Não gosto e nunca consegui gostar dos Xutos & Pontapés, abstendo-me de comentar a qualidade da sua música (apredrejamento certo e não é com esferovite).
Também detesto os Madre Deus que, para música a armar ao erudito para massas, não basta uma boa voz e um viloloncelo, desculpem qualquer coisinha (ui, desta vez o que virá).
Tenho um verdadeiro ódio de estimação: o David Fonseca e o grupo dele que, vejam só, nem me lembro do nome e que desde os gritinhos hitéricos e completamente fora do contexto do elemento feminino, às letras em inglês que fariam um autoctocnone das Terras de Sua Magestade ter de fazer um esforço hercúleo para lhes econtrar sentido, me fazem sentir assim com aquela vergonha como se tivesse alguma reponsabilidade por aquele projecto (agora acho que será mais pacífico).
Agora voltando aos Xutos, companheiros de lugares da adolescência por aqui pela Av. de Roma, com uns bons aninhos mais que eu, admito o preconceito.
Vê-los pedrados não ajudava.
Associar Xutos a xutos também não, porque no fundo e naquela altura, não me venham com merdas, era isso mesmo.
A música era boa?
Nem reparava porque só lhes via a Vida.
Isto para dizer que hoje, com 45 anos, os admiro. Big Time (eu não disse gosto, pay attention).
Com 16 anos era difícil.
Agora, com 45 percebo que cumpriram.
Que passado o que foi o passado, lhe deram a volta e que tinham e têm efectivamente valor.
Que são dos Bons no que fazem.
E que na frente
"vai quem já nada teme, vai o homem do leme"
O Martin adorou o concerto e disse com orgulho:
- mãe, toda a gente de todas as idades conhece as músicas dos Xutos.
E todos as cantaram.
Merecem! Lá isso...
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