos de 2 meses. Vem da Primária. É um menino pequenino. Por favor, quero respostas...
Nada.
Telefono para casa, na esperança que a empregada me diga que ele chegou lá pelo seu próprio pé. Ainda tenho da a aturar, em histeria, porque não...não está lá.
Com isto são 16h30' e nada.
Pego no telefone e marco o 112, em desespero.
Quando estou a falar com a Polícia, ouço um grito.
A Beatriz, amiga do Martim, diz-me que o vê...que está a sair do Metro e vem aí.
Nesse momento quebro. Desfaço-me em lágrimas e não me sai um único ralhete. Tenho-o guardado para mais tarde. Aperto-o com força, o meu menino. Está nos meus braços e chora convulsivamente por me ver assim, pequenina como ele.
Pede-me desculpas, sinceras...
Mas que se lembrou de ir ao Colombo (muito longe de Alvalade), com o amigo Francisco, ver as lojas. O Natal.
Quando cheguei a casa, resolvemos os castigos, severos.
Amanhã, às 8h, vou resolver aqueles que infligirei à Escola, a que confiei o meu Martim.
Às 8h, nem mais um minuto, terão de me ouvir.
E o raspanete será em dobro, em relação ao que o meu irreverente e destrambelhado filho do meio ouviu.
Porque não é uma criança que comigo vai dialogar. É o Exmo. Sr. Presidente do Conselho Executivo. E vai ser a doer...