Parece-me que estar doente (assim só doentinha) pode ser um bálsamo. Abranda-se a vida, necessariamente. Corre-se menos. E percebe-se que o mundo não pára se ficarmos 3 dias em casa, num dolce far niente que enriquece o espírito e retempera forças e ânimo.
Estes dias têm sido reveladores de muita coisa. O balanço? Positivo.
A aprendizagem enriquecedora só se faz em travessias de desertos, descobrindo oásis.
Achei que ia morrer de sede. Deitei-me na areia quente e, quando acordei, estava uma fonte ali, mesmo ali. E bebi dessa água. Retemperei a força e, além de sobreviver, vivo! É que faz toda a diferença.
Para os meus Amigos que me deram a mão fica a gratidão eterna pela força, sabedoria e sensatez que me passaram. Nunca vou esquecer.
Para aqueles que acham que gostam de mim mas nem sabem o que isso é (acontece), pensem melhor e se acharem a saída do labirinto do engano, apitem.
Continuo a perseguir o sonho de ser completa, umas vezes feliz outras nem tanto.
Vou lembrar-me todos os dias de me mimar. Hoje, por exemplo, mimei-me duma forma que parecerá estranha: deitei fora muita coisa, sendo coisa bens que nada valem, que nada me dizem, cujo significado se perdeu no tempo.
Olhando para o caixote que pus na minha rua (atenção, chamei a câmara porque tenho preocupações ecológicas), perto da porta, vejo partir uma miríade de sensações.
Alívio.
Tristeza contente.
Entretanto leio os livros dos outros e vou escrevendo mentalmente o meu. Tenho acordado cedíssimo e venho a correr escrever as memórias dos sonhos que me povoam a noite. Tanto que se aprende, prestando atenção.
E uma paz estranha invade-me, dizendo-me que o caminho é este...
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