Há uns tempos, talvez um ano, passei a dormir com os estores abertos.
Habituei-me a dormir assim e, quando acordada, olhar a janela a deixar entrar as vidas dos outros que, no breu da noite, mantêm a actividade diurna com as luzes artificiais a substituir o Sol.
Faz-me sentir menos só.
Ontem, depois da leitura e antes de desligar o candeeiro de cabeceira, resolvi levantar-me e correr os estores completamente. Queria ter uma noite recuperadora e, como já era muito tarde, poder dormir de manhã sem perturbações luminosas.
Descobri que já não sei dormir na escuridão. Descobri também o mais importante: que sou, de certeza, um ser de LUZ.
1 comentário:
ou seja, uma pirilampa.
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