A mãe do Matti, meu ex marido, morreu ontem.
Portanto, morreu a minha sogra.
Para quem não sabe, o estatuto jurídico de sogra não se dissolve com o divórcio.
Dá que pensar mas tem a sua lógica se pensarmos que também é sempre 'vó dos nossos filhos. No caso Mummu, que é o equivalente em finlandês.
Para mim nunca foi Kaarina, sempre foi haiiti, mãe nessa lingua.
Sempre gostou de mim, muito.
E eu dela porque me segurou lá, em Estocolmo, nos momentos difíceis e foi mesmo uma haiiti para mim.
Ontem chorei a despedida de longe.
Abracei daqui, como pude, o Matti que adorava aquela mãe, embora ainda hoje ele use esse nome para a minha também, e sei que sentido.
Chorei com a Margit, a minha cunhada irmã, que vai ser sempre.
Afinal, a verdade é que só somos pessoas cujos papéis rasgados não conseguem, de todo, quebrar a nossa história.
Só fica de fora, para ser seca e grossa, o amor carnal do parceiro abandonado...
Descanse em Paz Mummu e morreu-me deixando muita saudade*
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