Pesava-lhe no ventre
Um bebé inexistente
Mas pendente
Havia de ter existido
Vivido
Andado e corrido
Onde está
Por onde parará
Que corpo encarnará
Que pai terá
Que coração baterá
Que dom o abençoará
Que amor incomensurável haverá
Terá pudor desse amor
Saberá da dor
Não pode sofrer em vão
Pois se a mãe donde não nasceu
Não conheceu, então
Mas nunca o esqueceu
Porque o desejou sem o conhecer
Sem tempo de o conceber
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