Dizem que os olhos são o espelho da alma. Serão.
Há-os de todas as cores menos encarnados (benfiquistas, isto quererá dizer qualquer coisa, questionem-se...em não sendo vampiros).
Quando olho os meus olhos em frente ao espelho, abstraindo-me de tudo o resto, começo por ver uma cor. Depois outra e mais outra, muitas.
Tento não me perder por aí e ver fundo, o que lá está dentro. A tal alma que lá estará.
Acho um exercício inglório.
Não consigo vê-la, talvez porque a sinta d'outras formas.
Nos outros, os olhos são mesmo a minha porta d'entrada.
Há aqueles que são um livro aberto. Aqueloutros que escondem tudo, com uma frieza lancinante.
E, depois, há outros ainda, que eu amei e amo. Em que entrei, entro e fico por lá, confortando-me com a transparência que encontro.
Acho que já sou feiticeira, mas só acho. Quando souber de certeza, aviso e passo a dar consultas.
Entretanto, ando a poupar (o que não tenho) para comprar uma quinta em Cacela Velha, para morrer lá, feliz. Talvez as consultas venham a ajudar...
Morte
Fim e princípio
Nesta ordem
Espíritos livres
nunca acorrentados
Circularão por esse universo afora
Para todo o sempre
Em paz
Di Feiticeira (quase quase)
1 comentário:
Oilha, e já sabes abanar o nariz?
Enviar um comentário