Peguei na Mousse e fui passea-la. Ou ela a mim.
Tilintava-lhe no pescoço um artefacto novo. Um ossinho de metal onde está inscrito o nome e o meu telemóvel. Ela parece orgulhosa de o ostentar aos seus pares como que dizendo: a minha dona quer-me mesmo bem e isto é a prova. Eu, olho para ela e penso o mesmo, quero-lhe bem e ali está a prova.
Bom, depois deste desvio, o passeio ou aquilo que restou dele foi o que me trouxe aqui, à escrita, não a Mousse nem sequer pinderiquices novas de pirosas princesas.
Este tempo de silêncio, em que só os passos se ouvem e que aleatórios se movem, traz-me sem eu sequer querer um momento de introspecção chato. Chato porque não procurado mas imposto e porque verdadeiro e doído.
A coisa é assim: o puzzle faz-se sozinho e bem feito. As peças encaixam-se na perfeição e, por muito que pareça doer, nem dói. Cura.
A minha vida é feita, cada vez mais, de acasos que só parecem sê-lo.
Zango-me e zangam-se comigo sem eu perceber. Depois percebo. Tenho o desespero na solidão que depois faz sentido. Custa-me adormecer mas, logo depois, os pesadelos constantes explicam-me tudo.
Só espero não magoar ninguém nunca, no caminho tortuoso da descoberta dos atalhos...porque muito amor houve deixado nas mãos de quem não me pôde nem pode entender.
Mas, e sem mágoas, agradeço a todos os que na minha vida passaram e me deram a mão, o braço e o cotovelo. O ante-braço seria demais e tanto eles com eu sabíamos disso.
Obrigada pelo Vosso altruísmo. Obrigada pelo amor genuíno.
Sou uma sortuda!
7 comentários:
À hora a que provavelmente passeias com a tua Mousse, e Júpiter, o astro que hoje mais esplende no céu, se encontra na bela constelação do Serpentário, venho desejar-te um
bom fim-de-semana, amiga Dinada!
Gostei de te ler.
Mas tu andas a passear a Muce? A Órora sabe?
Sabe, sabe. As muces peludas têm ordem de soltura pá...
Somos.
"A minha vida é feita, cada vez mais, de acasos que só parecem sê-lo."
Acasos são simplesmente casos soltos, esses que fazem parte da nossa vida. Num dia parecem acasos, noutro são casos, uns bons outros maus, mas necessários. São eles que provocam a interrogação, essa que vamos perdendo com o passar dos tempos. Porque será que crescer faz diminuir o poder de perguntar, de ter a interrogação presente, esse que habita nas mentes das crianças, um puro sentimento de entender se foi por acaso ou foi simplesmente mais um caso.
Kisses
sniqper
Venho nas asas de
um tempo de silêncio
mas não de ausência
nem de desleal olvido.
Noite tranquila, amiga Dinada!
Bj.
Estive a reler algumas das nossas conversas antigas. E gostei... já nao me recordava que te chamava «perninhas».
Bem, se te incomodar este meio de te contactar, podes apagar este post.
Quem sou?
O malfadado
Muad'Dib
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