Anoiteço ao amanhecer e amanheço ao anoitecer.
E é difícil esta dessincronia, foi sempre.
Porque aquele torpor, aquela tristeza escura, o sentimento de fim que devia anteceder o sono, e que esse sono dissiparia para se acordar com Luz, esperança, dia inteiro de crença no arranjar de tudo, das coisas, aparece a des'horas.
E baralha o esquema das propriedades, capacidades de organizar duma forma proactiva o programa diário porque de diário não tem nada, é mais noitáro com Luz o que transforma tudo numa baralhada imensa de ou sonho ou pesadelo mas em vigília, sempre intangínvel porque no fundo é tudo mentira, ou seja...
Esperem, onde é que eu estou neste jogo de partidas da mente que não quero jogar?
É à noite então que amanheço e tenho o dia que não está lá?!
Resumindo:
Vou ter de me esforçar a sério para deixar de usar o verbo ser (porque sou assim, porque sempre fui, blá blá blá, bull shit) e começar a procurar o estar.
Dentro do possível no tempo e no espaço certos.
Para meu bem.
Sem comentários:
Enviar um comentário