A Cristina já escreveu no Contra Capa (não consigo linkar-te), sobre isto.
Eu vou fazer o mesmo porque há em mim uma enorme necessidade de catarse.
Lembro-me de ter a idade da Alexandra e de me perseguir um pesadelo: a morte da minha mãe. Nunca consegui explicação para isso, nem mesmo em 3 anos de psicanálise. Sei o que sofri, porque essa situação durou uns bons anos.
Talvez por isso, independentemente do óbvio, eu esteja absolutamente revoltada com o que o Estado, o meu país (que neste momento tenho vergonha que seja), está a fazer à Alexandra.
É nestas alturas que eu queria poder mudar o Mundo. Queria poder pegar nela e sossegá-la, delvolvêndo-a aos Pais. Proibindo que a levassem daqui, para outro sítio estranho, com uma língua estranha, pessoas estranhas e sem Mãe (perdoe-me o Pai...mas Mãe é outra coisa...).
Eu, com 22 anos fui para a Suécia. Para Estocolmo. Nada tem a ver com a Rússia.
E mesmo assim, sei o que sofri...desintegrada, deslocada, à procura dum lugar.
Pudesse eu e ia feita parva para a Rua, só que fosse, proibir aquele vôo de amanhã, para um INFERNO!
Sim, Alexandra...eu ia!
Ainda é Terça e só vais amanhã...nem sabes a vontade que tenho de telefonar para o Aeroporto amanhã a dizer que há uma bomba no teu avião....adiava mas não resolvia e só por isso não o faço.
Neste momento tenho muita vergonha do meu país, que te abandonou.
E, como diz a Cristina, puta que TE pariu.
Isto com toda a propriedade e literalmente, para a parideira desta criança, que de mãe NADA TEM!
2 comentários:
nem mais...
Valente Di!
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