sexta-feira, junho 18, 2010

Sempre Trocada

Anoiteço ao amanhecer e amanheço ao anoitecer.

E é difícil esta dessincronia, foi sempre.

Porque aquele torpor, aquela tristeza escura, o sentimento de fim que devia anteceder o sono, e que esse sono dissiparia para se acordar com Luz, esperança, dia inteiro de crença no arranjar de tudo, das coisas, aparece a des'horas.

E baralha o esquema das propriedades, capacidades de organizar duma forma proactiva o programa diário porque de diário não tem nada, é mais noitáro com Luz o que transforma tudo numa baralhada imensa de ou sonho ou pesadelo mas em vigília, sempre intangínvel porque no fundo é tudo mentira, ou seja...

Esperem, onde é que eu estou neste jogo de partidas da mente que não quero jogar?

É à noite então que amanheço e tenho o dia que não está lá?!

Resumindo:

Vou ter de me esforçar a sério para deixar de usar o verbo ser (porque sou assim, porque sempre fui, blá blá blá, bull shit) e começar a procurar o estar.
Dentro do possível no tempo e no espaço certos.

Para meu bem.

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