E as padeiras atrás do balcão.
Invariavelmente vestem-se - ou melhor, mantém-se vestidas - como se tivessem saído da cama.
Põem por cima uma bata branca que tenta tapar a evidência mas, a pantufa no pé denuncia o resto da indumentária que ainda espreita pelas aberturas entre botões quando, no gesto de embalar o pão, lhas mostra.
Tendo em conta que funcionam, as Padarias, em dois turnos e a roupagem se mantém, pergunto-me se será que é à noite que se vingam e dormem de saia-casaco e sapatos.
E, no Inverno, é certinho que todo este conjunto típico seja complementado com um xaile de lã tricotado, com ar de baú de avó, mesmo que seja a da tal padeira, já ela com ar de bisavó.
Sou só eu que reparo nisto?
Que nunca acabem as Padarias Tradicionais e toda a mística que as envolve e que perdura imutável, até hoje.
8 comentários:
olá bom dia!
não te enerves!!
compra pãozinho quentinho!
bjokas com carinho e ternura
cmarco
comentário de rodapé:
um destes dia apresento-te o meu mazda para ficares de olhos em bico
cmarco
Ai Marco, tens mesmo Graça.
O Mazda, pois...
Vem com o motorista?
Help me God!!!
Olha, olha, agora dormir de saia casaco..
Atão num se tá memo a ver que elas dormem com um deux pièces Dries Van Noten, pá?!!
Iguinórante...
E o Mazda abraça-nos? Diz alguma coisa interessante? Ou é mesmo só aquela coisa que nos transporta de um lado para o outro?
(suspiro...)
Não, não és só tu a reparar nisso!
Muitos outros reparam, só que provavelmente têm mais proximidade com a realidade, não dando tanta importância estética a essa observação, dando-lhe mais importância moral/social. Esses reparam, pensam, e se calhar não lhes chega a imagem de saia casaco, mas sim a imagem de um mundo mais justo.
Não devolvas o CORSA Liiiiindo. Aproveita, e vai dar uma volta com as padeiras. Logicamente no turno de saia-casaco e sapatos.
Polo. Poooolo! VW, não Opel.
Atenção ao que está escrito evitaria equívicos.
Devolvi-o hoje.
Depois, havia que ler além do óbvio, do b a ba.
Pobres daqueles que perderam (ou, às tantas nunca tiveram)o sentido de humor, de observação irónica, a visão a várias cores duma realidade que não tem de ser a preto e branco e que pode, além de todos os cinzentos, ser a cores.
Eu observo.
E escrevo o que observo da forma que mais me apraz.
Cada um lê como é capaz.
(Olha, rimei...)
'Sejaindes' felizes e 'descontraizaindes' que é o que vos faz falta.
Eu, amanhã, vou de Saxo trabalhar, feliz, de rabinho pouco tremido que não há suspensão como a de um Citroën...mainada.
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